"E
é esse o mistério da nossa vocação: que não deixemos de ser homens para nos
tornarmos anjos ou deuses, mas que o amor de meu coração de homem se possa
tornar o amor de Deus por Deus e pelos homens, e minhas lágrimas humanas possam
cair de meus olhos como lágrimas do próprio Deus, porque brotam pela moção de
seu espírito no coração de seu filho encarnado. Assim o dom de piedade cresce
na solidão, alimentado pelos salmos.
Quando
se aprende isso, nosso amor pelos outros se torna puro e forte. Podemos ir ao
seu encontro sem vaidade nem espírito de autocomplacência, amando-os com algo
da pureza, da mansidão e do escondimento do amor de Deus por nós.
Esse
é o verdadeiro fruto e o verdadeiro escopo da solidão cristã."
Na liberdade da
solidão,
Thomas Merton (Editora Vozes), 7ª Ed. 2014, pág. 95
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