18 dezembro 2006

A longa espera

“ O quanto esperamos, com mente quieta como o tempo,
Como sentinelas na torre.
O quanto vigiamos, à noite, como astrônomos.

Céu, quando te ouviremos cantar,
Acima das colinas relvadas,
E dizer: “Fim das trevas, e o Dia
Exulta qual Esposo que sai do tálamo, belo sol,
Sua tenda, o sol; Sua tenda, o sorridente céu!”

O quanto esperamos, com a mente escura como um lago,
Estrelas deslizando para casa na água do nosso ocaso!
Céu, quando te ouviremos cantar?”


How long we wait, with minds as quiet as time,
Like sentries on a tower.
How long we watch, by night, like the astronomers.

Heaven, when will we hear you sing,
Arising from our grassy hills,
And say: “The dark is done, and Day
Laughs like a Bridegroom in His tent, the lovely sun,
His tent the sun, His tent the smiling sky!”?

How long we wait with minds as dim as ponds

While stars swim slowly homeward in the water of our west!
Heaven, when will we hear you sing?

Collected Poems, Thomas Merton.
(New Directions Press, New York) 1977, p. 89-90

Reflexão da semana de 18-12-2006

O pensamento da semana: “A vigilância é uma expressão particular da pureza de coração monástica — a virgindade do espírito ‘própria’ à vida de contemplação. Deixamos tudo para vigiar à noite ‘sobre os muros de Jerusalém’. Esperamos a Parusia com as lâmpadas prontas, como virgens prudentes.”

Tempo e liturgia, Thomas Merton

2 comentários:

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Merton, como smepre, nos surpreende com a beleza e a poesia que são próprias dos verdadeiros corações contemplativos.