“Poderei expulsar o
mal de minha alma lutando contra a minha treva? Não foi isso que
Deus planejou para mim. Basta desviar-me de minha escuridão,
voltando-me para sua luz. Não tenho de fugir de mim mesmo; basta que
me encontre a mim mesmo, não como me fiz, por minha própria
estupidez, mas como Ele me fez em sua sabedoria e, em sua infinita
misericórdia, me refez. Pois é vontade sua que meu corpo e minha
alma sejam o templo de seu Espírito Santo, que minha vida seja o
reflexo irradiante de seu amor e que todo o meu ser repouse em sua
paz. Então, conhecê-lo-ei em verdade, desde que esteja eu Nele e
que Ele esteja, realmente, em mim.”
Thoughts in Solitude, de Thomas Merton
(Farrar, Straus and Giroux Publishers, New York), 1958.
No Brasil: Na liberdade da solidão, (Editora Vozes, Petrópolis), 2001. p. 92 (Farrar, Straus and Giroux Publishers, New York), 1958.