“Se não temos gosto algum pelas coisas de Deus, podemos ao menos desejar esse gosto, e, se o pedirmos, ser-nos-á dado. Mas é preciso, ao mesmo tempo, que nos recusemos o gosto por tudo aquilo que mata o desejo de Deus.
Isso nos leva a outro elemento que determina a medida do amor por Deus: a renúncia a si mesmo. A caridade é recebida em proporção da recusa de qualquer outro amor. Quem mais possui no reino do espírito é quem menos ama na ordem da carne. Digo “quem menos ama”, e não quem menos come, ou menos bebe, ou menos dorme; um bom marido pode ter mais amor por Deus, do que um monge medíocre. Mas a prova, em cada caso, é o despojamento da vontade e o desejo de renunciar completamente a sim mesmo para obedecer a Deus. Em resumo, pois, a medida da nossa caridade é conforme o nosso desejo; este, por seu turno, é medido pelos próprios desejos de Deus, e é quando abjuramos aos nossos, que Deus realiza em nós os Seus.”
Isso nos leva a outro elemento que determina a medida do amor por Deus: a renúncia a si mesmo. A caridade é recebida em proporção da recusa de qualquer outro amor. Quem mais possui no reino do espírito é quem menos ama na ordem da carne. Digo “quem menos ama”, e não quem menos come, ou menos bebe, ou menos dorme; um bom marido pode ter mais amor por Deus, do que um monge medíocre. Mas a prova, em cada caso, é o despojamento da vontade e o desejo de renunciar completamente a sim mesmo para obedecer a Deus. Em resumo, pois, a medida da nossa caridade é conforme o nosso desejo; este, por seu turno, é medido pelos próprios desejos de Deus, e é quando abjuramos aos nossos, que Deus realiza em nós os Seus.”
Homem Algum é uma Ilha, Thomas Merton (Verus Editora, Campinas), 2003. p. 158 e 159.
Nenhum comentário:
Postar um comentário