Livros

"(...)quando ele fala de sua busca de Deus, sua luta contra seu egoísmo, sua vontade de pertencer totalmente a Cristo, sua frustração diante das injustiças e desigualdades de nossa sociedade, sua convicção de que há sementes lindas e fecundas de espiritualidade em todas grandes tradições religiosas do mundo, ouvimos a nossa própria voz. Ele é exatamente um porta-voz de nossos anseios, preocupações e desejos mais profundos. Por isso, lemos e relemos seus textos e sentimo-nos acompanhados por ele."
Dom Bernardo Bonowitz, OCSO
por ocasião do 47º aniversário da Páscoas de Thomas Merton


LIVROS PUBLICADOS NO BRASIL
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    Águas de Siloé (Itatiaia, 1957)

     

    "(...)Estas são as águas que o mundo não conhece, porque prefere a água da amargura e da contradição. Estas são as águas de paz, de que Cristo disse: 'Aquele que beber da água que Eu lhe darei, nunca mais há de ter sede. Mas a água que lhe darei tornar-se-á nele uma fonte d'água jorrando para a vida eterna'. Estas são as Águas de Siloé, que fluem em silêncio." Neste livro, Thomas Merton nos traça um quadro completo e compreensivo do dia-a-dia de um monge trapista.(...) Descreve a regra da Grade Trapa, no século XVII, sob a direção De Rancé (...) é uma fascinante descrição de um modo de vida de tão relevante importância na Era Atômica, como a que tinha na Idade Média." Ainda encontrado em sebos.

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    Amor e Vida (Martins Fontes, 2004)
     
     Os ensaios e meditações reunidos neste volume giram em torno do tema da necessidade de amor para viver. A primeira parte do livro explora o problema da solidão no conturbado mundo moderno. “Sete palavras”, a parte do meio, define e discute os conceitos de morte, teologia, pureza, divindade, ética, o mundo e a guerra. A última parte, sobre o humanismo cristão, concentra-se no pensamento de Tailhard de Chardin e a importância de compreender a humanidade como a “explicação para tudo o que podemos conhecer”. Amor e vida oferece uma profunda percepção do pensamento dos últimos anos de Thomas Merton, e é um livro para todos os que se interessem pela vida do espírito. “Merton foi um 'enfant prodige' das letras americanas, pois sua obra se estende por uma faixa fenomenal de experiência antiga e contemporânea, sagrada e secular [...] um excelente estilista em prosa”.

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    Ascensão para a verdade (Itatiaia, 1958 e 1999)

     

    Ascensão para a Verdade foi escrito por ocasião do aniversário de nove anos de Thomas Merton na Ordem Cisterciense, e é considerada a obra mais importante da sua pena até hoje. Tanto pelo pensamento como pela expressão, ele representa o seu maior passo a frente na produção literária e é também o esforço mais sério que o Autor já empreendeu. "A verdade de que o homem precisa é... Deus mesmo", diz-nos ele no começo deste livro. A Ascensão para a Verdade é, portanto, uma caminhada para o mais alto cume no conhecimento da verdade suprema. "Toda filosofia, diz o autor, aspira a entrar na nuvem que rodeia o cume da montanha, onde o homem pode esperar o encontro com o Deus vivo".

    Mostrando que o caminho para a verdade passa pela contemplação, Merton apresenta uma brilhante exposição das doutrinas de João da Cruz, o teólogo Carmelita do século XVI.

    A vida contemplativa é simbolizada pela "noite escura da alma", que Moisés experimentou no monte Sinai em suas 3 visões de Deus como fogo, nuvem e escuridão. "o paradoxo da contemplação, diz Merton, é que Deus só é conhecido quando é também amado... E por não ter o amor, que o homem moderno é incapaz de ver a única Verdade que importa".

    Os leitores encontrarão nas páginas da Ascensão para a Verdade, uma fonte de inspiração e de alimento espiritual. Eles concluirão que, fazendo a viagem para a verdade, não poderiam ter melhor guia e companheiro, assim simpático e plenamente consciente dos problemas espirituais do homem moderno, do que Thomas Merton.

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    Bernardo de Claraval (Vozes, 1958)

     

    São Bernardo de Claraval, ou de Fontaine, foi Abade Cisterciense de Clairvaux/França. Santo e Doutor da Igreja. Nascido em 1090 em Fontaine-lès-Dijon, e falecido em 20 de Agosto de 1153, em sua Abadia. Thomas Merton nesta obra enaltece o espírito contemplativo deste último Padre da Igreja. Seu programa de vida espiritual pode ser caracterizado como um itinerário que vai do pecado à glória, do conhecimento de si ao retorno a Deus: um "retorno a Deus" que se realiza a partir da humildade, ou antes do reconhecimento da própria miséria e pobreza.



    Livro raríssimo. Pode ser encontrado nas bibliotecas de Mosteiros e Institutos Religiosos.


    Contemplação num mundo de ação (Vozes, 1975)

     

    Eis um livro essencialmente jovem, no estilo, na maneira de dizer as coisas, na força e no entusiasmo e na lucidez com que Merton fala da atualidade da vida monástica e eremítica, (...) do relacionamento do contemplativo com o mundo de ação, sobre o sentido da solidão cristã, sobre a perenidade da vida contemplativa, sobre o monge hoje e no futuro. O seu otimismo não esconde o seu realismo, nem o impede de ser, às vezes, cruel. Ele é sempre atual, jovem e profundo. Essencialmente profeta! Para comprar pela Estante Virtual, clique aqui!



     

    Diálogos com o Silêncio: Orações e Desenhos (Fisus, 2003)

     

    Extraordinário é observar que uma das mais significativas vozes proféticas do século XX, voz que se faz ouvir até hoje em favor da paz, da unidade entre cristãos, da necessidade da oração, pertenceu a um monge trapista mergulhado durante 27 anos no silencio - Thomas Merton.

    Após uma juventude tumultuada, é através da poesia de William Blake que Merton encontra Deus. E é também através da poesia que atinge o caminho certo para nossos corações ao pedir paz para um mundo conturbado.

    Nada mais atual. Ao mesmo tempo Merton não nos liberta da responsabilidade sobre esse mundo, mostrando-nos que fazemos parte deste círculo mortal, como lemos em sua obra. Profético, antecipa até futuros ataques da guerra moderna, sem nos absolver de culpa. "Não pense que você é melhor porque queima amigos e inimigos com mísseis de longa distancia que não lhe deixam ver o que você fez." Eis Merton em toda sua franqueza e honestidade.

    Realista, falando a linguagem de hoje, embora falecido em 1968, recluso em Gethsemani, Kentucky, mas participando dos problemas universais, vê em si mesmo, assim como o ser humano sempre com olhos de misericórdia, compreensão, perdão. "Senhora" - diz em um dos seus poema - "tenho escrito demais e não sou tão bom em palavras como um autor deveria ser." Menciona também seus cansaços, suas contradições internas, sua confusão, seus temores, seu ativismo. Chama-se ate de pretensioso e embusteiro. Como não nos identificarmos com ele em nossa fragilidade? Sua humilde franqueza se tinge por vezes de humor, até de fina ironia ao falar dos "monges dos queijos" ou quando tenta nos pedir para "ficar nos próprios pés, mas com a cara no chão" ou ainda apela ao poeta amigo Lax para rezar pelas "freiras, comerciantes e Hitler". Seu delicado amor a natureza, árvores, lírios, abutres, nuvens, raios de sol, riachos, vinhedos, colinas, todos momentos sacramentais, encontros com o Deus vivo, provam sua profunda alegria de viver ao contemplar a beleza do mundo.

