25 dezembro 2017

O indestrutível cerne de esperança

O amor não é algo que ganhemos da Santa Igreja como se fôssemos uma criança se alimentando no seio da mãe: também tem de ser doado. Não receberemos amor se não formos capazes de oferecê-lo.

O Natal, portanto, não é apenas um doce retorno ao leite materno e à infância. É uma festa séria e, algumas vezes, difícil. Difícil particularmente se, por motivos psicológicos, não conseguimos assimilar seu indestrutível cerne de esperança nele contido. Se estivermos buscando apenas uma pequena consolação, poderemos nos desapontar.”
Thomas Merton, Natal de 1967
extraído de The Road to Joy, Letters
(Farrar, Straus, Giroux Publishers, 1989) p. 108
 

18 dezembro 2017

Nós que vimos a luz de Cristo...

... somos obrigados, pela grandeza da graça que nos foi dada, a tornar conhecida a presença do Salvador até os confins da terra. Isso faremos não só pregando a boa-nova de sua vinda, mas, sobretudo, revelando-O em nossas vidas. Cristo nasceu para nós hoje para que pudesse aparecer ao mundo todo por nosso intermédio.

(Vozes, 1968) p. 115

Sieger Köder, São Francisco celebra o Natal no povoado de Greccio

11 dezembro 2017

Propósitos de vida


“Dá-me a humildade – somente nela se encontra o repouso – e liberta-me do orgulho, o mais pesados dos fardos. (...) Nisso consiste, portanto, buscar a Deus com perfeição: afastar-se da ilusão e do prazer, das ansiedades e desejos mundanos, dos trabalhos que Deus não quer, da glória que é apenas exibicionismo humano; manter minha mente livre de confusão para que minha liberdade esteja sempre à disposição de sua vontade; manter silêncio no coração para ouvir a voz de Deus; cultivar a liberdade intelectual em relação às imagens de coisas criadas para receber o contato secreto de Deus em obscuro amor; amar todas as pessoas como a mim mesmo; repousar na humildade e encontrar paz afastando-me de todo conflito e concorrência com os outros...”
(Vozes, 2017) pág. 54


Traduzido por Irmã Maria Emmanuel, OSB e revisado por Sieni Campos, esta reedição está no rol dos clássicos tratados espirituais sobre a vida contemplativa. Escrito a partir da antiga herança cistercience e da própria experiência no claustro, Thomas Merton conduz o leitor pela mão com a maestria de quem já percorreu o caminho, alertando acerca das armadilhas do falso-eu e apontando o caminho da união de vontades para atingir "a mais alta expressão de vida intelectual e espiritual do homem".
 


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04 dezembro 2017

Sobre a esperança e as criaturas

Revisitando uma postagem antiga...

Sobre a esperança e as criaturas

"A esperança nos retira inteiramente deste mundo, embora aí continuemos em corpo. A nossa mente retém a visão clara do que é bom nas criaturas. A nossa vontade permanece casta e solitária no meio de toda beleza criada..."  
No Man is an Island, de Thomas Merton
(Harvest Book, New York), 1983. p. 253
Homem algum é uma ilha (Verus, 2003) p. 212 

Reflexão da semana de 02-07-2012

Um pensamento para reflexão: "A chuva cessa, e o canto puro de um pássaro anuncia, de repente, a diferença entre o céu e o inferno.”
Homem Algum é uma Ilha, Thomas Merton