“Poderei expulsar o
mal de minha alma lutando contra a minha treva? Não foi isso que
Deus planejou para mim. Basta desviar-me de minha escuridão,
voltando-me para sua luz. Não tenho de fugir de mim mesmo; basta que
me encontre a mim mesmo, não como me fiz, por minha própria
estupidez, mas como Ele me fez em sua sabedoria e, em sua infinita
misericórdia, me refez. Pois é vontade sua que meu corpo e minha
alma sejam o templo de seu Espírito Santo, que minha vida seja o
reflexo irradiante de seu amor e que todo o meu ser repouse em sua
paz. Então, conhecê-lo-ei em verdade, desde que esteja eu Nele e
que Ele esteja, realmente, em mim.”
Thoughts in Solitude, de Thomas Merton
(Farrar, Straus and Giroux Publishers, New York), 1958.
No Brasil: Na liberdade da solidão, (Editora Vozes, Petrópolis), 2001. p. 92 (Farrar, Straus and Giroux Publishers, New York), 1958.
Um comentário:
Somos cidadãos da Transcendências, Viajantes da Jornada Interior, Construtores do Homem Crístico, Engenheiros da Cristificação do Mundo;
O Mistério nos torna corajosos para enfrentarmos nossas Sombras interiores e Penumbras;
Ele fortalece nossos pés, para pisarmos sobre espinhos, como se andássemos, sobre um chão de flores;
Ele nos revigora, dando-nos novo alento, quando andamos por trilhos árduos e pedregosos;
Ele firma nossos passos, quando precisamos caminhar por encostas escarpadas e íngrimes;
Ele nos segura, firmemente, quando chegamos perto demais dos abismos;
Ele nos orienta, quando precisamos buscar atalhos e desvios providenciais;
Ele nos redimensiona, quando precisamos entrar no Território da Adoração;
Ele nos guia, durante as noites de Desesperança, até nos conduzir aos Territórios da Esperança;
Ele nos encoraja, quando estamos cansado, levando-nos, em Seus Braços Misericordiosos, aos Territórios da Perseverança;
Ele nos ensina e exorta, quando nosso Olhar interior está obscurecido, colocando Luz sobre nossos passos, em direção ao Território da Tolerância;
Ele nos sustenta, durante a longa Jornada interior, pelos Territórios da Alma, recompensando-nos com a liberdade espiritual, que nos torna renovados, ressuscitados, transmutados, transfigurados, e finalmente, cristificados, transformando-nos assim, em Reflexos transcendentes da própria Misericórdia...
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