    Essas curtas orações aqui publicadas, ilustradas com seus desenhos inéditos, são apropriadas para no dia-a-dia alimentar nossas preces, conduzindo-nos pouco a pouco a contemplação, ao encontro de Deus que, inesperadamente, se revela. Ontem, como hoje, na atualidade deste belo livro podemos dizer com o autor: "A hora é de tremenda expectativa." Pode ser encontrado nas livrarias. 

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    Diário da Ásia, O (Vega, 1978)

     

    “Durante vinte e sete anos, do seu Mosteiro de Gethsemani, Kentucky/USA, THOMAS MERTON, o jovem contestador da década 1932-1942, passara a exercer funções de verdadeiro mestre espiritual, que, em posa e verso, exploraria, experimentaria e interpretaria à luz da própria religião as afinidades e diferenças entre as diversas visualizações da VERDADE ÚNICA.”

    Este livro que se veio juntar a dezenas de outros, muitos já editados em português, resultou das notas escritas e das palestras feitas durante sua primeira e ultima viagem ao Oriente, de outubro a dezembro de 1968. É basicamente o relato das suas impressões da Ásia: das pessoas com que encontrou (entre as quais o famoso Dalai Lama), das cidades e paisagens que viu, da arte, da música, da filosofia e dos costumes que pode observar de perto.

    Sua viagem o levou à Tailândia, através da Índia e ao antigo Ceilão. De volta a Bancoc, entre as atividades diversas, coube-lhe, exatamente a 8 de dezembro de 1968, poucas horas antes da sua trágica e prematura morte – aos 53 anos, causado por eletrocussão – pronunciar a conferência Marxismo e Perspectivas Monásticas que iria inscrever entre as suas mais significativas páginas.

    O Diário da Ásia, na tradução de Elza Bebianno , de Murillo Nunes de Azevedo e do Mosteiro da Virgem (Petrópolis) é precedido de excelente e revelador Prefácio de Alceu Amoroso de Lima (Tristão de Athayde) e de breve mas rica Apresentação do Dr. Amiya Chakravarty, amigo íntimo de Merton e especialista em mística oriental, o que lhe dá oportunidade de esclarecer alguns aspectos dos temas de que o monge-escritor há muito já se vinha ocupando. Destaquem-se ainda Notas dos Editores, Introdução e Pós-Escrito do Irmão Patrick Hart, Apêndices, informes oficiais sobre as circunstâncias do desaparecimento do autor e um Glossário que facilita ao extremo a compreensão de muitos tópicos do livro. Ainda pode ser encontrado em sebos. 

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    Diário secular de Thomas Merton (Vozes, 1961)

     

    "Teria sido possível imaginar que um dia eu viria ser monge neste mosteiro?" O jovem que tal escrevera em seu diário, aos 12 de abril de 1940, era recém formado pela Universidade de Columbia e neo-convertido ao catolicismo. Fazia seu retiro de Páscoa numa abadia de Kentucky, cujo endereço fora dado por um professor de filosofia de Columbia. Ao escrever a frase, não podia saber que voltaria ao Mosteiro para ali permanecer. Nem que sete anos após (1948) publicaria um livro com o título: A Montanha dos Sete Patamares.

    O Diário Secular, em cujas páginas Thomas Merton registrava seus pensamentos particulares dos 24 aos 26 anos de idade, após vinte anos, recentemente foi liberado pelos respectivos superiores religiosos.

    Começa num quarto mobiliado em Perry street, de Greenwich Village; vai a Cuba na primavera de 1940, volta a Nova Yorque, ao St. Bonaventure College, e a Harlem, para alcançar o clímax na Abadia de Gethsemani, durante a Semana Santa de 1941. A última parte refere o encontro de Merton com a fundadora da Friendship House, à qual presenteou o diário, enquanto a história alcança seu fim nas palavras da última passagem: “Eu falarei com um dos Frades”.

    No trecho a seguir, Merton, com 25 anos de idade, está em Camaguey, México, assistindo a uma espécie de teatro, recheado de muitos números circenses e danças “inesquecíveis”, por serem, na sua opinião, tão ruim e tão horrível de se ver. Percebemos a sua perspicácia e humor ao descrever o evento: 

    "...Por mais que viva, jamais esquecerei, tão ruim que era... Uma das meninas tinha a cara redonda, a outra era realmente gorda, a terceira era magrinha e tinha pernas finas, uma espécie de cara de gato, atraente e bonita. Ela bem sabia que era mais graciosa que as outras. Sem que tivesse havido muitos aplausos, repetiram o numero do principio ao fim, como se já fosse de rotina, como se tivessem de faze-lo duas vezes. Era tão bonito e tão horroroso: para este lado, para aquele lado, volta pra cá, volta pra lá, tan tan tan; no fim davam uma volta e levantavam as saias como leves capinhas, nas pontas dos pés. Ding, ding. O fim.
    Fugiram apressadamente do palco. Nunca vi coisa tal horrível, ou tão inesquecível, ou tão fascinante. Não é que dançassem mal. Dançavam ate muito bem; mas uma dança tão ruim que dava vontade de chorar, tão ruim e sem sentido! Que mexicanos! Foi ainda pior, quando a gorducha dentro de novo correndo, vestida com um casaco preto peludo, curto e apertado, de vaqueiro mexicano, tão preto e tão apertado e tão peludo que a fazia assemelhar-se a um enorme rato. Realmente, seus movimentos eram todos de um enorme rato gigantesco e era isso que estava estampado no sorriso que lhe abria a face: “agora você vão ver que eu sou o rato gigante! Esse número era realmente mais horrível do que o outro, sem ao menos uma boa dança para compensar a ruindade de toda a concepção. Fiquei duro com essa dança. Quando acabou, poderia ter chorado! " 

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    Direção espiritual e meditação (Vozes, 1965) 

     

    Thomas Merton, espírito arguto e refinado, refinado na escola do mundo, que para isto é a melhor, dispôs-se a nos propiciar uma explanação modernizada daquilo que, de tratados antigos, chega até nós carregando estilo e conceituação de sua época, sobre a direção espiritual e a meditação.

    Coisas antigas em formas novas, eis a contribuição de Merton, acrescendo que tudo é reformulado, pelas conquistas de psicologia moderna, pela qual muita coisa obscura se tornou clara e outras foram reduzidas às verdadeiras proporções.

    Belo e acertado seu conceito quanto ao diretor espiritual: “um amigo em quem se confia, que, numa atmosfera de compreensão e simpatia, nos ajuda e fortalece em nossos esforços, nosso tatear, para corresponder à graça do Espírito Santo, que é o único verdadeiro Guia no sentido pleno da palavra”. Mas conhece e aponta os maus, que os há também.

    Merton, neste tratado de meditação, ensina aos iniciantes, melhormente que certos tratados antigos, em virtude de abordar, ânimo aberto e destemido, dificuldades existentes nesse difícil capítulo da espiritualidade cristã, e as aberrações que podem surgir.

    Cobre os assuntos otimamente e pode ser vivamente recomendado. Livro raríssimo. Pode ser encontrado nas bibliotecas de Mosteiros e Institutos Religiosos.



    Espiritualidade, Contemplação e Paz (Itatiaia, 1962)

     

    Thomas Merton divide a obra em três etapas: o primeiro deles, "Princípios Básicos da Espiritualidade Monástica" tem por finalidade, como diz o autor, "examinar brevemente os grandes princípios teológicos sem os quais observância monástica e vida monástica não teriam sentido." Escritas tendo em vista os monges e, particularmente, os noviços e postulantes cistercienses, estas páginas, em última análise, poderão interessar a todo religioso e mesmo a todo cristão. "O Caminho Obscuro" (Notas Sobre a Contemplação) é o segundo dos estudos, versão revista e ampliada do opúsculo "O que é a Contemplação?", publicado em 1948, encarando com a maior reserva a tese de que todo cristão pode, e deve, ser contemplativo. Thomas Merton mostra na obra que "a contemplação não é uma fuga, e, mais exatamente falando, nem mesmo um "caminho" que se possa escolher", e que a vida contemplativa "é difícil e, de muitas maneiras, frustratória", "Nunca se falou tanto em paz e jamais houve tão pouca paz no mundo": com essas palavras, inicia-se o terceiro destes ensaios, "A Paz Monástica". Entretanto, diz Merton, há paz no mundo; e mostra que, para encontrá-la, não é preciso ir a um mosteiro, porque esta paz se acha nos corações de homens e de mulheres "sensatos porque humildes, bastante humildes para ficarem em paz no meio da ansiedade".

