"(...)quando ele fala de sua busca de Deus, sua luta contra seu egoísmo, sua vontade de pertencer totalmente a Cristo, sua frustração diante das injustiças e desigualdades de nossa sociedade, sua convicção de que há sementes lindas e fecundas de espiritualidade em todas grandes tradições religiosas do mundo, ouvimos a nossa própria voz. Ele é exatamente um porta-voz de nossos anseios, preocupações e desejos mais profundos. Por isso, lemos e relemos seus textos e sentimo-nos acompanhados por ele."
Dom Bernardo Bonowitz, OCSO
por ocasião do 47º aniversário da Páscoas de Thomas Merton
 LIVROS PUBLICADOS NO BRASIL
clique no título de um livro para ir diretamente a sua sinopse ou role o texto para vê-los em sequência
          clique no título de um livro para ir diretamente a sua sinopse ou role o texto para vê-los em sequência
Águas de Siloé (Itatiaia, 1957)
"(...)Estas são as águas que o mundo não conhece, porque prefere a  água da amargura e da contradição. Estas são as águas de paz, de que  Cristo disse: 'Aquele que beber da água que Eu lhe darei, nunca mais há  de ter sede. Mas a água que lhe darei tornar-se-á nele uma fonte d'água  jorrando para a vida eterna'. Estas são as Águas de Siloé, que fluem em  silêncio." Neste livro, Thomas Merton nos traça um quadro completo e  compreensivo do dia-a-dia de um monge trapista.(...) Descreve a regra da  Grade Trapa, no século XVII, sob a direção De Rancé (...) é uma  fascinante descrição de um modo de vida de tão relevante importância na  Era Atômica, como a que tinha na Idade Média." Ainda encontrado em sebos.
Para comprar pela Estante Virtual,  clique aqui!
  Os ensaios e meditações reunidos neste volume giram em torno do  tema da necessidade de amor para viver. A primeira parte do livro  explora o problema da solidão no conturbado mundo moderno. “Sete  palavras”, a parte do meio, define e discute os conceitos de morte,  teologia, pureza, divindade, ética, o mundo e a guerra. A última parte,  sobre o humanismo cristão, concentra-se no pensamento de Tailhard de  Chardin e a importância de compreender a humanidade como a “explicação  para tudo o que podemos conhecer”. Amor e vida oferece uma profunda  percepção do pensamento dos últimos anos de Thomas Merton, e é um livro  para todos os que se interessem pela vida do espírito.  “Merton foi um 'enfant prodige' das letras americanas, pois sua obra se  estende por uma faixa fenomenal de experiência antiga e contemporânea,  sagrada e secular [...]  um excelente estilista em prosa”.
Os ensaios e meditações reunidos neste volume giram em torno do  tema da necessidade de amor para viver. A primeira parte do livro  explora o problema da solidão no conturbado mundo moderno. “Sete  palavras”, a parte do meio, define e discute os conceitos de morte,  teologia, pureza, divindade, ética, o mundo e a guerra. A última parte,  sobre o humanismo cristão, concentra-se no pensamento de Tailhard de  Chardin e a importância de compreender a humanidade como a “explicação  para tudo o que podemos conhecer”. Amor e vida oferece uma profunda  percepção do pensamento dos últimos anos de Thomas Merton, e é um livro  para todos os que se interessem pela vida do espírito.  “Merton foi um 'enfant prodige' das letras americanas, pois sua obra se  estende por uma faixa fenomenal de experiência antiga e contemporânea,  sagrada e secular [...]  um excelente estilista em prosa”.
Adquira este livro pelo site da Editora clicando aqui!
Amor e Vida (Martins Fontes, 2004)
  
 Os ensaios e meditações reunidos neste volume giram em torno do  tema da necessidade de amor para viver. A primeira parte do livro  explora o problema da solidão no conturbado mundo moderno. “Sete  palavras”, a parte do meio, define e discute os conceitos de morte,  teologia, pureza, divindade, ética, o mundo e a guerra. A última parte,  sobre o humanismo cristão, concentra-se no pensamento de Tailhard de  Chardin e a importância de compreender a humanidade como a “explicação  para tudo o que podemos conhecer”. Amor e vida oferece uma profunda  percepção do pensamento dos últimos anos de Thomas Merton, e é um livro  para todos os que se interessem pela vida do espírito.  “Merton foi um 'enfant prodige' das letras americanas, pois sua obra se  estende por uma faixa fenomenal de experiência antiga e contemporânea,  sagrada e secular [...]  um excelente estilista em prosa”.
Os ensaios e meditações reunidos neste volume giram em torno do  tema da necessidade de amor para viver. A primeira parte do livro  explora o problema da solidão no conturbado mundo moderno. “Sete  palavras”, a parte do meio, define e discute os conceitos de morte,  teologia, pureza, divindade, ética, o mundo e a guerra. A última parte,  sobre o humanismo cristão, concentra-se no pensamento de Tailhard de  Chardin e a importância de compreender a humanidade como a “explicação  para tudo o que podemos conhecer”. Amor e vida oferece uma profunda  percepção do pensamento dos últimos anos de Thomas Merton, e é um livro  para todos os que se interessem pela vida do espírito.  “Merton foi um 'enfant prodige' das letras americanas, pois sua obra se  estende por uma faixa fenomenal de experiência antiga e contemporânea,  sagrada e secular [...]  um excelente estilista em prosa”.Adquira este livro pelo site da Editora clicando aqui!
Ascensão para a verdade (Itatiaia, 1958 e 1999)
Ascensão para a Verdade foi escrito por ocasião do aniversário  de nove anos de Thomas Merton na Ordem Cisterciense,  e é considerada a  obra mais importante da sua pena até hoje. Tanto pelo pensamento como  pela expressão, ele representa o seu maior passo a frente na produção  literária e é também o esforço mais sério que o Autor já empreendeu. "A verdade de que o homem precisa é... Deus mesmo", diz-nos ele no  começo deste livro. A Ascensão para a Verdade é, portanto, uma caminhada  para o mais alto cume no conhecimento da verdade suprema. "Toda  filosofia, diz o autor, aspira a entrar na nuvem que rodeia o cume da  montanha, onde o homem pode esperar o encontro com o Deus vivo".
Mostrando que o caminho para a verdade passa pela contemplação, Merton apresenta uma brilhante exposição das doutrinas de João da Cruz,  o teólogo Carmelita do século XVI.
A vida contemplativa é simbolizada pela "noite escura da alma", que  Moisés experimentou no monte Sinai em suas 3 visões de Deus como fogo,  nuvem e escuridão. "o paradoxo da contemplação, diz Merton, é que Deus  só é conhecido quando é também amado... E por não ter o amor, que o  homem moderno é incapaz de ver a única Verdade que importa".
Os leitores encontrarão nas páginas da Ascensão para a Verdade, uma  fonte de inspiração e de alimento espiritual. Eles concluirão que,  fazendo a viagem para a verdade, não poderiam ter melhor guia e  companheiro, assim simpático e plenamente consciente dos problemas  espirituais do homem moderno, do que Thomas Merton.
Ainda pode ser encontrado em sebos. Para comprar pela Estante Virtual, clique aqui!
Bernardo de Claraval (Vozes, 1958)
São Bernardo de Claraval, ou de Fontaine, foi Abade Cisterciense  de Clairvaux/França. Santo e Doutor da Igreja. Nascido em 1090 em  Fontaine-lès-Dijon, e falecido em 20 de Agosto de 1153, em sua Abadia.  Thomas Merton nesta obra enaltece o espírito contemplativo deste último  Padre da Igreja. Seu programa de vida espiritual pode ser caracterizado  como um itinerário que vai do pecado à glória, do conhecimento de si ao  retorno a Deus: um "retorno a Deus" que se realiza a partir da  humildade, ou antes do reconhecimento da própria miséria e pobreza.
Livro raríssimo. Pode ser encontrado nas bibliotecas de Mosteiros e Institutos Religiosos.
Contemplação num mundo de ação (Vozes, 1975)
Eis um livro essencialmente jovem, no estilo, na maneira de dizer  as coisas, na força e no entusiasmo e na lucidez com que Merton fala da  atualidade da vida monástica e eremítica, (...) do relacionamento do  contemplativo com o mundo de ação, sobre o sentido da solidão cristã,  sobre a perenidade da vida contemplativa, sobre o monge hoje e no  futuro. O seu otimismo não esconde o seu realismo, nem o impede de ser,  às vezes, cruel. Ele é sempre atual, jovem e profundo. Essencialmente  profeta! Para comprar pela Estante Virtual, clique aqui!
  Diálogos com o Silêncio: Orações e Desenhos (Fisus, 2003)
Extraordinário é observar que uma das mais significativas vozes  proféticas do século XX, voz que se faz ouvir até hoje em favor da paz,  da unidade entre cristãos, da necessidade da oração, pertenceu a um  monge trapista mergulhado durante 27 anos no silencio - Thomas Merton.
