24 abril 2017

Ide... anunciai

“O movimento monástico precisa de líderes vindos da nova geração. Esses novos líderes tem de ter a paciência de submeter-se à formação e ao teste, sem o que a capacidade deles não pode ser provada. Ninguém confiará na liderança de pessoas que nunca tiveram que sofrer coisa alguma e nunca enfrentaram os problemas da vida em toda a sua amarga seriedade. Os jovens não devem estar demasiadamente dispostos a desistir por desespero. Tem eles uma obra a realizar! Felizmente existem forças criadoras em ação.”

Contemplação num mundo de ação
(Vozes, 1975) pág. 39

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Go and announce
“The monastic movement needs leaders who must come from the new generation. These must have the patience to undergo the testing and formation without which their ability cannot be proved. No one will entrust himself to the guidance of men who have never had to suffer anything and who have never really faced the problems of life in all their bitter seriousness. The young must not be too ready to give up in despair. They have work to do! Fortunately there are creative forces at work!”
Thomas Merton, Selected Essays, Patrick F. O’Connell (ed.).
Orbis Books, Maryknoll, Nova York (2013). 

Id y anunciad
“El movimiento monástico necesita a líderes que vengan de la nueva generación. Deben tener la paciencia de pasar por las dificultades y la formación sin las cuales no puede probarse su capacidad. Nadie se confiará a la orientación de personas que jamás tuvieron que sufrir nada y nunca afrontaron los problemas de la vida en toda su áspera seriedad. Los jóvenes no deben perder la esperanza y desistir con demasiada facilidad. ¡Tienen un cometido que cumplir! Afortunadamente, hay fuerzas creadoras en acción.”

17 abril 2017

Voltou-se e exclamou "Rabuni"

“Ressuscitando dentre os mortos, Jesus nada perdeu da sua humanidade. Ascendendo à glória, ao inacessível mistério da divindade, que é o seu trono, não cessou de nos amar com a mesma ternura humana, a mesma plenitude que S. João descreve com três simples palavras: ‘até o fim’.”

O pão vivo 
(Vozes, 1963), pág. 37
  
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Heturned and exclaimed "Rabuni"!
In rising from death, Jesus lost nothing of His humanity. Ascending in glory into the inaccessible mystery of the Godhead, His throne, He did not cease to love us with the same human tenderness and completeness that St. John describes in three simple words: “unto the end.

Se dio vuelta y exclamó: "¡Rabuni!"
“Al resucitar de entre los muertos, Jesús no perdió nada de su humanidad. As ascender gloriosamente hasta el inaccesible misterio de su divinidad, su trono, no cesó de amarnos con la misma humana ternura y perfección que San Juan describe con en tres sencillas palabras: “hasta el fin.”

10 abril 2017

Como posso conhecer a vontade de Deus?

Mesmo onde não há uma exigência mais explícita em relação à minha obediência, como seria no caso de uma ordem ou de um mandamento legítimos, a própria natureza de cada situação geralmente traz consigo alguma indicação da vontade de Deus. Pois tudo que é exigido pela verdade, pela justiça, pela misericórdia, ou pelo amor, deverá certamente ser tido como vontade de Deus.
 
(Fissus, 2001) pág. 27

03 abril 2017

Até quando hei de aturar-vos?

21 de maio de 1940
Nova York
“Dizem que enquanto os alemães estavam profanando uma igreja, em certa localidade da Polônia, um sargento alemão, enfunado pelo espetáculo excitante, plantou-se diante do altar e berrou: se acaso Deus existe, prove Sua existência liquidando, ali mesmo, um sujeito tão arrogante, importante e tremendo como era ele. Deus não o liquidou. O sujeito saiu dali muito agitado e sentindo-se provavelmente o homem mais infeliz do mundo: Deus não tinha agido como um Nazista. Deus não era de fato Nazista e a Justiça de Deus (que todo o mundo conhece obscuramente, no fundo da alma, por mais que não consiga exprimi-la) é substancialmente diversa da brutal e sanguissedenta vingança dos Nazistas.

Deus de acordo com a Sua impenetrável Vontade, liquida, de vez em quando, um louco dessa espécie. Mas quem foi morto na cruxifixão de Cristo? A Paixão e a Ressureição de Cristo são maiores do que todo milagre que possamos imaginar. A transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Cristo é muito mais milagrosa do que a execução, por Deus, daquele que comete um sacrilégio contra o Santíssimo Sacramento. É qualquer coisa de muito maior, de mais aterrorizador que Cristo, no Sacramento, se deixe submeter a um sacrilégio.

Ninguém foi fulminado no Calvário. Os céus se abriram, rasgou-se o véu do templo e a terra estremeceu. Tudo, porém para os homens de pouca fé. E quem de nós não pertence a este número? Quem foi, entretanto, o fulminado? Os Fariseus? Foi um raio que fulminou Judas ou foi ele que se enforcou a si mesmo?
O fato mais terrível que ocorreu no Calvário não foi a terra ter estremecido até seus fundamentos, e sim aquele grito do Filho de Deus: ‘Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?’”

(Vozes, 1961), pág. 97-98