    Enfeixando num volume estes três ensaios, traduzidos pelas monjas beneditinas da Abadia de Nossa Senhora das Graças, quis a Editora Itatiaia, mais uma vez, trazer aos leitores brasileiros os ensinamentos de Thomas Merton, cuja autoridade em relação aos temas tratados lhe tem conquistado entre nós cada vez mais numerosos leitores. Ainda pode ser encontrado em sebos. 

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    Experiência Interior, A (Martins Fontes, 2007)

     

    Fielmente compilado por Willian Shannon, o ultimo livro de Merton nos apresenta tanto o sentido quanto a prática diária da contemplação, que é o coração da vida monástica e, na verdade, de toda experiência religiosa. Merton não se sentia a vontade para publicar o texto e ainda o estava revisando quando de sua morte repentina. Mas agora a Fundação do Legado Merton e outros estudiosos decidiram que A experiência interior é uma valiosa contribuição aos trabalhos de Merton e, por isso, permitiram sua publicação.

    Aqui, Merton faz a ligação entre suas primeiras obras e seus últimos escritos, tendo como fontes a grande tradição cristã que ele conhece tão bem e também as tradições orientais – especialmente do Budismo – pelas quais se apaixonou na ultima década de sua vida. Facilmente encontrado nas livrarias! 

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    Gandhi e a não violência (Vozes, 1967)

     

    Para esta publicação muito oportuna, Thomas Merton selecionou declarações básicas quanto aos princípios e a interpretação do que constitui a filosofia de Gandhi sabre a não-violência (Ahimsa) e a ação não-violenta (Satyagraha). Esses ensinamentos do líder e "santo" da independência indiana são mais do que nunca importantes para o nosso mundo atual, por causa da relação com dois sérios problemas de nossos tempos: o racismo e as armas nucleares. O exemplo de Gandhi tem inspirado alguns líderes que se esforçam pela paz para a comunidade humana. Para muitos e em diversas partes do mundo, Mohandas Gandhi ocupa incontestavelmente um lugar excepcional entre as maiores figuras do século XX. Em sua longa introdução a este livro - e cremos ser ela um de seus mais notáveis ensaios - Merton demonstra como Gandhi uniu o pensamento do Oriente e do Ocidente em sua busca da verdade universal e como, para Gandhi, a não-violência brota da conscientização da unidade espiritual no indivíduo. O grande monge cisterciense encontra uma relação entre a Ahimsa de Gandhi, o tradicional Dharma indiano, o conceito grego e o nosso sobre a liberdade, e o pensamento de Santo Tomás de Aquino e de teólogos católicos mais recentes no que concerne a consciência, o bem e o mal e a paz.

    "Os princípios de Gandhi são, portanto, extremamente oportunos na hora presente, mais oportuno mesmo do que quando foram concebidos e postos em prática nos ashrams, nas aldeias e nas estradas da Índia. São atuais e oportunos para todos, especialmente, porém, para os que estão interessados em desenvolver os princípios expressos por um outro grande pensador religioso, o Papa João XXIII, na encíclica Pacem in Terris. De fato, essa encíclica possui a vastidão e a profundeza, a universalidade e a tolerância dos horizontes pacíficos do espírito de Gandhi. Não pode a paz ser construída sabre o exclusivismo, o absolutismo, a intolerância. Mas também não pode ser construída sabre slogans liberais vagos e programas piedosos elaborados na fumaça das confabulações. Não pode haver paz na terra sem aquela transformação interior que faz o homem reencontrar sua sã razão ou seu "pensamento reto". As observações de Gandhi sobre os pré-requisitos e as disciplinas exigidas pelo satyagraha, o voto de verdade, devem ser lidas por qualquer um que esteja seriamente interessado no destino do homem na era atômica.

    Texto: Thomas Merton na introdução do livro.
    Capa: Amilcar de Castro

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    Homem Algum é uma Ilha (AGIR, 1957 | Verus, 2003)

     

    O relançamento de "Homem Algum é uma ilha", de Thomas Merton, um dos mais influentes escritores espirituais do século XX, retoma uma obra clássica e atemporal. O autor, exaltado como profeta e crítico dos conflitos da sociedade contemporânea, escreveu o livro na década de 50, mas o tema não perdeu a atualidade. 
    Como precursor audacioso da promoção do diálogo ecumênico entre cristãos, Merton traz reflexões modernas e pessoais em busca do sentido da vida interior para que o homem encontre a si mesmo. Esta obra marcou a época de uma geração de intelectuais, leigos e religiosos, em razão das meditações sobre as urgentes questões sociais da nossa era. 
    Os temas são tratados de maneira simples e analisados por Merton com muita lucidez. Valores como a liberdade, a esperança, a caridade e a sinceridade refletem as verdades básicas que sustentam a vida do espírito. Entre os livros da autoria de Merton, "Homem algum é uma ilha" é um dos mais importantes. O termo “ilha” significa dizer que na vida só existe sentido quando se admite que nenhum homem é sozinho, que ninguém se basta a si mesmo e que todos dependem uns dos outros. O título foi inspirado no texto de John Donne: “Homem algum é uma ilha completa em si mesma; todo homem é um fragmento do continente, uma parte do oceano. A morte de cada homem me enfraquece porque sou parte da humanidade; assim, nunca perguntes por quem o sino dobra; ele dobra por ti” (meditação 17) "...Todo homem é parte de um continente, cada um é membro do Cristo e responsável pela vida de todo o organismo. É, pois, no plano do amor, tal qual ele aparece em Cristo, na Revelação, que se situa a perspectiva deste livro, e esconde-se a fonte de seu encanto. 
    Ganha ele, assim, as proporções de uma grande intuição cristã da vida, baseada, sem dúvida, na tradição dos Padres e da Igreja, mas expressa na rica experiência interior do próprio Autor, que possui para a sua mensagem um estilo decantado e um poderoso senso poético." 

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    Homem Novo, O (AGIR, 1966 | Vozes, 2006)

     

    "A Imagem incriada, enterrada e oculta pelo pecado nas profundezas de nossas almas, ressurge da morte quando, ao enviar seu Espírito ao nosso espírito, manifesta sua presença e torna-se para nós a fonte de vida nova, uma nova identidade e um novo modo de agir" (trecho do livro). A convicção religiosa de que o ser humano é destinado a evoluir espiritualmente e alcançar sua perfeição está presente em todas as tradições religiosas, a despeito das diferenças de suas doutrinas, de seus ritos e seus símbolos. 
    A páscoa judaica e o batismo cristão são exemplos entre muitos outros da riqueza desta afirmação. O cristianismo ensina, de fato, que devemos nos despojar do velho homem, o Primeiro Adão, corruptível, terreno e mortal, e nos revestir do homem novo, Jesus Cristo, Filho de Deus, incorruptível e ressuscitado. 
    Estes e outros símbolos são usados pela Bíblia para expressar a vida divina, a salvação, a renovação do coração e da mente, enfim, a santidade: uma realidade espiritual que esconde nossa verdadeira identidade. Escrita por um dos ícones do cristianismo moderno, O Homem Novo é uma obra de espiritualidade repleta de beleza e profundidade teológica. Nela, Thomas Merton retoma os textos sagrados e convida e leitor a navegar nas águas profundas do cristianismo através do tema central da renovação espiritual de todo o nosso ser. 
    Com comentários cheios de significado e simbolismo, explica como este processo de aperfeiçoamento envolve dimensões pessoais e existenciais radicais e precisa ser acompanhado de mudanças interiores e exteriores, em nosso coração e em nosso modo de agir, para que nos tornemos um novo ser humano. 