Após uma juventude tumultuada, é através da poesia de William Blake que  Merton encontra Deus. E é também através da poesia que atinge o caminho  certo para nossos corações ao pedir paz para um mundo conturbado. 
Nada mais atual. Ao mesmo tempo Merton não nos liberta da  responsabilidade sobre esse mundo, mostrando-nos que fazemos parte deste  círculo mortal, como lemos em sua obra. Profético, antecipa até  futuros ataques da guerra moderna, sem nos absolver de culpa. "Não  pense que você é melhor porque queima amigos e inimigos com mísseis de  longa distancia que não lhe deixam ver o que você fez." Eis Merton em  toda sua franqueza e honestidade.
Realista, falando a linguagem de hoje, embora falecido em 1968, recluso  em Gethsemani, Kentucky, mas participando dos problemas universais, vê  em si mesmo, assim como o ser humano sempre com olhos de misericórdia,  compreensão, perdão. "Senhora" - diz em um dos seus poema - "tenho  escrito demais e não sou tão bom em palavras como um autor deveria  ser." Menciona também seus cansaços, suas contradições internas, sua  confusão, seus temores, seu ativismo. Chama-se ate de pretensioso e  embusteiro. Como não nos identificarmos com ele em nossa fragilidade? Sua humilde franqueza se tinge por vezes de humor, até de fina ironia ao  falar dos "monges dos queijos" ou quando tenta nos pedir para "ficar  nos próprios pés, mas com a cara no chão" ou ainda apela ao poeta amigo  Lax para rezar pelas "freiras, comerciantes e Hitler". Seu delicado amor a natureza, árvores, lírios, abutres, nuvens, raios de  sol, riachos, vinhedos, colinas, todos momentos sacramentais,  encontros com o Deus vivo, provam sua profunda alegria de viver ao  contemplar a beleza do mundo.
Essas curtas orações aqui publicadas, ilustradas com seus desenhos  inéditos, são apropriadas para no dia-a-dia alimentar nossas preces,  conduzindo-nos pouco a pouco a contemplação, ao encontro de Deus que,  inesperadamente, se revela. Ontem, como hoje, na atualidade deste belo livro podemos dizer com o  autor: "A hora é de tremenda expectativa." Pode ser encontrado nas livrarias. 
Para comprar pela Estante Virtual, clique aqui!
Diário da Ásia, O (Vega, 1978)
“Durante vinte e sete anos, do seu Mosteiro de Gethsemani,  Kentucky/USA, THOMAS MERTON, o jovem contestador da década 1932-1942,  passara a exercer funções de verdadeiro mestre espiritual, que, em posa e  verso, exploraria, experimentaria e interpretaria à luz da própria  religião as afinidades e diferenças entre as diversas visualizações da  VERDADE ÚNICA.”
Este livro que se veio juntar a dezenas de outros, muitos já editados em  português, resultou das notas escritas e das palestras feitas durante  sua primeira e ultima viagem ao Oriente, de outubro a dezembro de 1968. É  basicamente o relato das suas impressões da Ásia: das pessoas com que  encontrou (entre as quais o famoso Dalai Lama), das cidades e paisagens  que viu, da arte, da música, da filosofia e dos costumes que pode  observar de perto.
Sua viagem o levou à Tailândia, através da Índia e ao antigo Ceilão. De  volta a Bancoc, entre as atividades diversas, coube-lhe, exatamente a 8  de dezembro de 1968, poucas horas antes da sua trágica e prematura morte  – aos 53 anos, causado por eletrocussão – pronunciar a conferência  Marxismo e Perspectivas Monásticas que iria inscrever entre as suas mais  significativas páginas.
O Diário da Ásia, na tradução de Elza Bebianno , de Murillo Nunes de  Azevedo e do Mosteiro da Virgem (Petrópolis) é precedido de excelente e  revelador Prefácio de Alceu Amoroso de Lima (Tristão de Athayde) e de  breve mas rica Apresentação do Dr.  Amiya Chakravarty, amigo íntimo de  Merton e especialista em mística oriental, o que lhe dá oportunidade de  esclarecer alguns aspectos dos temas de que o monge-escritor há muito já  se vinha ocupando. Destaquem-se ainda Notas dos Editores, Introdução e  Pós-Escrito do Irmão Patrick Hart, Apêndices, informes oficiais sobre as  circunstâncias do desaparecimento do autor e um Glossário que facilita  ao extremo a compreensão de muitos tópicos do livro. Ainda pode ser encontrado em sebos. 
Para comprar pela Estante Virtual, clique aqui!
Diário secular de Thomas Merton (Vozes, 1961)
"Teria sido possível imaginar que um dia eu viria ser monge neste  mosteiro?" O jovem que tal escrevera em seu diário, aos 12 de abril de 1940, era  recém formado pela Universidade de Columbia e neo-convertido ao  catolicismo. Fazia seu retiro de Páscoa numa abadia de Kentucky, cujo  endereço fora dado por um professor de filosofia de Columbia. Ao  escrever a frase, não podia saber que voltaria ao Mosteiro para ali  permanecer. Nem que sete anos após (1948) publicaria um livro com o  título: A Montanha dos Sete Patamares.
O Diário Secular, em cujas páginas Thomas Merton registrava seus  pensamentos particulares dos 24 aos 26 anos de idade, após vinte anos,  recentemente foi liberado pelos respectivos superiores religiosos.
Começa num quarto mobiliado em Perry street, de Greenwich Village; vai a  Cuba na primavera de 1940, volta a Nova Yorque, ao St. Bonaventure  College, e a Harlem, para alcançar o clímax na Abadia de Gethsemani,  durante a Semana Santa de 1941. A última parte refere o encontro de Merton com a fundadora da Friendship  House, à qual presenteou o diário, enquanto a história alcança seu fim  nas palavras da última passagem: “Eu falarei com um dos Frades”.
No trecho a seguir, Merton, com 25 anos de idade, está em Camaguey,  México, assistindo a uma espécie de teatro, recheado de muitos números  circenses e danças “inesquecíveis”, por serem, na sua opinião, tão ruim e  tão horrível de se ver. Percebemos a sua perspicácia e humor ao  descrever o evento: 
"...Por mais que viva, jamais esquecerei, tão ruim que era... Uma das meninas tinha a cara redonda, a outra era realmente gorda, a terceira era magrinha e tinha pernas finas, uma espécie de cara de gato, atraente e bonita. Ela bem sabia que era mais graciosa que as outras. Sem que tivesse havido muitos aplausos, repetiram o numero do principio ao fim, como se já fosse de rotina, como se tivessem de faze-lo duas vezes. Era tão bonito e tão horroroso: para este lado, para aquele lado, volta pra cá, volta pra lá, tan tan tan; no fim davam uma volta e levantavam as saias como leves capinhas, nas pontas dos pés. Ding, ding. O fim.
Fugiram apressadamente do palco. Nunca vi coisa tal horrível, ou tão inesquecível, ou tão fascinante. Não é que dançassem mal. Dançavam ate muito bem; mas uma dança tão ruim que dava vontade de chorar, tão ruim e sem sentido! Que mexicanos! Foi ainda pior, quando a gorducha dentro de novo correndo, vestida com um casaco preto peludo, curto e apertado, de vaqueiro mexicano, tão preto e tão apertado e tão peludo que a fazia assemelhar-se a um enorme rato. Realmente, seus movimentos eram todos de um enorme rato gigantesco e era isso que estava estampado no sorriso que lhe abria a face: “agora você vão ver que eu sou o rato gigante! Esse número era realmente mais horrível do que o outro, sem ao menos uma boa dança para compensar a ruindade de toda a concepção. Fiquei duro com essa dança. Quando acabou, poderia ter chorado! "
Ainda pode ser encontrado em sebos. Para comprar pela Estante Virtual, clique aqui!
Direção espiritual e meditação (Vozes, 1965)
Thomas Merton, espírito arguto e refinado, refinado na escola do  mundo, que para isto é a melhor, dispôs-se a nos propiciar uma  explanação modernizada daquilo que, de tratados antigos, chega até nós  carregando estilo e conceituação de sua época, sobre a direção  espiritual e a meditação.
Coisas antigas em formas novas, eis a contribuição de Merton, acrescendo que tudo é reformulado, pelas conquistas de psicologia moderna, pela qual muita coisa obscura se tornou clara e outras foram reduzidas às verdadeiras proporções.
Coisas antigas em formas novas, eis a contribuição de Merton, acrescendo que tudo é reformulado, pelas conquistas de psicologia moderna, pela qual muita coisa obscura se tornou clara e outras foram reduzidas às verdadeiras proporções.
