02 junho 2008

Para que o homem se faça Deus

“ O que agora se necessita não é apenas o cristão que se compraz internamente com as palavras e o exemplo de Cristo, mas aquele que segue Cristo de forma perfeita, não só em sua vida pessoal, não só na oração e na penitência, mas também em seus compromissos políticos e em todas as responsabilidades sociais. Certamente não precisamos de uma espiritualidade pseudo-contemplativa que afirma ignorar por completo o mundo e seus problemas e supostamente se dedica às coisas de Deus, sem se preocupar com a sociedade humana. Toda verdadeira espiritualidade cristã, mesmo a do cristão contemplativo, é e sempre deve ser profundamente preocupada com o ser humano, pois ‘Deus se fez homem para que o homem se faça Deus’ (S. Irineu). O espírito cristão é de compaixão, responsabilidade e compromisso. Não pode ser indiferente ao sofrimento, à injustiça, ao erro e à inverdade.”

Peace in the Post-Christian Era
, Thomas Merton
Editado por Patricia A. Burton
(Orbis Books, Maryknoll, NY), 2004, p. 135
No Brasil: A paz na era pós-cristã, (Editora Santuário, Aparecida do Norte), 2008, p.
Reflexão da semana de 02-06-2008

Um pensamento para reflexão: “Vivemos à beira do desastre porque não sabemos como deixar a vida acontecer. Não respeitamos as contradições e paradoxos vivos e fecundos de que a verdadeira vida está cheia. Nós os destruímos, ou tentamos destruí-los, com nossas sistematizações obsessivas e absurdas. Quer o façamos em nome da matéria ou em nome do espírito, faz pouca diferença no final. Existem ateus que lutam contra Deus e ateus que afirmam acreditar Nele: o que ambos têm em comum é o ódio à vida, o medo da imprevisibilidade, o horror à graça e a recusa de todo dom espiritual.”
A Thomas Merton Reader, editado por Thomas P. McDonnell

Um comentário:

osátiro disse...

Continuemos a rezar pelos quatro Cristãos Argelinos condenados por abandonar o Islamismo:
http://www.oecumene.radiovaticana.org/BRA/Articolo.asp?c=209570