"A verdadeira unidade da vida solitária é aquela em que não há divisão possível. O verdadeiro solitário não busca a si mesmo, mas perde a si mesmo. Ele esquece que há multidão a fim de se tornar todos. Portanto ele é Não-Ouvinte (individual).
Ele
está afinado com todo o Ouvir do mundo, pois vive em silêncio. Ele não escuta o
fundo do ser, mas se identifica com aquele fundo no qual todos os seres se
ouvem e conhecem a si mesmos. Portanto, não tem mais pensamentos para si mesmo.
O que é esse fundo, essa unidade? É o Amor. O paradoxo da solidão é que sua
verdadeira base é o amor universal – a verdadeira solidão é a unidade indivisa
do amor para a qual não há número."
Amor e vida, Thomas Merton (Editora Martins
Fontes), 1ª Ed. 2004, pág. 17 e 18
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