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    Igreja e o Mundo sem Deus, A (Vozes, 1970)

     

    Thomas Merton, considerado pela revista americana TIME, «o maior autor espiritual do século», examina nestas paginas a relevância do Vaticano II para o mundo contemporâneo. Os escritos de Merton tem o dom de falar sobre nossa situação neste planeta, num tom direto e com profundidade raramente encontrada nos escritores espirituais do nosso tempo. Mostram lucidez em relação as preocupações materiais e firmeza em manter os valores espirituais.

    Neste livro, o autor toma por base de suas reflexões o fato de que «uma nova era se iniciou para o cristianismo». É o que ele denominava em uma serie de artigos, ainda não publicados, «A ERA PÓS-CRISTû.

    O que isso significa é examinado aqui num estudo de pesquisa sobre a Constituição Conciliar GAUDIUM ET SPES (A Igreja no Mundo de Hoje), que surge como um documento muito mais revolucionário do que, a primeira vista, se poderia crer. O tema da «morte de Deus» e abordado com penetração e clareza. Merton demonstra grande empatia e compreensão quando expõe a posição do «outro». Acolhe com simpatia as ideias dos que dele divergem, procurando «sentir» com eles, demonstrando rigorosa honestidade intelectual e confiança na reta intenção de quem, partindo de premissas erradas chega a conclusões defeituosas. Neste pequeno volume de Thomas Merton, temos um excelente guia para a compreensão da Constituição Sabre a Igreja e o Mundo de Hoje e suas implicações práticas.

    Todos os leitores de Merton sabem como ele faleceu numa recente viagem que empreendeu (em dezembro de 1968) a convite dos Abades beneditinos e cistercienses-trapistas reunidos em Bangkok, na Tailândia. Depois da conferência que pronunciou neste memorável encontro, entre monges cristãos e budistas, um trágico e fatal acidente causou-lhe a morte por eletrocussão. O New York Times declarou ao dar a noticia «... era um escritor que possuía uma graça singular para falar sobre a Cidade de Deus e um ensaísta de penetrante originalidade quando tratava da Cidade do homem. Escreveu sobre a vida espiritual perene, e a fé religiosa, com o conhecimento e a atualidade de um contemporâneo».

    Livro raríssimo. Pode ser encontrado nas bibliotecas dos Mosteiros e Institutos Religiosos.



    Marta, Maria e Lázaro (Vozes, 1963)

     

    Admirável esboço da doutrina de São Bernardo, que Thomas Merton nos expõe com a simplicidade, a clareza, a elevação que caracterizam seus escritos. Dá-nos nessas paginas um resumido mas vivo panorama dos três aspectos da vida espiritual, postos em paralelo com Marta, Maria, Lázaro: a vida ativa, a vida contemplativa, a vida penitente, sendo que os três aspectos tem o seu centro em Cristo, que lhes dá sentido e valor, pois e Ele o Princípio e o Fim de todas as coisas e é Nele que tudo subsiste.

    Mostra-nos Thomas Merton que as modalidades da vida espiritual não se opõem umas às outras: "Marta e Maria não são inimigas, são irmãs". A vida ativa é alimentada pela contemplação e esta, por sua vez, transborda da alma unida a Deus, na atividade apostólica. Sem deixar de dar a primazia a vida contemplativa (Maria escolheu a melhor parte) faz-nos ver que São Bernardo (como Santo Tomás de Aquino) considera que a vida apostólica é a mais perfeita de todas, pois é a união das duas outras, que se irradia numa expansão de amor, comunicando-se ao próximo. Este belíssimo estudo: Marta, Maria e Lázaro deve ser lido e meditado, para melhor compreendermos a feição sobrenatural do apostolado, que, para ser fecundo, deve tomar raízes numa vida de íntima união com Deus.

    “Marta, Maria e Lázaro" – um estudo sobre as relações entre a ação, a contemplação e o apostolado, na doutrina de S. Bernardo. "Que entende exatamente S. Bernardo por vida ativa e vida contemplativa? Em nossa época, em que tudo é encarado pelo exterior e não apreendido pelo interior, em que se julga mais pela aparência do que pelo íntimo, supomos que, para distinguir a vida contemplativa da ativa, basta destacar a clausura. A vida contemplativa é aquela que se leva atrás de um muro, num claustro; a vida ativa é a que se leva fora da clausura, nas praças públicas... Em suma, distinguimos o religioso ativo do contemplativo, não mostrando o que eles são, mas indicando simplesmente onde se acham; não dizendo o que são, mas o que fazem.

    Livro raríssimo. Pode ser encontrado nas bibliotecas de Mosteiros e Institutos Religiosos.



    Merton na Intimidade: sua vida em seus diários (Fisus, 2001)

     

    "Talvez o Livro da Vida, no final, seja o livro que cada um viveu. Se alguém não viveu nada, esse alguém não está no Livro da Vida. Eu sempre quis escrever sobre tudo. Não digo, com isso, escrever um livro que cubra tudo – o que seria impossível, mas um livro no qual possa entrar de tudo. Um livro com um pouco de tudo que se cria a partir de nada. E que tem vida própria. Um livro fiel, que já não vejo mais como um 'livro'."
    (Thomas Merton, em 17 de julho de 1966)

    Nestas memórias em forma de diário, composta das passagens mais pungentes e plenas de insights de seus diários, Merton na intimidade mostra-nos quão íngreme foi o caminho espiritual de Thomas Merton. Selecionada dos sete volumes dos seus diários pessoais, esta crônica de vinte e nove anos aprofunda e amplia a história que Merton contou, e que o fez famoso, em A Montanha dos Sete Patamares. Este livro é a autobiografia deste monge, a sabedoria ganha da experiência pessoal de um grande professor espiritual. Aqui encontramos Merton a nos contar os desafios maiores de sua vida, os seus confrontos com as hierarquias monásticas e da Igreja, sua interação com as tradições religiosas do ocidente e do oriente, e suas atividades em prol dos direitos civis e contra a guerra. Em Merton na intimidade vemos um escritor comprometido com a “arte da confissão e do testemunho”, na medida em que ele busca uma espiritualidade contemporânea, autentica e global.

    Recontado desde os primeiros dias de Merton no monastério, até sua jornada para o Oriente para um encontro com o Dalai Lama, Merton na intimidade revela uma vida marcada pela ininterrupta busca de sentido, equanimidade e amor. Merton na intimidade captura a essência do que fez a sua jornada pela vida algo de relevância permanente. Pode ser encontrado nas livrarias. Para comprar pela Estante Virtual, clique aqui!