Belo e acertado seu conceito quanto ao diretor espiritual: “um amigo em  quem se confia, que, numa atmosfera de compreensão e simpatia, nos ajuda  e fortalece em nossos esforços, nosso tatear, para corresponder à graça  do Espírito Santo, que é o único verdadeiro Guia no sentido pleno da  palavra”. Mas conhece e aponta os maus, que os há também.
Merton, neste tratado de meditação, ensina aos iniciantes, melhormente  que certos tratados antigos, em virtude de abordar, ânimo aberto e  destemido, dificuldades existentes nesse difícil capítulo da  espiritualidade cristã, e as aberrações que podem surgir.
Cobre os assuntos otimamente e pode ser vivamente recomendado. Livro raríssimo. Pode ser encontrado nas bibliotecas de Mosteiros e Institutos Religiosos.
Espiritualidade, Contemplação e Paz (Itatiaia, 1962)
Thomas Merton divide a obra em três etapas: o primeiro deles,  "Princípios Básicos da Espiritualidade Monástica" tem por finalidade,  como diz o autor, "examinar brevemente os grandes princípios teológicos  sem os quais observância monástica e vida monástica não teriam sentido."  Escritas tendo em vista os monges e, particularmente, os noviços e  postulantes cistercienses, estas páginas, em última análise, poderão  interessar a todo religioso e mesmo a todo cristão. "O Caminho Obscuro" (Notas Sobre a Contemplação) é o segundo dos  estudos, versão revista e ampliada do opúsculo "O que é a  Contemplação?", publicado em 1948, encarando com a maior reserva a tese  de que todo cristão pode, e deve, ser contemplativo. Thomas Merton  mostra na obra que "a contemplação não é uma fuga, e, mais exatamente  falando, nem mesmo um "caminho" que se possa escolher", e que a vida  contemplativa "é difícil e, de muitas maneiras, frustratória", "Nunca se falou tanto em paz e jamais houve tão pouca paz no mundo": com  essas palavras, inicia-se o terceiro destes ensaios, "A Paz Monástica".  Entretanto, diz Merton, há paz no mundo; e mostra que, para  encontrá-la, não é preciso ir a um mosteiro, porque esta paz se acha nos  corações de homens e de mulheres "sensatos porque humildes, bastante  humildes para ficarem em paz no meio da ansiedade".
Enfeixando num volume estes três ensaios, traduzidos pelas monjas  beneditinas da Abadia de Nossa Senhora das Graças, quis a Editora  Itatiaia, mais uma vez, trazer aos leitores brasileiros os ensinamentos  de Thomas Merton, cuja autoridade em relação aos temas tratados lhe tem  conquistado entre nós cada vez mais numerosos leitores. Ainda pode ser encontrado em sebos. 
Para comprar pela Estante Virtual, clique aqui!
Experiência Interior, A (Martins Fontes, 2007)
Fielmente compilado por Willian Shannon, o ultimo livro de Merton  nos apresenta tanto o sentido quanto a prática diária da contemplação,  que é o coração da vida monástica e, na verdade, de toda experiência  religiosa. Merton não se sentia a vontade para publicar o texto e ainda o  estava revisando quando de sua morte repentina. Mas agora a Fundação do  Legado Merton e outros estudiosos decidiram que A experiência interior é  uma valiosa contribuição aos trabalhos de Merton e, por isso,  permitiram sua publicação.
Aqui, Merton faz a ligação entre suas primeiras obras e seus últimos  escritos, tendo como fontes a grande tradição cristã que ele conhece tão  bem e também as tradições orientais – especialmente do Budismo – pelas  quais se apaixonou na ultima década de sua vida. Facilmente encontrado nas livrarias! 
Para comprar um exemplar pelo site  da Editora, clique aqui!
Gandhi e a não violência (Vozes, 1967)
 Para esta publicação muito oportuna, Thomas Merton selecionou  declarações básicas quanto aos princípios e a interpretação do que  constitui a filosofia de Gandhi sabre a não-violência (Ahimsa) e a ação  não-violenta (Satyagraha). Esses ensinamentos do líder e "santo" da  independência indiana são mais do que nunca importantes para o nosso  mundo atual, por causa da relação com dois sérios problemas de nossos  tempos: o racismo e as armas nucleares. O exemplo de Gandhi tem  inspirado alguns líderes que se esforçam pela paz para a comunidade  humana. Para muitos e em diversas partes do mundo, Mohandas Gandhi  ocupa incontestavelmente um lugar excepcional entre as maiores figuras  do século XX. Em sua longa introdução a este livro - e cremos ser ela um  de seus mais notáveis ensaios - Merton demonstra como Gandhi uniu o  pensamento do Oriente e do Ocidente em sua busca da verdade universal e  como, para Gandhi, a não-violência brota da conscientização da unidade  espiritual no indivíduo. O grande monge cisterciense encontra uma relação entre a Ahimsa de  Gandhi, o tradicional Dharma indiano, o conceito grego e o nosso sobre  a liberdade, e o pensamento de Santo Tomás de Aquino e de teólogos  católicos mais recentes no que concerne a consciência, o bem e o mal e a  paz.
Para esta publicação muito oportuna, Thomas Merton selecionou  declarações básicas quanto aos princípios e a interpretação do que  constitui a filosofia de Gandhi sabre a não-violência (Ahimsa) e a ação  não-violenta (Satyagraha). Esses ensinamentos do líder e "santo" da  independência indiana são mais do que nunca importantes para o nosso  mundo atual, por causa da relação com dois sérios problemas de nossos  tempos: o racismo e as armas nucleares. O exemplo de Gandhi tem  inspirado alguns líderes que se esforçam pela paz para a comunidade  humana. Para muitos e em diversas partes do mundo, Mohandas Gandhi  ocupa incontestavelmente um lugar excepcional entre as maiores figuras  do século XX. Em sua longa introdução a este livro - e cremos ser ela um  de seus mais notáveis ensaios - Merton demonstra como Gandhi uniu o  pensamento do Oriente e do Ocidente em sua busca da verdade universal e  como, para Gandhi, a não-violência brota da conscientização da unidade  espiritual no indivíduo. O grande monge cisterciense encontra uma relação entre a Ahimsa de  Gandhi, o tradicional Dharma indiano, o conceito grego e o nosso sobre  a liberdade, e o pensamento de Santo Tomás de Aquino e de teólogos  católicos mais recentes no que concerne a consciência, o bem e o mal e a  paz."Os princípios de Gandhi são, portanto, extremamente oportunos na hora  presente, mais oportuno mesmo do que quando foram concebidos e postos  em prática nos ashrams, nas aldeias e nas estradas da Índia. São atuais  e oportunos para todos, especialmente, porém, para os que estão  interessados em desenvolver os princípios expressos por um outro grande  pensador religioso, o Papa João XXIII, na encíclica Pacem in Terris.  De fato, essa encíclica possui a vastidão e a profundeza, a  universalidade e a tolerância dos horizontes pacíficos do espírito de  Gandhi. Não pode a paz ser construída sabre o exclusivismo, o  absolutismo, a intolerância. Mas também não pode ser construída sabre  slogans liberais vagos e programas piedosos elaborados na fumaça das  confabulações. Não pode haver paz na terra sem aquela transformação  interior que faz o homem reencontrar sua sã razão ou seu "pensamento  reto". As observações de Gandhi sobre os pré-requisitos e as disciplinas  exigidas pelo satyagraha, o voto de verdade, devem ser lidas por  qualquer um que esteja seriamente interessado no destino do homem na  era atômica.
Texto: Thomas Merton na introdução do livro.
Capa: Amilcar de Castro
Texto: Thomas Merton na introdução do livro.
Capa: Amilcar de Castro
Ainda pode ser encontrado em sebos. Para comprar pela Estante Virtual, clique aqui!
Homem Algum é uma Ilha (AGIR, 1957 | Verus, 2003)
O relançamento de "Homem Algum é uma ilha", de Thomas Merton, um  dos mais influentes escritores espirituais do século XX, retoma uma obra  clássica e atemporal. O autor, exaltado como profeta e crítico dos  conflitos da sociedade contemporânea, escreveu o livro na década de 50,  mas o tema não perdeu a atualidade. 
Como precursor audacioso da promoção do diálogo ecumênico entre  cristãos, Merton traz reflexões modernas e pessoais em busca do sentido  da vida interior para que o homem encontre a si mesmo.  Esta obra marcou a época de uma geração de intelectuais, leigos e  religiosos, em razão das meditações sobre as urgentes questões sociais  da nossa era. 
Os temas são tratados de maneira simples e analisados por  Merton com muita lucidez. Valores como a liberdade, a esperança, a  caridade e a sinceridade refletem as verdades básicas que sustentam a  vida do espírito.  Entre os livros da autoria de Merton, "Homem algum é uma ilha" é um dos  mais importantes. O termo “ilha” significa dizer que na vida só existe  sentido quando se admite que nenhum homem é sozinho, que ninguém se  basta a si mesmo e que todos dependem uns dos outros.  O título foi inspirado no texto de John Donne: “Homem algum é uma ilha  completa em si mesma; todo homem é um fragmento do continente, uma parte  do oceano. A morte de cada homem me enfraquece porque sou parte da  humanidade; assim, nunca perguntes por quem o sino dobra; ele dobra por  ti” (meditação 17) "...Todo homem é parte de um continente, cada um é membro do Cristo e  responsável pela vida de todo o organismo. É, pois, no plano do amor,  tal qual ele aparece em Cristo, na Revelação, que se situa a perspectiva  deste livro, e esconde-se a fonte de seu encanto. 
Ganha ele, assim, as  proporções de uma grande intuição cristã da vida, baseada, sem dúvida,  na tradição dos Padres e da Igreja, mas expressa na rica experiência  interior do próprio Autor, que possui para a sua mensagem um estilo  decantado e um poderoso senso poético." 
Facilmente encontrado nas livrarias! Para comprar um exemplar pelo site  da Editora, clique aqui!
Homem Novo, O (AGIR, 1966 | Vozes, 2006)
"A Imagem incriada, enterrada e oculta pelo pecado nas profundezas  de nossas almas, ressurge da morte quando, ao enviar seu Espírito ao  nosso espírito, manifesta sua presença e torna-se para nós a fonte de  vida nova, uma nova identidade e um novo modo de agir" (trecho do  livro). A convicção religiosa de que o ser humano é destinado a evoluir  espiritualmente e alcançar sua perfeição está presente em todas as  tradições religiosas, a despeito das diferenças de suas doutrinas, de  seus ritos e seus símbolos. 
A páscoa judaica e o batismo cristão são  exemplos entre muitos outros da riqueza desta afirmação. O cristianismo  ensina, de fato, que devemos nos despojar do velho homem, o Primeiro  Adão, corruptível, terreno e mortal, e nos revestir do homem novo, Jesus  Cristo, Filho de Deus, incorruptível e ressuscitado. 
Estes e outros  símbolos são usados pela Bíblia para expressar a vida divina, a  salvação, a renovação do coração e da mente, enfim, a santidade: uma  realidade espiritual que esconde nossa verdadeira identidade. Escrita  por um dos ícones do cristianismo moderno, O Homem Novo é uma obra de  espiritualidade repleta de beleza e profundidade teológica. Nela, Thomas  Merton retoma os textos sagrados e convida e leitor a navegar nas águas  profundas do cristianismo através do tema central da renovação  espiritual de todo o nosso ser. 
Com comentários cheios de significado e  simbolismo, explica como este processo de aperfeiçoamento envolve  dimensões pessoais e existenciais radicais e precisa ser acompanhado de  mudanças interiores e exteriores, em nosso coração e em nosso modo de  agir, para que nos tornemos um novo ser humano. 
Facilmente encontrado nas livrarias! Para comprar um exemplar pelo site  da Editora,  clique aqui!
Igreja e o Mundo sem Deus, A (Vozes, 1970)
Thomas Merton, considerado pela revista americana TIME, «o maior  autor espiritual do século», examina nestas paginas a relevância do  Vaticano II para o mundo contemporâneo. Os escritos de Merton tem o dom  de falar sobre nossa situação neste planeta, num tom direto e com  profundidade raramente encontrada nos escritores espirituais do nosso  tempo. Mostram lucidez em relação as preocupações materiais e firmeza  em manter os valores espirituais.
Neste livro, o autor toma por base de suas reflexões o fato de que «uma  nova era se iniciou para o cristianismo». É o que ele denominava em uma  serie de artigos, ainda não publicados, «A ERA PÓS-CRISTû.
O que isso significa é examinado aqui num estudo de pesquisa sobre a  Constituição Conciliar GAUDIUM ET SPES (A Igreja no Mundo de Hoje), que  surge como um documento muito mais revolucionário do que, a primeira  vista, se poderia crer. O tema da «morte de Deus» e abordado com penetração e clareza. Merton  demonstra grande empatia e compreensão quando expõe a posição do  «outro». Acolhe com simpatia as ideias dos que dele divergem,  procurando «sentir» com eles, demonstrando rigorosa honestidade  intelectual e confiança na reta intenção de quem, partindo de premissas  erradas chega a conclusões defeituosas. Neste pequeno volume de Thomas Merton, temos um excelente guia para a  compreensão da Constituição Sabre a Igreja e o Mundo de Hoje e suas  implicações práticas.
Todos os leitores de Merton sabem como ele faleceu numa recente viagem  que empreendeu (em dezembro de 1968) a convite dos Abades beneditinos e  cistercienses-trapistas reunidos em Bangkok, na Tailândia. Depois da  conferência que pronunciou neste memorável encontro, entre monges  cristãos e budistas, um trágico e fatal acidente causou-lhe a morte por  eletrocussão. O New York Times declarou ao dar a noticia «... era um escritor que  possuía uma graça singular para falar sobre a Cidade de Deus e um  ensaísta de penetrante originalidade quando tratava da Cidade do homem.  Escreveu sobre a vida espiritual perene, e a fé religiosa, com o  conhecimento e a atualidade de um contemporâneo».
Livro raríssimo. Pode ser encontrado nas bibliotecas dos Mosteiros e Institutos Religiosos.
Marta, Maria e Lázaro (Vozes, 1963)
Admirável esboço da doutrina de São Bernardo, que Thomas Merton  nos expõe com a simplicidade, a clareza, a elevação que caracterizam  seus escritos. Dá-nos nessas paginas um resumido mas vivo panorama dos  três aspectos da vida espiritual, postos em paralelo com Marta, Maria,  Lázaro: a vida ativa, a vida contemplativa, a vida penitente, sendo  que os três aspectos tem o seu centro em Cristo, que lhes dá sentido e  valor, pois e Ele o Princípio e o Fim de todas as coisas e é Nele que  tudo subsiste.
Mostra-nos Thomas Merton que as modalidades da vida espiritual não se  opõem umas às outras: "Marta e Maria não são inimigas, são irmãs". A  vida ativa é alimentada pela contemplação e esta, por sua vez,  transborda da alma unida a Deus, na atividade apostólica. Sem deixar  de dar a primazia a vida contemplativa (Maria escolheu a melhor parte)  faz-nos ver que São Bernardo (como Santo Tomás de Aquino) considera que  a vida apostólica é a mais perfeita de todas, pois é a união das duas  outras, que se irradia numa expansão de amor, comunicando-se ao próximo.  Este belíssimo estudo: Marta, Maria e Lázaro deve ser lido e meditado,  para melhor compreendermos a feição sobrenatural do apostolado, que,  para ser fecundo, deve tomar raízes numa vida de íntima união com Deus.
“Marta, Maria e Lázaro" – um estudo sobre as relações entre a ação, a  contemplação e o apostolado, na doutrina de S. Bernardo. "Que entende  exatamente S. Bernardo por vida ativa e vida contemplativa? Em nossa  época, em que tudo é encarado pelo exterior e não apreendido pelo  interior, em que se julga mais pela aparência do que pelo íntimo,  supomos que, para distinguir a vida contemplativa da ativa, basta  destacar a clausura. A vida contemplativa é aquela que se leva atrás de  um muro, num claustro; a vida ativa é a que se leva fora da clausura,  nas praças públicas... Em suma, distinguimos o religioso ativo do  contemplativo, não mostrando o que eles são, mas indicando simplesmente  onde se acham; não dizendo o que são, mas o que fazem.
Livro raríssimo. Pode ser encontrado nas bibliotecas de Mosteiros e Institutos Religiosos.
Merton na Intimidade: sua vida em seus diários (Fisus, 2001)
"Talvez o Livro da Vida, no final, seja o livro que cada um viveu.  Se alguém não viveu nada, esse alguém não está no Livro da Vida. Eu sempre quis escrever sobre tudo. Não digo, com isso, escrever um  livro que cubra tudo – o que seria impossível, mas um livro no qual  possa entrar de tudo. Um livro com um pouco de tudo que se cria a partir  de nada. E que tem vida própria. Um livro fiel, que já não vejo mais  como um 'livro'."
(Thomas Merton, em 17 de julho de 1966)
Nestas memórias em forma de diário, composta das passagens mais  pungentes e plenas de insights de seus diários, Merton na intimidade  mostra-nos quão íngreme foi o caminho espiritual de Thomas Merton.  Selecionada dos sete volumes dos seus diários pessoais, esta crônica de  vinte e nove anos aprofunda e amplia a história que Merton contou, e que  o fez famoso, em A Montanha dos Sete Patamares. Este livro é a  autobiografia deste monge, a sabedoria ganha da experiência pessoal de  um grande professor espiritual. Aqui encontramos Merton a nos contar os  desafios maiores de sua vida, os seus confrontos com as hierarquias  monásticas e da Igreja, sua interação com as tradições religiosas do  ocidente e do oriente, e suas atividades em prol dos direitos civis e  contra a guerra. Em Merton na intimidade vemos um escritor comprometido  com a “arte da confissão e do testemunho”, na medida em que ele busca  uma espiritualidade contemporânea, autentica e global.
Recontado desde os primeiros dias de Merton no monastério, até sua jornada para o Oriente para um encontro com o Dalai Lama, Merton na intimidade revela uma vida marcada pela ininterrupta busca de sentido, equanimidade e amor. Merton na intimidade captura a essência do que fez a sua jornada pela vida algo de relevância permanente. Pode ser encontrado nas livrarias. Para comprar pela Estante Virtual, clique aqui!
Recontado desde os primeiros dias de Merton no monastério, até sua jornada para o Oriente para um encontro com o Dalai Lama, Merton na intimidade revela uma vida marcada pela ininterrupta busca de sentido, equanimidade e amor. Merton na intimidade captura a essência do que fez a sua jornada pela vida algo de relevância permanente. Pode ser encontrado nas livrarias. Para comprar pela Estante Virtual, clique aqui!
Místicos e Mestres Zen (Martins Fontes, 2006)
Comunicação é palavra da moda. Nossa época poderá ser qualificada  como sendo o período da longa história humana onde foi mais sentida a  consciência da necessidade do encontro. Sem comunicação esse encontro  entre o eu e o tu não poderá ser realizado. Cursos se multiplicam nas  Universidades, livros que versam sobre o assunto vão abarrotando as  estantes. A televisão vai faturando as virtudes do consumo em massa da  aldeia global. E, apesar de tudo, os choques e conflitos por falta de  comunicação nunca foram tão críticos como agora. Por que a busca da  comunicação gera o conflito? Por que os sanatórios de doenças mentais  estão superlotados nesta época de "luzes"? Angustiado com o paradoxo,  Thomas Merton mergulhou na busca das raízes do problema humano.  Abandonando as perspectivas douradas de uma vida profissional cheia de  recompensas materiais, larga tudo e mergulha na Ordem dos Trapistas  onde a regra do silencia é uma norma, o trabalho manual uma religião e a  oração direta, pura, sem, palavras, um hino que se eleva ao Supremo em  cada gesto. Aos poucos foi penetrando naquela solidão criadora onde  somente nela e possível o contato com o desconhecido, com o verdadeiro  mundo que os homens não sentem. Toda essa psico-atmosfera que o  rodeava, Merton foi transportando para uma série de livros admiráveis,  relatando as paisagens de uma vida interior que o homem-maquina não  vive. Aos poucos, a experiência Zen, que tanto o marcou, se afirmava  como uma vivencia em sua obra. O Zen, que para muitos é apenas uma  escola do Budismo Japonês, aparecia sob uma configuração cristã sem  perder sua extraordinária autenticidade. Os mestres Zen falam a mesma  linguagem universal dos místicos. Uma espécie de metalinguagem que se  revela para os que têm ouvidos e sensibilidade para compreendê-la.
Admiráveis exemplos dessa identidade são apresentados no texto pelo  autor que cada vez mais sentia no Zen budismo um caminho para o  atemporal. Para aquele território único onde as palavras perdem sua  força e os seres vivem unidos na mesma base. Nele, a comunicação é feita  de maneira integral. Direta. De certa forma explosiva por que caem uma  série de barreiras que separam as coisas o homem fica então sozinho  diante da realidade e sente-se reencontrado na imensidão que "vê" pela  primeira vez. Essa visão direta da realidade, da coisa nua, é quase que  impossível de ser descrita. Tudo que se disser dela é o reflexo apenas  de uma experiência. Falar sobre ela é se afastar dela. As palavras são  de¬dos apenas apontando a lua - segundo um proverbio Zen. Deve-se olhar a  lua e não os dedos. Torna-te realmente a lua se queres encontra-la.
Em Thomas Merton sente-se a sinceridade do viajante que fala da  experiência direta de suas incursões no Absoluto. Neste absoluto, cuja  porta está livre e escancarada a espera do leitor desta orelha, que  talvez ainda esteja em dúvida se deve ou não mergulhar neste livro. O  leitor encontra-se quase que na mesma posição da rãzinha impregnada de  Zen no poema do genial Basho. A solução da dúvida talvez esteja no  haicai:
"Poço escuro
Subitamente a rã
Salta.
PLOP!"
Salte com Thomas Merton, leitor amigo, e sinta no choque com a água da  Realidade o que as palavras por mais belas e ornadas que sejam não  poderão dar. A Comunicação se perde nas não-palavras. 
Facilmente encontrado nas livrarias! Para comprar um exemplar pelo site da Editora, clique aqui!
Montanha dos Sete Patamares, A (Vozes, 2010)
A Montanha dos Sete Patamares é a autobiografia dum jovem que levou  uma vida múltipla e depois, na idade de vinte e seis anos, entrou para  um mosteiro trapista. Thomas Merton, já conhecido como poeta, conta a  história de sua vida, desde seu nascimento em 1915 até a sua atual  existência como monge. Seu livro foi escrito no mosteiro de Gethsemani,  Kentucky. A Montanha dos Sete Patamares é o extraordinário testamento e  testemunho dum norte-americano intensamente ativo e brilhante que  resolveu se retirar do mundo depois de nele se haver atolado deveras.  Merton serve-se da imagem de Dante sobre O Purgatório como símbolo do  mundo moderno.
Homem do seu tempo em todos os sentidos, neste período entre duas  guerras, Thomas Merton passou a infância na América do Norte e na  França. Seu pai era inglês; sua mãe uma norte-americana Quaker. Ficando  órfão de pai aos vinte anos, deixou a Inglaterra, optando pelos Estados  Unidos, e se matriculou em Columbia. Preocupado com as injustiças sócias  e econômicas da vida moderna, fez parte dum grupo da Juventude  Comunista. Mais tarde trabalhou numa Organização Católica, em Harlem.  Foi diversos anos depois de sua conversão, que entrou para a Ordem  Trapista. Frei Maria Ludovicus, como é chamado na Ordem, conta sua história com  talento, intensidade e exuberância. Parte do interesse deste livro  decorre também do fato de ele escrever duma cela de monge e com  conhecimento e autoridade, sobre artistas modernos como Picasso, Joyce e  Duke Ellington. A ultima parte do livro contém uma narrativa fascinante  da vida diária trapista. Sobre esse maravilhoso livro escreveu Graham Greene: - “É um prazer raro  ler uma autobiografia com um cunho e um sentido válido para todos nós. A  Montanha dos Sete Patamares é um livro que se lê com um lápis,  anotando-o como anotação de nossa memória da vida.”
Ainda pode ser encontrado nas livrarias! Para comprar um exemplar pelo site da Editora, clique aqui!
Na Liberdade da Solidão (Vozes, 1961 e 2010)
"É um extraordinário tratado sobre a meditação, com que nos  presenteou o grande mestre do silêncio e da contemplação, Thomas  Merton", disse Tristão de Athayde em comentário ao livro original, no  jornal Diário de Notícias de 21 de junho de 1959.
Este livro foi publicado em inglês pela primeira vez em 1956. Em 1961 a  Vozes já o estava lançando no Brasil. O presente volume é a reedição  desse texto de 1961. Quarenta anos depois, Merton esta mais atual que em  meados do século passado.
Em prosa eloquente e profunda, Merton fala a favor do direito  inalienável do homem ao silêncio e a liberdade interior. A sociedade,  declara o autor, depende da solidão inviolável de seus membros. Não e  constituída de números ou de unidades mecânicas, mas de pessoas. Ser  pessoa implica numa responsabilidade e liberdade, e estas sugerem uma  certa solidão interior, uma noção da própria realidade pessoal, um senso  de integridade e da capacidade que se tem para se dar a sociedade. Estas são convicções úteis para todos os que tem coragem de olhar para o  infinito.
Thomas Merton nasceu nos Pireneus franceses em 1915. Estudou na França,  Inglaterra e Estados Unidos. Viveu em muitos países. Falava fluentemente  várias línguas. Seu itinerário espiritual passou por Joyce, Maritain e  Gilson; tendo descoberto o evangelho, converteu-se e foi batizado em  1938. Dois anos depois ingressou na Abadia Cisterciense do Gethsemani,  no Kentucky. Tornou-se o Irmão Luís, que foi ordenado sacerdote aos 34  anos. Sua caminhada espiritual esta descrita em A montanha dos sete  patamares.
