"O mundo está encolhendo (...). Dizem que se continuarmos crescendo na proporção atual, em seiscentos e cinquenta anos haverá somente trinta centímetros quadrados para cada pessoa (...). mas estará isso certo? Será cada pessoa uma solidão isolada, só sua? Não. Há Uma Solidão na qual todas as pessoas estão ao mesmo tempo juntas e sozinhas. Mas o preço de um conceito matemático, quantitativo do homem é que, ao se reduzir cada indivíduo ao seu número próprio, ele é reduzido a nada (...).
O
perigo desse conceito técnico, numérico, maciço, é que, então, ele destrói o
amor pondo o indivíduo no lugar da pessoa. E o que é a pessoa? Precisamente,
ela é uma na unidade que é amor. Ela é indivisa em si mesma porque está aberta
a todas. Ela está aberta a todas porque o amor que é a fonte de todas, a forma
de todas e o fim de todas é um nela e em todas. Está verdadeiramente só quem
está escancarado para o céu e para a terra e não está fechado para ninguém."
Amor e vida, Thomas Merton (Editora Martins
Fontes), 1ª Ed. 2004, pág. 18
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