    Místicos e Mestres Zen (Martins Fontes, 2006)

     

    Comunicação é palavra da moda. Nossa época poderá ser qualificada como sendo o período da longa história humana onde foi mais sentida a consciência da necessidade do encontro. Sem comunicação esse encontro entre o eu e o tu não poderá ser realizado. Cursos se multiplicam nas Universidades, livros que versam sobre o assunto vão abarrotando as estantes. A televisão vai faturando as virtudes do consumo em massa da aldeia global. E, apesar de tudo, os choques e conflitos por falta de comunicação nunca foram tão críticos como agora. Por que a busca da comunicação gera o conflito? Por que os sanatórios de doenças mentais estão superlotados nesta época de "luzes"? Angustiado com o paradoxo, Thomas Merton mergulhou na busca das raízes do problema humano. Abandonando as perspectivas douradas de uma vida profissional cheia de recompensas materiais, larga tudo e mergulha na Ordem dos Trapistas onde a regra do silencia é uma norma, o trabalho manual uma religião e a oração direta, pura, sem, palavras, um hino que se eleva ao Supremo em cada gesto. Aos poucos foi penetrando naquela solidão criadora onde somente nela e possível o contato com o desconhecido, com o verdadeiro mundo que os homens não sentem. Toda essa psico-atmosfera que o rodeava, Merton foi transportando para uma série de livros admiráveis, relatando as paisagens de uma vida interior que o homem-maquina não vive. Aos poucos, a experiência Zen, que tanto o marcou, se afirmava como uma vivencia em sua obra. O Zen, que para muitos é apenas uma escola do Budismo Japonês, aparecia sob uma configuração cristã sem perder sua extraordinária autenticidade. Os mestres Zen falam a mesma linguagem universal dos místicos. Uma espécie de metalinguagem que se revela para os que têm ouvidos e sensibilidade para compreendê-la.

    Admiráveis exemplos dessa identidade são apresentados no texto pelo autor que cada vez mais sentia no Zen budismo um caminho para o atemporal. Para aquele território único onde as palavras perdem sua força e os seres vivem unidos na mesma base. Nele, a comunicação é feita de maneira integral. Direta. De certa forma explosiva por que caem uma série de barreiras que separam as coisas o homem fica então sozinho diante da realidade e sente-se reencontrado na imensidão que "vê" pela primeira vez. Essa visão direta da realidade, da coisa nua, é quase que impossível de ser descrita. Tudo que se disser dela é o reflexo apenas de uma experiência. Falar sobre ela é se afastar dela. As palavras são de¬dos apenas apontando a lua - segundo um proverbio Zen. Deve-se olhar a lua e não os dedos. Torna-te realmente a lua se queres encontra-la.

    Em Thomas Merton sente-se a sinceridade do viajante que fala da experiência direta de suas incursões no Absoluto. Neste absoluto, cuja porta está livre e escancarada a espera do leitor desta orelha, que talvez ainda esteja em dúvida se deve ou não mergulhar neste livro. O leitor encontra-se quase que na mesma posição da rãzinha impregnada de Zen no poema do genial Basho. A solução da dúvida talvez esteja no haicai:

    "Poço escuro
    Subitamente a rã
    Salta.
    PLOP!"

    Salte com Thomas Merton, leitor amigo, e sinta no choque com a água da Realidade o que as palavras por mais belas e ornadas que sejam não poderão dar. A Comunicação se perde nas não-palavras.

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    Montanha dos Sete Patamares, A (Vozes, 2010)

     

    A Montanha dos Sete Patamares é a autobiografia dum jovem que levou uma vida múltipla e depois, na idade de vinte e seis anos, entrou para um mosteiro trapista. Thomas Merton, já conhecido como poeta, conta a história de sua vida, desde seu nascimento em 1915 até a sua atual existência como monge. Seu livro foi escrito no mosteiro de Gethsemani, Kentucky. A Montanha dos Sete Patamares é o extraordinário testamento e testemunho dum norte-americano intensamente ativo e brilhante que resolveu se retirar do mundo depois de nele se haver atolado deveras. Merton serve-se da imagem de Dante sobre O Purgatório como símbolo do mundo moderno.

    Homem do seu tempo em todos os sentidos, neste período entre duas guerras, Thomas Merton passou a infância na América do Norte e na França. Seu pai era inglês; sua mãe uma norte-americana Quaker. Ficando órfão de pai aos vinte anos, deixou a Inglaterra, optando pelos Estados Unidos, e se matriculou em Columbia. Preocupado com as injustiças sócias e econômicas da vida moderna, fez parte dum grupo da Juventude Comunista. Mais tarde trabalhou numa Organização Católica, em Harlem. Foi diversos anos depois de sua conversão, que entrou para a Ordem Trapista. Frei Maria Ludovicus, como é chamado na Ordem, conta sua história com talento, intensidade e exuberância. Parte do interesse deste livro decorre também do fato de ele escrever duma cela de monge e com conhecimento e autoridade, sobre artistas modernos como Picasso, Joyce e Duke Ellington. A ultima parte do livro contém uma narrativa fascinante da vida diária trapista. Sobre esse maravilhoso livro escreveu Graham Greene: - “É um prazer raro ler uma autobiografia com um cunho e um sentido válido para todos nós. A Montanha dos Sete Patamares é um livro que se lê com um lápis, anotando-o como anotação de nossa memória da vida.”

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    Na Liberdade da Solidão (Vozes, 1961 e 2010)

     

    "É um extraordinário tratado sobre a meditação, com que nos presenteou o grande mestre do silêncio e da contemplação, Thomas Merton", disse Tristão de Athayde em comentário ao livro original, no jornal Diário de Notícias de 21 de junho de 1959.

    Este livro foi publicado em inglês pela primeira vez em 1956. Em 1961 a Vozes já o estava lançando no Brasil. O presente volume é a reedição desse texto de 1961. Quarenta anos depois, Merton esta mais atual que em meados do século passado.

    Em prosa eloquente e profunda, Merton fala a favor do direito inalienável do homem ao silêncio e a liberdade interior. A sociedade, declara o autor, depende da solidão inviolável de seus membros. Não e constituída de números ou de unidades mecânicas, mas de pessoas. Ser pessoa implica numa responsabilidade e liberdade, e estas sugerem uma certa solidão interior, uma noção da própria realidade pessoal, um senso de integridade e da capacidade que se tem para se dar a sociedade. Estas são convicções úteis para todos os que tem coragem de olhar para o infinito.

    Thomas Merton nasceu nos Pireneus franceses em 1915. Estudou na França, Inglaterra e Estados Unidos. Viveu em muitos países. Falava fluentemente várias línguas. Seu itinerário espiritual passou por Joyce, Maritain e Gilson; tendo descoberto o evangelho, converteu-se e foi batizado em 1938. Dois anos depois ingressou na Abadia Cisterciense do Gethsemani, no Kentucky. Tornou-se o Irmão Luís, que foi ordenado sacerdote aos 34 anos. Sua caminhada espiritual esta descrita em A montanha dos sete patamares.

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    Novas Sementes de Contemplação (Fisus, 2002)

     

    Eis um livro precioso para os tempos que correm: quando a vida em sociedade, desenrolando-se voltada para fora sobre um palco de imagens, transforma-se em sobrecarga que obstrui o desenvolvimento interior das pessoas. Parecer ser, cada vez mais, e a fórmula compensatória e vazia para encobrir a autentica realidade do que talvez sejamos. Somos antes de tudo um infinito mistério: e a recusa à admissão desse fato, consubstanciada nas estafantes corridas para se distrair de algum modo, e certamente a maior causa do sofrimento sem trégua que leva a humanidade a se contorcer oprimida. A riqueza, o poder, a glória, todas as conquistas externas são satisfações provisórias, e o maior bem – a paz de espírito – não se conquista senão caindo em si.

    Thomas Merton, aliando sua vocação de escritor a uma intuição mística privilegiada e a dureza da formação monacal, plantou suas sementes de contemplação em termos simples que, baseados na experiência de um só homem, porém profunda e transfiguradora, são capazes de libertar-nos a todos da rotina insustentável e da tirania do ego. Reativando a força de ensinamentos milenares na solidão de Gethsemani, o mosteiro trapista no qual ingressou ainda moço, o que ele aqui nos transmite e um apelo poético, por isso mesmo sincero e verdadeiro, a plenitude do equilíbrio mental.