Facilmente encontrado nas livrarias! Para comprar um exemplar pelo site da Editora, clique aqui!
Facilmente encontrado nas livrarias! Para comprar um exemplar pelo site da Editora, clique aqui!
Novas Sementes de Contemplação (Fisus, 2002)
Eis um livro precioso para os tempos que correm: quando a vida em  sociedade, desenrolando-se voltada para fora sobre um palco de imagens,  transforma-se em sobrecarga que obstrui o desenvolvimento interior das  pessoas. Parecer ser, cada vez mais, e a fórmula compensatória e vazia  para encobrir a autentica realidade do que talvez sejamos. Somos antes  de tudo um infinito mistério: e a recusa à admissão desse fato,  consubstanciada nas estafantes corridas para se distrair de algum modo, e  certamente a maior causa do sofrimento sem trégua que leva a humanidade  a se contorcer oprimida. A riqueza, o poder, a glória, todas as  conquistas externas são satisfações provisórias, e o maior bem – a paz  de espírito – não se conquista senão caindo em si.
Thomas Merton, aliando sua vocação de escritor a uma intuição mística  privilegiada e a dureza da formação monacal, plantou suas sementes de  contemplação em termos simples que, baseados na experiência de um só  homem, porém profunda e transfiguradora, são capazes de libertar-nos a  todos da rotina insustentável e da tirania do ego. Reativando a força de  ensinamentos milenares na solidão de Gethsemani, o mosteiro trapista no  qual ingressou ainda moço, o que ele aqui nos transmite e um apelo  poético, por isso mesmo sincero e verdadeiro, a plenitude do equilíbrio  mental.
Se o ouvirmos com atenção, fazendo, esforço para que as sementes  germinem nos interstícios da consciência e na prática, entenderemos que  nossa personalidade e uma convenção como as outras, a qual não há por  que se apegar. Ao examiná-la com distanciamento e bom senso, veremos que  os alvos que ela persegue como valores indiscutíveis são ficções que  introjetamos por mero condicionamento, e não concreções palpáveis, como  os alimentos e a água, realmente indispensáveis a travessia da vida.  Indefinidos e mutáveis como os desejos que os geram, tais valores  simplesmente mascaram a principal evidencia, que é a de aprendermos a  aceitar aquilo que nos foi destinado e constitui nossa pequena grandeza.  Na via fértil da contemplação, esse é o primeiro passo para a aceitação  dos demais.
Merton, que de início se dedicou as letras, tendo passado pelas  universidades de Cambridge e Columbia, chegara a escrever vários  romances e a estudar poetas como Blake e Hopkins antes de ir para o  mosteiro. Estava então com 26 anos e pensou em desistir da carreira  literária. Mas os próprios trapistas impuseram-lhe a tarefa de continuar  escrevendo. Após seis anos de vida conventual e ascetismo, tornou-se  autor de um best-seller ao narrar suas buscas como um louco de Deus em A  montanha dos sete patamares, a autobiografia que o consagrou mundo  afora.
Desde então firmou-se, nos seus numerosos livros, como um renovador  ecumênico do pensamento católico, lutando contra as injustiças e as  guerras, as cegueiras da política e as despudoradas ganâncias. Parte de  sua monumental correspondência se endereçou a escritores de diversas  tendências – Jacques Maritain a Henry Miller, de Boris Pasternak a Alceu  Amoroso de Lima, de Victoria Ocampo a Lawrence Ferlinghetti – com os  quais passou a discutir sem reservas os temas contemporâneos mais  prementes.
Pioneiro na opção da Igreja pelos pobres, e1e o foi também noutro  movimento importante, o da abertura para as tradições do Oriente,  assunto sobre o qual publicou três livros: Místicos e mestres Zen, A via  de Chuang Tzu e Zen e as aves de rapina. Quando morreu em Bangcoc, na  Tailândia, eletrocutado em seu quarto de hotel por um ventilador com  defeito, na tarde de lO de dezembro de 1968, Merton participava de um  encontro de líderes espirituais do Ocidente e do Oriente. Acabara de  fazer uma palestra, na manha do mesmo dia, sobre um tema de  originalidade imprevista: "Marxismo e perspectivas monásticas." A atual retomada de interesse pela obra de Merton deve-se em parte a  publicação de seus diários, iniciada nos Estados Unidos em 1995, ou mais  de 25 anos depois de sua morte, segundo seu expresso desejo, e  completada em 1998 com o sétimo e ultimo volume da série, The other side  of the mountain: the end of the journey.
Além de Novas sementes de contemplação, a Irmã Maria Emmanuel de Souza e  Silva traduziu outros 20 dos 41 livros de Merton já publicados no  Brasil e é sua principal tradutora em  todo o mundo. 
Leonardo Fróes
Este livro está prestes a ser reeditado pela Editora Vozes!
Ofensiva de Paz (Vozes, 1965)
Ofensiva de Paz é um livro diferente e espantoso. Poderia parecer,  pelo título, um repositório de apelos, talvez patéticos, mais ou menos  alegóricos, a favor de um adocicado desarmamentismo. E não é nada disso. O desejo de que a harmonia se instale entre os povos resulta mais,  depois de sua leitura, da perplexidade com que o leitor se encontra  perante a ameaça... 
Pão no Deserto, O (Vozes, 1963 e 2008)
Neste livro Thomas Merton trata dos salmos da Santa Igreja. Uma  coleção de notas pessoais dum monge da atualidade. Nos tempos  misteriosos em que vivemos não podemos prever quais serão os leitores  destas paginas. Tentam, entretanto, pôr em evidencia algumas das raízes  pelas quais os salmos, apesar de sua antiguidade, devem ser  considerados como uma das formas de oração que mais convêm aos homens de  todos os tempos. Aos leitores que só conseguem ver nos salmos  "literatura" esse livro oferecerá diversos motivos que fazem do  saltério mais do que literatura, já que para os monges e muitos fiéis se  fez o Pão no Deserto.
O autor procura desvendar os desígnios da Providência encerrados no  Saltério fornecendo a chave para que os homens penetrem no sentido das  orações que a própria inspiração do Altíssimo foram elaborados.
Facilmente encontrado nas livrarias! Para comprar um exemplar pelo site da Editora, clique aqui!
Pão vivo, O (Vozes, 1963)
O livro diz respeito à Eucaristia como sacrifício e como  sacramento; perpetuação da Presença Real de Jesus através do tempo e do  espaço; centro da vida e do culto cristão; o símbolo e a causa da  unidade do Corpo Místico de Cristo. A Teologia e a piedade cristãs  jamais se cansarão de adorar este divino mistério e de penetrar-lhe,  profundamente, o sentido; mistério de fé par excellence, culminância do  extravasamento do amor de Cristo por seus discípulos.
[...] Em O Pão Vivo, o autor, com alusões e aplicações acertadas à vida  moderna, expõe a doutrina católica, apoiando-se sobre o sólido  fundamento da Sagrada Escritura, dos Santos Padres, dos Concílios, dos  documentos Pontifícios e as opiniões dos Teólogos. Ainda pode ser encontrado em sebos. 
 Livro raríssimo. Pode ser encontrado nas bibliotecas dos Mosteiros e Institutos Religiosos. 
Paz na era pós-cristã (Santuário, 2007)
Escrito em 1962, o manuscrito de Thomas Merton sobre a paz foi  censurado pelas autoridades eclesiásticas, que o consideraram  demasiadamente “radical” e pode ser publicado somente recentemente. Mas  como justificar a publicação de um livro que aborda problemas urgentes  de 1962, agora que não existe mais uma União Soviética e que a Guerra  Fria não passa do título de um capítulo em livros de História?
Facilmente encontrado nas livrarias! Para comprar um exemplar pelo site da Editora, clique aqui!
Poesia e Contemplação (AGIR, 1972)
Poeta e contemplativo, Thomas Merton desenvolve, neste ensaio, em  páginas de rara beleza, o tema de como a poesia, no que possui de  melhor, é contemplação. Uma poesia é uma contemplação que nos colocam  em presença da realidade enraizada em nossa verdade mais intima e  interior. E, portanto, em presença do Mistério de Deus.
