29 outubro 2013

Além das imagens e do entendimento

“A contemplação é pura na medida em que está livre de elementos sensíveis e conceituais. (...) A contemplação mais elevada e perfeita vai além das imagens sensíveis e do entendimento discursivo e brilha nas trevas do ‘não-saber’.”

The Inner Experience, de Thomas Merton
Editado por William H. Shannon
(HarperSanFrancisco, San Francisco) 2003
No Brasil: A experiência interior, (Martins Fontes Editora, São Paulo), 2007. p. 102 e 103

21 outubro 2013

Uma vida de simplicidade e liberdade

“A vida de contemplação na ação e na pureza de coração é, portanto, uma vida de grande simplicidade e liberdade interior. Nela, não se busca nada de especial, nem se demanda nenhuma satisfação em particular. Nela, está-se contente com o que se é. Simplesmente se faz o que tem de ser feito e, quanto mais concreto for o que tem de ser feito, melhor. Quem a vive não se preocupa com os resultados do que é feito, mas fica contente com os bons motivos que tem, sem angustiar-se demasiadamente com a possibilidade de cometer erros. Desse modo, pode nadar na intensa corrente da vida e permanecer a todo momento em contato com Deus, na simplicidade e mistério de uma tarefa comum, evidente e presente.

The Inner Experience, de Thomas Merton
Editado por William H. Shannon
(HarperSanFrancisco, San Francisco) 2003
No Brasil: A experiência interior, (Martins Fontes Editora, São Paulo), 2007. p. 94

14 outubro 2013

Uma estranha e profunda verdade

“Obscuridade e sinceridade costumam caminhar juntas na vida espiritual. O 'contemplativo disfarçado' é justamente aquele cuja contemplação não é mais oculta a ninguém do que a si próprio. Isso pode parecer uma contradição em termos. No entanto, o fato de que a graça da contemplação é mais segura e mais eficaz quando já não é buscada, querida ou desejada é uma estranha e profunda verdade.”

The Inner Experience, de Thomas Merton
Editado por William H. Shannon
(HarperSanFrancisco, San Francisco) 2003
No Brasil: A experiência interior, (Martins Fontes Editora, São Paulo), 2007. p. 92

08 outubro 2013

Um santo espanto

“A palavra 'contemplação' é muito insossa, muito vaga e muito estática para transmitir plenamente a força espiritual de uma experiência verdadeiramente religiosa de Deus. Para continuar a usar essa palavra, temos de reforçá-la, temos de esquecer suas conotações pagãs e intelectuais e pensar antes no tremor com que Moisés 'tirou as sandálias de seus pés' no monte Horeb, quando Deus falou com ele da sarça ardente e o advertiu que estava em solo sagrado. A contemplação, no contexto cristão, implica necessariamente um 'terror' sagrado – um santo espanto.”

The Inner Experience, de Thomas Merton
Editado por William H. Shannon
(HarperSanFrancisco, San Francisco) 2003
No Brasil: A experiência interior, (Martins Fontes Editora, São Paulo), 2007. p. 86