    Se o ouvirmos com atenção, fazendo, esforço para que as sementes germinem nos interstícios da consciência e na prática, entenderemos que nossa personalidade e uma convenção como as outras, a qual não há por que se apegar. Ao examiná-la com distanciamento e bom senso, veremos que os alvos que ela persegue como valores indiscutíveis são ficções que introjetamos por mero condicionamento, e não concreções palpáveis, como os alimentos e a água, realmente indispensáveis a travessia da vida. Indefinidos e mutáveis como os desejos que os geram, tais valores simplesmente mascaram a principal evidencia, que é a de aprendermos a aceitar aquilo que nos foi destinado e constitui nossa pequena grandeza. Na via fértil da contemplação, esse é o primeiro passo para a aceitação dos demais.

    Merton, que de início se dedicou as letras, tendo passado pelas universidades de Cambridge e Columbia, chegara a escrever vários romances e a estudar poetas como Blake e Hopkins antes de ir para o mosteiro. Estava então com 26 anos e pensou em desistir da carreira literária. Mas os próprios trapistas impuseram-lhe a tarefa de continuar escrevendo. Após seis anos de vida conventual e ascetismo, tornou-se autor de um best-seller ao narrar suas buscas como um louco de Deus em A montanha dos sete patamares, a autobiografia que o consagrou mundo afora.

    Desde então firmou-se, nos seus numerosos livros, como um renovador ecumênico do pensamento católico, lutando contra as injustiças e as guerras, as cegueiras da política e as despudoradas ganâncias. Parte de sua monumental correspondência se endereçou a escritores de diversas tendências – Jacques Maritain a Henry Miller, de Boris Pasternak a Alceu Amoroso de Lima, de Victoria Ocampo a Lawrence Ferlinghetti – com os quais passou a discutir sem reservas os temas contemporâneos mais prementes.

    Pioneiro na opção da Igreja pelos pobres, e1e o foi também noutro movimento importante, o da abertura para as tradições do Oriente, assunto sobre o qual publicou três livros: Místicos e mestres Zen, A via de Chuang Tzu e Zen e as aves de rapina. Quando morreu em Bangcoc, na Tailândia, eletrocutado em seu quarto de hotel por um ventilador com defeito, na tarde de lO de dezembro de 1968, Merton participava de um encontro de líderes espirituais do Ocidente e do Oriente. Acabara de fazer uma palestra, na manha do mesmo dia, sobre um tema de originalidade imprevista: "Marxismo e perspectivas monásticas." A atual retomada de interesse pela obra de Merton deve-se em parte a publicação de seus diários, iniciada nos Estados Unidos em 1995, ou mais de 25 anos depois de sua morte, segundo seu expresso desejo, e completada em 1998 com o sétimo e ultimo volume da série, The other side of the mountain: the end of the journey.

    Além de Novas sementes de contemplação, a Irmã Maria Emmanuel de Souza e Silva traduziu outros 20 dos 41 livros de Merton já publicados no Brasil e é sua principal tradutora em todo o mundo.

    Leonardo Fróes

    Este livro está prestes a ser reeditado pela Editora Vozes!
     

    Ofensiva de Paz (Vozes, 1965)

     

    Ofensiva de Paz é um livro diferente e espantoso. Poderia parecer, pelo título, um repositório de apelos, talvez patéticos, mais ou menos alegóricos, a favor de um adocicado desarmamentismo. E não é nada disso. O desejo de que a harmonia se instale entre os povos resulta mais, depois de sua leitura, da perplexidade com que o leitor se encontra perante a ameaça...


    Pão no Deserto, O (Vozes, 1963 e 2008)

     

    Neste livro Thomas Merton trata dos salmos da Santa Igreja. Uma coleção de notas pessoais dum monge da atualidade. Nos tempos misteriosos em que vivemos não podemos prever quais serão os leitores destas paginas. Tentam, entretanto, pôr em evidencia algumas das raízes pelas quais os salmos, apesar de sua antiguidade, devem ser considerados como uma das formas de oração que mais convêm aos homens de todos os tempos. Aos leitores que só conseguem ver nos salmos "literatura" esse livro oferecerá diversos motivos que fazem do saltério mais do que literatura, já que para os monges e muitos fiéis se fez o Pão no Deserto.

    O autor procura desvendar os desígnios da Providência encerrados no Saltério fornecendo a chave para que os homens penetrem no sentido das orações que a própria inspiração do Altíssimo foram elaborados.

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    Pão vivo, O (Vozes, 1963)

     

    O livro diz respeito à Eucaristia como sacrifício e como sacramento; perpetuação da Presença Real de Jesus através do tempo e do espaço; centro da vida e do culto cristão; o símbolo e a causa da unidade do Corpo Místico de Cristo. A Teologia e a piedade cristãs jamais se cansarão de adorar este divino mistério e de penetrar-lhe, profundamente, o sentido; mistério de fé par excellence, culminância do extravasamento do amor de Cristo por seus discípulos.

    [...] Em O Pão Vivo, o autor, com alusões e aplicações acertadas à vida moderna, expõe a doutrina católica, apoiando-se sobre o sólido fundamento da Sagrada Escritura, dos Santos Padres, dos Concílios, dos documentos Pontifícios e as opiniões dos Teólogos. Ainda pode ser encontrado em sebos. 

     Livro raríssimo. Pode ser encontrado nas bibliotecas dos Mosteiros e Institutos Religiosos.



    Paz na era pós-cristã (Santuário, 2007)

     

    Escrito em 1962, o manuscrito de Thomas Merton sobre a paz foi censurado pelas autoridades eclesiásticas, que o consideraram demasiadamente “radical” e pode ser publicado somente recentemente. Mas como justificar a publicação de um livro que aborda problemas urgentes de 1962, agora que não existe mais uma União Soviética e que a Guerra Fria não passa do título de um capítulo em livros de História?

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    Poesia e Contemplação (AGIR, 1972)

     

    Poeta e contemplativo, Thomas Merton desenvolve, neste ensaio, em páginas de rara beleza, o tema de como a poesia, no que possui de melhor, é contemplação. Uma poesia é uma contemplação que nos colocam em presença da realidade enraizada em nossa verdade mais intima e interior. E, portanto, em presença do Mistério de Deus.

    Na parte que se refere especialmente à autentica oração, temos uma reflexão prática e não acadêmica. O autor nos fala das profundezas de sua experiência. Trata antes da própria natureza da oração do que de técnicas. É afastada a dicotomia entre apostolado e liturgia, cultura e simplicidade, "humanismo" e ascetismo. O que mais interessa neste livro é a maneira como o celebre convertido e monge trapista americano analisa a angustia existencial, a solidão e o tédio do homem de nossa época. Uma angustia que suscita a oração e se abre à esperança. O pensamento do autor desenvolve-se de maneira extremamente profunda. Sentimos que Merton viveu e vibrou em união com o mundo contemporâneo. Para ele, a confusão e a desolação do homem moderno desorientado é um verdadeiro “deserto”. Mas, como dizia St. Exupéry, "o deserto é belo porque nele, em algum lugar, existe uma fonte". Merton, nestas páginas, nos leva à Fonte. A compaixão e o excepcional dom de comunicação que o caracterizam explicam, em parte, a grande atração que seus livros exercem sobre tantos e tão variados leito¬res. Ao partir para o Oriente, numa busca sempre mais intensa de Deus e da união e do amor entre os homens, deixou estas páginas que foram publicadas depois de sua morte, tão inesperada, ocorrida durante o Encontro dos monges cristãos e asiáticos em Bancoc. O súbito desaparecimento de um dos maiores escritores espirituais do nosso tempo torna mais forte o impacto da mensagem contida neste livro: "o Espírito está agindo em nossos dias e é evidente que a mais premente necessidade do mundo cristão de hoje é a atenção a esta verdade interior alimentada pelo espírito de contemplação”. Ainda pode ser encontrado em sebos. 

