13 janeiro 2014

Fidelidade ao estado de vida

"A disciplina do contemplativo que vive no mundo é, em primeiro lugar, a disciplina de fidelidade aos deveres de seu estado – às obrigações de chefe de família, de membro de uma profissão, de cidadão. Essa disciplina e esses deveres podem exigir sacrifícios bastante grandes. Em certos casos, algumas dificuldades das pessoas que estão no mundo certamente exigem delas sacrifícios bem maiores do que os que encontrariam em um claustro. Em todo caso, a vida contemplativa delas será aprofundada e elevada pela profundidade de seu entendimento e de seus deveres. Também aqui, o mero conformismo e cumprimento exterior não são o bastante. Não é suficiente ‘ser bom católico’. Deve-se penetrar o sentido interior da própria vida em Cristo e perceber o pleno significado das exigências desta. Não se devem cumprir as próprias obrigações como uma questão de mero formalismo. Esse cumprimento deve advir de uma decisão real e pessoal de oferecer a Deus o bem que se faz, em Cristo e por Cristo."

The Inner Experience, de Thomas Merton
Editado por William H. Shannon
(HarperSanFrancisco, San Francisco) 2003
No Brasil: A experiência interior, (Martins Fontes Editora, São Paulo), 2007. p. 201


Nenhum comentário: