(Agir, 1972) pág. 62
26 fevereiro 2018
Quem se exalta será humilhado...
“As pessoas que tentam orar e meditar acima do seu próprio nível, que se mostram demasiadamente desejosas de alcançar o que creem ser ‘um elevado grau de oração’, afastam-se da verdade e da realidade. Ao observarem-se a si próprias e ao tentarem convencer-se de seus progressos, tornam-se prisioneiras de si mesmas. Quando então percebem que a graça delas se afasta, permanecem presas em seu próprio vazio, na inutilidade de seus esforços e ficam desamparadas. A acedia substitui o entusiasmo do orgulho e da vaidade espiritual. Um longo tirocínio no caminho da humildade e da compunção, eis o remédio!”
19 fevereiro 2018
A noite dos sentidos
“A vida de contemplação infusa nem sempre começa com uma experiência nítida de Deus numa luz forte, penetrante. (...) Não é muito difícil reconhecer esses repentinos e intensos lampejos de compreensão, esses vívidos ‘raios de escuridão’ que penetram profundamente na alma e mudam todo o rumo de uma vida.
Mas se fosse preciso esperar uma dessas experiências vívidas antes de se tornar contemplativo, talvez fosse necessário esperar muito tempo – quem sabe a vida inteira. E essa espera talvez fosse em vão.”
Mas se fosse preciso esperar uma dessas experiências vívidas antes de se tornar contemplativo, talvez fosse necessário esperar muito tempo – quem sabe a vida inteira. E essa espera talvez fosse em vão.”
(Vozes, 2017) pág. 215
12 fevereiro 2018
Esvaziando a vontade
“É verdade termos de tratar com Deus, a maior parte do tempo, como se fora Ele um ‘objeto’, isto é, considerando-O por conceitos que O apresentam a nós objetivamente. No entanto, como todos sabem, só conseguimos conhecer realmente a Deus quando O encontramos, ‘pelo amor’, escondido ‘em nós’, isto é, ‘por conaturalidade’. Todavia, paradoxalmente, não podemos achar a Deus ‘dentro de nós mesmos’ se não ‘saímos de nós mesmos’ pelo sacrifício. Só um amor sacrifical que nos torne capazes de nos largarmos a nós mesmos inteiramente, esvaziando-nos de nossa própria vontade, pode habilitar-nos a encontrar o Cristo no lugar ocupado anteriormente pelo nosso próprio ‘eu’.”
(Agir, 1963) pág. 122
05 fevereiro 2018
Nada te pertube
"A última coisa no mundo que deveria preocupar um cristão ou a Igreja é a sobrevivência num sentido temporal e mundano. Preocupar-se com isso é uma negação implícita da vitória de Cristo e da Ressurreição"
(Vozes, 1970) pág. 145
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