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    Que livro é esse? (Vega, 1975)

     

    Para abrir um livro é necessário, antes de tudo, questioná-lo, perguntar que caminho encontraremos nele. Que livro é este ? é o típico livro que que carrega essa premissa implícita.

    Tal questão não pode ser respondida sem levar em conta as reivindicações pra lá de peculiares que foram formuladas por Cristãos, Judeus e até mesmo Muçulmanos: reivindicações, que, para muitos homens modernos, são revoltantes. Podemos afirmar que este livro é diferente de qualquer outro, e que o destino do homem depende muito da compreensão desta obra inspirada.


    Não podemos entender nada sobre a Bíblia sem encarar o fato de que estas reivindicações são feitas de forma severamente crítica. É da própria natureza da Bíblia afrontar, confundir e surpreender a mente humana. Daí o leitor que abre a Bíblia deve estar preparado para a desorientação, confusão, incompreensão, talvez até indignação. Merton é um guia experiente e há de conduzi-nos de forma segura.

    Livro raríssimo. Pode ser encontrado nas bibliotecas de Mosteiros e Institutos Religiosos.




    Que são estas chagas? (Vozes, 1959)

     

    Vida da mística cisterciense Lutgarda de Aywiéres “Estudando a vida de Santa Lutgarda, Thomas Merton nos dá, nete livro, bem traduzido pelas religiosas da Companhia da virgem, alguma coisa do muito que ainda há de nos dar com a graça de Deus, sobre a sua própria experiência da vida contemplativa. Uma vida, como a dele, mais do qualquer outra — e não há vida alguma, por mais obscura que seja, que não tenha um sentido na Comunhão dos Santos ou na Comunhão dos Anjos Decaídos — uma vida como a de Thomas Merton, representa, sem dúvida, uma intenção toda especial da Divina Providência.




    Questões abertas (AGIR, 1963)

     

    Um livro intitulado Disputed Questions (Questões Abertas), poderá, na opinião do autor, ter pelo menos uma vantagem nítida: a de preservar o leitor do engano de que se trate de um livro “inspiracional”. Certamente, não é o caso. O presente livro tenciona estimular o pensamento e despertar, até certo ponto, a consciência das coisas espirituais. Todavia, não está destinado a provocar em ninguém um choque inesperado de felicidade espiritual, ainda menos um ímpeto de piedoso entusiasmo e a convicção de que tudo corre bem no mundo, contanto que estejamos decididos a nos concentrar no lado alegre das coisas, Pois é isso, creio eu, o que se propõe fazer um livro “inspiracional”. Se assim é, gostaríamos de reivindicar a honra de jamais haver escrito um tal livro. (...) Ainda pode ser encontrado em sebos. 

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    Reflexões de um Espectador Culpado (Vozes, 1970)

     

    Este livro notável é um conjunto de notas, opiniões, reflexões, experiências e meditações de um dos mais extraordinários pensadores religiosos. São extraídas dos cadernos de notas de Thomas Merton a partir de 1956 e, por isso mesmo, intensamente contemporâneas, intensamente ricas e contemplativa, fruto tanto da experiência de uma místico solitário como das mais urgentes necessidades morais e ontológicas do homem de nosso tempo.

    Reflexões de um espectador culpado discute problemas tão diversos como o pensamento do teórico alemão Karl Barth, as implicações internacionais da corrida nuclear, mas da primeira à última linha é unificado pela preocupação do autor com a importância transcendental da responsabilidade individual.,

    “Num tempo como o nosso”, escreve Merton, “é mais necessário do que nunca para o indivíduo treinar-se... no conhecimento da diferença entre ‘os caminhos de Deus e os caminhos de Satã’. E não podemos confiar em nossa sociedade para que ela nos ensine a diferença entre os dois”.

    A diferença entre consciência e convencionalismo é, pois, o tema central deste livro. Intimamente relacionado tanto com a tradição cristã quanto com o dilema interior do homem moderno, Reflexões de um espectador culpado é um livro que toca todos os espectadores culpados ainda vivos neste mundo afora. Ainda pode ser encontrado em sebos. 

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    Sabedoria do Deserto, A (Martins Fontes, 2004)

     

    A sabedoria do deserto era um dos livros favoritos de Thomas Merton, dentre os vários que ele escreveu – certamente porque pretendia passar os últimos dias de sua vida como eremita. O tom pessoal das traduções, a mistura de reverencia e humor, tão características dele, mostram a profundidade com que Merton identificava-se com os lendários autores desses ditos e parábolas, os padres cristãos do século IV que buscavam a solidão e a contemplação nos desertos do Oriente próximo.

    Os eremitas de Cétia que viraram as costas a uma sociedade corrupta notavelmente semelhante a nossa, tem muito em comum com os mestres zen da China e do Japão, e o padre Merton fez sua seleção visando o tipo de impacto produzido pelo modo Zen. “Na verdade, Thomas Merton não apenas fala dos padres do deserto; ele penetra em seu meio, como um deles”. (Padre Daniel Berrigan) 

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    Sementes de Contemplação (Tavares Martins – Porto, 1955)

     

    NOTA DO AUTOR
     
    Estais na presença de um gênero de livro que, num mosteiro, se escreve a si próprio, quase automaticamente. Talvez seja essa uma das razões por que tão poucos livros destes se tem escrito. As paixões e as violências materiais opõem-se, por seu excesso, a que os homens reflitam muito sobre a vida interior e seu significado. No entanto, uma vez que...



    Livro raro. Pode ser encontrado nas bibliotecas de Mosteiros e Institutos Religiosos.



    Sementes de destruição (Vozes, 1966)

     

    Em que a contemplação tem a ver com a destruição? Em si mesmo, é claro que são realidades opostas. Acontece, entretanto, que Merton escreve em um tempo de dissonâncias. Tempo em que, para lembrar P. Valery, as civilizações passaram a saber que são mortais. Em quadra semelhante, sob pena de se alhear da comunidade dos homens, O contemplativo – que é seu autor - não se pode restringir a cuidar apenas de seu modo de vida. A destruição presente e/ou iminente que lá fora reina corrói...

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    Signo de Jonas, O (Mérito, 1954) 

     

    "O signo de Jonas", para Merton, é a verdade que, impressa no coração dos homens, nos leva a procurar a ressurreição e a vida. O que amamos é o efêmero e falso simbolizado pela baleia bíblica, porém, Jonas o profeta, nossa alma, braceja abandonada no fundo. Sem dúvida, enquanto a baleia morreu, Jonas é imortal. Tal a grande lição humana que se desprende deste livro magistral.


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    Tempo e Liturgia (Vozes, 1968) 

     

    A figura do monge primitivo - principalmente a do eremita - é uma figura marcada pela penitência e rodeada de solidão, que era isolamento conscientemente buscado. O eremita fugia do bulício do mundo para, no deserto, travar uma luta que, conforme as crônicas dos santos, tantas vezes se transformava em luto corporal com o próprio demônio.

    Muito distinto é o monge moderno, homem da oração e do trabalho, sinal luminoso - segundo o Prof. Vergote – “de uma fé vivida na modalidade das bem-aventuranças”. Imagem dele é Thomas Merton, o conhecido trapista e autor de A Montanha dos Sete Patamares, o Signo de Jonas, O Pão do Deserto e tantos outros livros traduzidos em todas as línguas ocidentais. É ele mesmo que, através da Editora VOZES, presenteia os leitores brasileiros com mais um brilhante livro: Tempo e Liturgia, onde apresenta uma série de reflexões sobre celebrações do Cício Litúrgico. Enquanto o eremita do 4º e 5º séculos, um pouco pretensiosamente, se isolava, rompendo com a comunidade e enterrando-se em grutas e regiões inóspitas, Thomas Merton nos apresenta um livro, fruto – conforme ele mesmo confessa – de discussões e meditações com um grupo de pessoas ou uma comunidade.