Na parte que se refere especialmente à autentica oração, temos uma  reflexão prática e não acadêmica. O autor nos fala das profundezas de  sua experiência. Trata antes da própria natureza da oração do que de  técnicas. É afastada a dicotomia entre apostolado e liturgia, cultura e  simplicidade, "humanismo" e ascetismo. O que mais interessa neste  livro é a maneira como o celebre convertido e monge trapista americano  analisa a angustia existencial, a solidão e o tédio do homem de nossa  época. Uma angustia que suscita a oração e se abre à esperança. O pensamento do autor desenvolve-se de maneira extremamente profunda.  Sentimos que Merton viveu e vibrou em união com o mundo contemporâneo.  Para ele, a confusão e a desolação do homem moderno desorientado é um  verdadeiro “deserto”. Mas, como dizia St. Exupéry, "o deserto é belo  porque nele, em algum lugar, existe uma fonte". Merton, nestas páginas,  nos leva à Fonte. A compaixão e o excepcional dom de comunicação que o  caracterizam explicam, em parte, a grande atração que seus livros  exercem sobre tantos e tão variados leito¬res. Ao partir para o  Oriente, numa busca sempre mais intensa de Deus e da união e do amor  entre os homens, deixou estas páginas que foram publicadas depois de  sua morte, tão inesperada, ocorrida durante o Encontro dos monges  cristãos e asiáticos em Bancoc. O súbito desaparecimento de um dos  maiores escritores espirituais do nosso tempo torna mais forte o impacto  da mensagem contida neste livro: "o Espírito está agindo em nossos dias  e é evidente que a mais premente necessidade do mundo cristão de hoje é  a atenção a esta verdade interior alimentada pelo espírito de  contemplação”. Ainda pode ser encontrado em sebos. 
Que livro é esse? (Vega, 1975)
 Para abrir um livro é necessário, antes de tudo, questioná-lo, perguntar que caminho encontraremos nele. Que livro é este ? é o típico livro que que carrega essa premissa implícita.
Para abrir um livro é necessário, antes de tudo, questioná-lo, perguntar que caminho encontraremos nele. Que livro é este ? é o típico livro que que carrega essa premissa implícita. Tal questão não pode ser respondida sem levar em conta as reivindicações pra lá de peculiares que foram formuladas por Cristãos, Judeus e até mesmo Muçulmanos: reivindicações, que, para muitos homens modernos, são revoltantes. Podemos afirmar que este livro é diferente de qualquer outro, e que o destino do homem depende muito da compreensão desta obra inspirada.
Não podemos entender nada sobre a Bíblia sem encarar o fato de que estas reivindicações são feitas de forma severamente crítica. É da própria natureza da Bíblia afrontar, confundir e surpreender a mente humana. Daí o leitor que abre a Bíblia deve estar preparado para a desorientação, confusão, incompreensão, talvez até indignação. Merton é um guia experiente e há de conduzi-nos de forma segura.
Livro raríssimo. Pode ser encontrado nas bibliotecas de Mosteiros e Institutos Religiosos.
Que são estas chagas? (Vozes, 1959)
Vida da mística cisterciense Lutgarda de Aywiéres  “Estudando a vida de Santa Lutgarda, Thomas Merton nos dá, nete livro,  bem traduzido pelas religiosas da Companhia da virgem, alguma coisa do  muito que ainda há de nos dar com a graça de Deus, sobre a sua própria  experiência da vida contemplativa. Uma vida, como a dele, mais do  qualquer outra — e não há vida alguma, por mais obscura que seja, que  não tenha um sentido na Comunhão dos Santos ou na Comunhão dos Anjos  Decaídos — uma vida como a de Thomas Merton, representa, sem dúvida, uma  intenção toda especial da Divina Providência.
Questões abertas (AGIR, 1963)
Um livro intitulado Disputed Questions (Questões Abertas), poderá,  na opinião do autor, ter pelo menos uma vantagem nítida: a de preservar o  leitor do engano de que se trate de um livro “inspiracional”.  Certamente, não é o caso. O presente livro tenciona estimular o  pensamento e despertar, até certo ponto, a consciência das coisas  espirituais. Todavia, não está destinado a provocar em ninguém um choque  inesperado de felicidade espiritual, ainda menos um ímpeto de piedoso  entusiasmo e a convicção de que tudo corre bem no mundo, contanto que  estejamos decididos a nos concentrar no lado alegre das coisas, Pois é  isso, creio eu, o que se propõe fazer um livro “inspiracional”. Se assim  é, gostaríamos de reivindicar a honra de jamais haver escrito um tal  livro. (...) Ainda pode ser encontrado em sebos. 
Para comprar pela Estante Virtual, clique aqui!
Reflexões de um Espectador Culpado (Vozes, 1970)
Este livro notável é um conjunto de notas, opiniões, reflexões,  experiências e meditações de um dos mais extraordinários pensadores  religiosos. São extraídas dos cadernos de notas de Thomas Merton a  partir de 1956 e, por isso mesmo, intensamente contemporâneas,  intensamente ricas e contemplativa, fruto tanto da experiência de uma  místico solitário como das mais urgentes necessidades morais e  ontológicas do homem de nosso tempo.
Reflexões de um espectador culpado discute problemas tão diversos como o  pensamento do teórico alemão Karl Barth, as implicações internacionais  da corrida nuclear, mas da primeira à última linha é unificado pela  preocupação do autor com a importância transcendental  da  responsabilidade individual.,
“Num tempo como o nosso”, escreve Merton, “é mais necessário do que  nunca para o indivíduo treinar-se... no conhecimento da diferença entre  ‘os caminhos de Deus e os caminhos de Satã’. E não podemos confiar em  nossa sociedade para que ela nos ensine a diferença entre os dois”.
A diferença entre consciência e convencionalismo é, pois, o tema central  deste livro. Intimamente relacionado tanto com a tradição cristã quanto  com o dilema interior do homem moderno, Reflexões de um espectador  culpado é um livro que toca todos os espectadores culpados ainda vivos  neste mundo afora. Ainda pode ser encontrado em sebos. 
Para comprar pela Estante Virtual, clique aqui!
Sabedoria do Deserto, A (Martins Fontes, 2004)
A sabedoria do deserto era um dos livros favoritos de Thomas  Merton, dentre os vários que ele escreveu – certamente porque pretendia  passar os últimos dias de sua vida como eremita. O tom pessoal das  traduções, a mistura de reverencia e humor, tão características dele,  mostram a profundidade com que Merton identificava-se com os lendários  autores desses ditos e parábolas, os padres cristãos do século IV que  buscavam a solidão e a contemplação nos desertos do Oriente próximo.
Os eremitas de Cétia que viraram as costas a uma sociedade corrupta  notavelmente semelhante a nossa, tem muito em comum com os mestres zen  da China e do Japão, e o padre Merton fez sua seleção visando o tipo de  impacto produzido pelo modo Zen. “Na verdade, Thomas Merton não apenas fala dos padres do deserto; ele  penetra em seu meio, como um deles”. (Padre Daniel Berrigan) 
Facilmente encontrado nas livrarias! Para comprar um exemplar pelo site  da Editora, clique aqui!
Sementes de Contemplação (Tavares Martins – Porto, 1955)
NOTA DO AUTOR
Estais na presença de um gênero de livro que, num mosteiro, se escreve a si próprio, quase automaticamente. Talvez seja essa uma das razões por que tão poucos livros destes se tem escrito. As paixões e as violências materiais opõem-se, por seu excesso, a que os homens reflitam muito sobre a vida interior e seu significado. No entanto, uma vez que... 
Livro raro. Pode ser encontrado nas bibliotecas de Mosteiros e Institutos Religiosos.
Sementes de destruição (Vozes, 1966)
Em que a contemplação tem a ver com a destruição? Em si mesmo, é  claro que são realidades opostas. Acontece, entretanto, que Merton  escreve em um tempo de dissonâncias. Tempo em que, para lembrar P.  Valery, as civilizações passaram a saber que são mortais. Em quadra  semelhante, sob pena de se alhear da comunidade dos homens, O contemplativo – que é seu autor - não se pode restringir a cuidar apenas  de seu modo de vida. A destruição presente e/ou iminente que lá fora  reina corrói...
Ainda pode ser encontrado em sebos. Para comprar pela Estante Virtual,  clique aqui!
Signo de Jonas, O (Mérito, 1954)
"O signo de Jonas", para Merton, é a verdade que, impressa no  coração dos homens, nos leva a procurar a ressurreição e a vida. O que  amamos é o efêmero e falso simbolizado pela baleia bíblica, porém, Jonas  o profeta, nossa alma, braceja abandonada no fundo. Sem dúvida,  enquanto a baleia morreu, Jonas é imortal. Tal a grande lição humana que  se desprende deste livro magistral.
Ainda pode ser encontrado em sebos. Para comprar pela Estante Virtual, clique aqui!
Tempo e Liturgia (Vozes, 1968)
A figura do monge primitivo - principalmente a do eremita - é uma  figura marcada pela penitência e rodeada de solidão, que era isolamento  conscientemente buscado. O eremita fugia do bulício do mundo para, no  deserto, travar uma luta que, conforme as crônicas dos santos, tantas  vezes se transformava em luto corporal com o próprio demônio.