    Todo o ano litúrgico vem marcado pelo mistério da morte e ressurreição de Cristo. Neste mistério encontra sentido a dedicação dos santos, a coragem dos mártires, o esplendor da vida de Maria, o esforço de conversão – metanóia – de todo o povo cristão. Tudo gira em torno do mistério pascal e dele retira sentido e conteúdo.

    “A Liturgia é algo para se fazer. Trata-se de conseguir uma qualificação pessoal para a celebração do culto, para introduzir os homens sempre mais em Deus, por Cristo, para incentivar a participação do Povo, para que ela se torne, de verdade, o que é: Ação de Deus e Ação do Povo”. O presente livro contribui para isso, pois ninguém mais capaz para tanto do que seu Autor. E voltando a apresentar Thomas Merton aos leitores brasileiros, a Editora VOZES deseja trazer ao cenário das nossas edições os grandes pensadores que marcam as verdadeiras reformas e orientam os homens nas novas decisões históricas.

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    Via de Chuang Tzu, A (Vozes, 1967 e 2003) 

     

    Trabalhando a partir de traduções já existentes, o autor compôs, neste livro, uma série de versões pessoais de alguns trechos clássicos de Chuang Tzu. Esta re-criação de um sábio antigo por um moderno místico e em nossa linguagem contemporânea traz para o homem médio ocidental uma visão extraordinária do pensamento oriental que é, essencialmente, intemporal. O texto do livro é precedido de uma apresentação do significado do taoísmo para o mundo de hoje, redigida pelo próprio Merton, o que torna o livro ainda mais interessante e original para o público brasileiro, tão necessitado de subsídios para uma reflexão em profundidade.

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    Vida e Santidade (Herder, 1965) 

     

    Com uma simplicidade de linguagem e uma singeleza intelectual que demonstram a pureza de sua visão, Thomas Merton traça aqui os princípios básicos da vida espiritual. Por serem princípios e por serem básicos, e principalmente, por serem norteados pela busca do espiritual, Vida e Santidade é um tratamento unificado do único caminho que conduz ao único Deus. Assim, é um livro que reconhece a não diferença essencial entre a santidade do leigo e a santidade do religioso, pois a vida ativa, participação do cristão na missão da Igreja na terra, e fundamental a todo cristão.

    Todo homem tem, na vida ativa, uma vocação à santidade, e todo homem achará, nestas páginas, um eco do seu primeiro chamado, e um convite a um renovado "sim", uma resposta constante ao Cristo. A ênfase é dada, em todo decorrer da obra, antes a graça e a interioridade do que ao poder da vontade e a energia; ao espírito vivo e invisível antes do que aos ideais subjetivos e irreais; à vida de Cristo na alma antes do que aos esforços racionais do indivíduo na busca da virtude perfeita. Acima de tudo, a primazia é dada a fé, ao amor a Deus e a todos os irmãos em Cristo.

    É, em resumo, o Novo Testamento, doutrina da vida cristã, traduzido para a linguagem do nosso tempo. 

    Livro raro. Pode ser encontrado nas bibliotecas dos Mosteiros, Institutos Religiosos e em sebos.

     

    Vida Silenciosa, A (Vozes, 1964 e 2002) 

     

    A vida silenciosa é um pequeno compêndio sobre a vida monástica, e, sem duvida, dos melhores, de quantos foram escritos sobre a matéria. Em nenhum outro livro Thomas Merton resumiu tão bem e com tanta simplicidade, sem deixar de ser profundo, o que o estado monástico tem de essencial e característico. O monge é aquele que vive a vocação da adoração de Deus, da procura de Deus pela vida interior. E para isso é necessário, e indispensável, um mínimo de silêncio material. Penso que o autor, ao escolher o titulo do livro, tenha tido em vista particularmente os obstáculos que o mundo atual opõe a realização da vida monástica, dificultando extremamente a vida interior.

    Como, entretanto, o homem foi feito por Deus para essa vida interior, é natural que a ausência dela provoque urna reação caracterizada por uma busca de autentica vida contemplativa. É essa reação que explica o renovado interesse pela vida monástica e contemplativa que se observa em nossos tempos e do qual Merton foi um dos expoentes mais conhecidos e de maior valor.
    D. Basílio Penido, O.S.B.

    Neste livro, após haver respondido a pergunta Que e um monge?, Thomas Merton nos da um relato fascinante dos principais ramos da família monástica. Descreve as duas categorias existentes de monges: os cenobitas, que seguem a vida comunitária, e os eremitas, que vivem vida solitária. Fala, igualmente, dos monges da Primitiva Observância Beneditina que fundaram dois pequenos mosteiros nos Estados Unidos, como já existem outros em alguns países. No Brasil, possuímos um destes, o Mosteiro de Santa Maria de Serra Clara, perto de Itajubá, no Estado de Minas. O conhecido escritor inglês Evelyn Waugh declarou que "a América do Norte esta descobrindo a vida monástica e seu sentido, graças a Thomas Merton", o presente livro permitira a numerosos leitores brasileiros tomar contato com essa vida silenciosa, penetrar-lhe o sentido profundo e receber sua mensagem de verdade, alegria e paz. Facilmente encontrado nas livrarias!

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    Vinho do Silêncio (UFMG, 1969) 

     

    (...) Há quem diga que poetas só devem ser traduzidos por poetas. E há quem diga que a poesia é intraduzível. Efetivamente, há uma parte da poesia que é, em geral, intraduzível: a sua música, a melodia que se desprende de suas palavras, melodia que varia de língua para língua, quando a sonoridade de uma palavra não encontra na língua para que é traduzida a mesma música. Mas a outra parte, a que é alma e essência da poesia, o seu pensamento, a sua realidade interior, essa pode ser transposta. E é aqui que vale a excelência de ser o tradutor de um poeta igualmente poeta, contanto que o poeta tradutor se submeta a regra máxima da tradução: o espírito de humildade, isto é, o respeito ao pensamento alheio, a reprodução fiel e autêntica da mensagem que deve transmitir.
    Alceu Amoroso Lima

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    Zen e as Aves de Rapina (Civilização Brasileira, 1972 | Cultrix, 1995) 

     

    Thomas Merton – que morreu em Bangkok, na Tailândia, em 1968 - é reconhecido internacionalmente como possuidor de uma dessas raras mentes ocidentais inteiramente familiarizadas com a experiência asiática, Nesta coleção de ensaios, ele escreveu sobre complexos conceitos asiáticos com uma franqueza bem ocidental. Um dos motivos dessa sua habilidade em fazê-lo não se deve apenas ao fato de ele ter estudado o Budismo, mas ao fato de tê-lo assimilado por empatia e participação ativa, sem abandonar sua condição de sacerdote e monge trapista.

    Como seu amigo D. T. Suzuki, Merton acreditava que deve haver um pouco de Zen em toda experiência criativa e espiritual autentica. O estudo do Zen não é o estudo de uma doutrina, e muito menos uma polêmica sobre princípios religiosos definitivos. Trata-se, simplesmente, de uma tentativa de alcançar o campo da experiência pura, direta, subjacente a todo pensamento e atividade criativos.

    Os ensaios de Merton abordam essa experiência através da arte e da filosofia japonesas (Kitaro Nishida), do Zen de Suzuki e dos próprios mestres clássicos do Zen. O diálogo entre Merton e Suzuki (“A sabedoria do vazio”) analisa as várias coincidências entre o misticismo cristão e o Zen. Ainda pode ser encontrado em sebos.

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