Muito distinto é o monge moderno, homem da oração e do trabalho, sinal  luminoso - segundo o Prof. Vergote – “de uma fé vivida na modalidade das  bem-aventuranças”. Imagem dele é Thomas Merton, o conhecido trapista e  autor de A Montanha dos Sete Patamares, o Signo de Jonas, O Pão do  Deserto e tantos outros livros traduzidos em todas as línguas  ocidentais. É ele mesmo que, através da Editora VOZES, presenteia os  leitores brasileiros com mais um brilhante livro: Tempo e Liturgia, onde  apresenta uma série de reflexões sobre celebrações do Cício Litúrgico. Enquanto o eremita do 4º e 5º séculos, um pouco pretensiosamente, se  isolava, rompendo com a comunidade e enterrando-se em grutas e regiões  inóspitas, Thomas Merton nos apresenta um livro, fruto – conforme ele  mesmo confessa – de discussões e meditações com um grupo de pessoas ou  uma comunidade.
Todo o ano litúrgico vem marcado pelo mistério da morte e ressurreição  de Cristo. Neste mistério encontra sentido a dedicação dos santos, a  coragem dos mártires, o esplendor da vida de Maria, o esforço de  conversão – metanóia – de todo o povo cristão. Tudo gira em torno do  mistério pascal e dele retira sentido e conteúdo.
“A Liturgia é algo para se fazer. Trata-se de conseguir uma qualificação  pessoal para a celebração do culto, para introduzir os homens sempre  mais em Deus, por Cristo, para incentivar a participação do Povo, para  que ela se torne, de verdade, o que é: Ação de Deus e Ação do Povo”. O presente livro contribui para isso, pois ninguém mais capaz para tanto  do que seu Autor. E voltando a apresentar Thomas Merton aos leitores  brasileiros, a Editora VOZES deseja trazer ao cenário das nossas edições  os grandes pensadores que marcam as verdadeiras reformas e orientam os  homens nas novas decisões históricas.
Livro raríssimo. Pode ser encontrado nas bibliotecas dos Mosteiros,  Institutos Religiosos e em sebos. 
Via de Chuang Tzu, A (Vozes, 1967 e 2003)
Trabalhando a partir de traduções já existentes, o autor compôs,  neste livro, uma série de versões pessoais de alguns trechos clássicos  de Chuang Tzu. Esta re-criação de um sábio antigo por um moderno místico  e em nossa linguagem contemporânea traz para o homem médio ocidental  uma visão extraordinária do pensamento oriental que é, essencialmente,  intemporal. O texto do livro é precedido de uma apresentação do  significado do taoísmo para o mundo de hoje, redigida pelo próprio  Merton, o que torna o livro ainda mais interessante e original para o  público brasileiro, tão necessitado de subsídios para uma reflexão em  profundidade.
Facilmente encontrado nas livrarias! Para comprar um exemplar pelo site da Editora, clique aqui!
Vida e Santidade (Herder, 1965)
Com uma simplicidade de linguagem e uma singeleza intelectual que  demonstram a pureza de sua visão, Thomas Merton traça aqui os princípios  básicos da vida espiritual. Por serem princípios e por serem básicos, e principalmente, por serem  norteados pela busca do espiritual, Vida e Santidade é um tratamento  unificado do único caminho que conduz ao único Deus. Assim, é um livro que reconhece a não diferença essencial entre a  santidade do leigo e a santidade do religioso, pois a vida ativa,  participação do cristão na missão da Igreja na terra, e fundamental a  todo cristão.
Todo homem tem, na vida ativa, uma vocação à santidade, e todo homem  achará, nestas páginas, um eco do seu primeiro chamado, e um convite a  um renovado "sim", uma resposta constante ao Cristo. A ênfase é dada, em todo decorrer da obra, antes a graça e a  interioridade do que ao poder da vontade e a energia; ao espírito vivo e  invisível antes do que aos ideais subjetivos e irreais; à vida de  Cristo na alma antes do que aos esforços racionais do indivíduo na busca  da virtude perfeita. Acima de tudo, a primazia é dada a fé, ao amor a  Deus e a todos os irmãos em Cristo.
É, em resumo, o Novo Testamento, doutrina da vida cristã, traduzido para a linguagem do nosso tempo. 
Livro raro. Pode ser encontrado nas bibliotecas dos Mosteiros,  Institutos Religiosos e em sebos. 
Vida Silenciosa, A (Vozes, 1964 e 2002)
A vida silenciosa é um pequeno compêndio sobre a vida monástica, e,  sem duvida, dos melhores, de quantos foram escritos sobre a matéria. Em  nenhum outro livro Thomas Merton resumiu tão bem e com tanta  simplicidade, sem deixar de ser profundo, o que o estado monástico tem  de essencial e característico. O monge é aquele que vive a vocação da  adoração de Deus, da procura de Deus pela vida interior. E para isso é  necessário, e indispensável, um mínimo de silêncio material. Penso que o autor, ao escolher o titulo do livro, tenha tido em vista  particularmente os obstáculos que o mundo atual opõe a realização da  vida monástica, dificultando extremamente a vida interior.
Como, entretanto, o homem foi feito por Deus para essa vida interior, é  natural que a ausência dela provoque urna reação caracterizada por uma  busca de autentica vida contemplativa. É essa reação que explica o  renovado interesse pela vida monástica e contemplativa que se observa em  nossos tempos e do qual Merton foi um dos expoentes mais conhecidos e  de maior valor. 
D. Basílio Penido, O.S.B.
Neste livro, após haver respondido a pergunta Que e um monge?, Thomas Merton nos da um relato fascinante dos principais ramos da família monástica. Descreve as duas categorias existentes de monges: os cenobitas, que seguem a vida comunitária, e os eremitas, que vivem vida solitária. Fala, igualmente, dos monges da Primitiva Observância Beneditina que fundaram dois pequenos mosteiros nos Estados Unidos, como já existem outros em alguns países. No Brasil, possuímos um destes, o Mosteiro de Santa Maria de Serra Clara, perto de Itajubá, no Estado de Minas. O conhecido escritor inglês Evelyn Waugh declarou que "a América do Norte esta descobrindo a vida monástica e seu sentido, graças a Thomas Merton", o presente livro permitira a numerosos leitores brasileiros tomar contato com essa vida silenciosa, penetrar-lhe o sentido profundo e receber sua mensagem de verdade, alegria e paz. Facilmente encontrado nas livrarias!
Para comprar pela Estante Virtual, clique aqui!
Vinho do Silêncio (UFMG, 1969)
(...) Há quem diga que poetas só devem ser traduzidos por poetas. E  há quem diga que a poesia é intraduzível. Efetivamente, há uma parte da  poesia que é, em geral, intraduzível: a sua música, a melodia que se  desprende de suas palavras, melodia que varia de língua para língua,  quando a sonoridade de uma palavra não encontra na língua para que é  traduzida a mesma música. Mas a outra parte, a que é alma e essência da  poesia, o seu pensamento, a sua realidade interior, essa pode ser  transposta. E é aqui que vale a excelência de ser o tradutor de um poeta  igualmente poeta, contanto que o poeta tradutor se submeta a regra  máxima da tradução: o espírito de humildade, isto é, o respeito ao  pensamento alheio, a reprodução fiel e autêntica da mensagem que deve  transmitir.  
Alceu Amoroso Lima
Ainda pode ser encontrado em sebos. Para comprar pela Estante Virtual, clique aqui!
Zen e as Aves de Rapina (Civilização Brasileira, 1972 | Cultrix, 1995)
Thomas Merton – que morreu em Bangkok, na Tailândia, em 1968 - é  reconhecido internacionalmente como possuidor de uma dessas raras  mentes ocidentais inteiramente familiarizadas com a experiência  asiática, Nesta coleção de ensaios, ele escreveu sobre complexos  conceitos asiáticos com uma franqueza bem ocidental. Um dos motivos  dessa sua habilidade em fazê-lo não se deve apenas ao fato de ele ter  estudado o Budismo, mas ao fato de tê-lo assimilado por empatia e  participação ativa, sem abandonar sua condição de sacerdote e monge  trapista.
Como seu amigo D. T. Suzuki, Merton acreditava que deve haver um pouco  de Zen em toda experiência criativa e espiritual autentica. O estudo do  Zen não é o estudo de uma doutrina, e muito menos uma polêmica sobre  princípios religiosos definitivos. Trata-se, simplesmente, de uma  tentativa de alcançar o campo da experiência pura, direta, subjacente a  todo pensamento e atividade criativos.
Os ensaios de Merton abordam essa experiência através da arte e da  filosofia japonesas (Kitaro Nishida), do Zen de Suzuki e dos próprios  mestres clássicos do Zen. O diálogo entre Merton e Suzuki (“A sabedoria  do vazio”) analisa as várias coincidências entre o misticismo cristão e o  Zen. Ainda pode ser encontrado em sebos.
 

































 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário