31 maio 2010

Uma semente plantada no chão

“É certo dizer que se procura a solidão para ‘chegar-se à raiz da existência’? Seria melhor dizer simplesmente que na solidão estamos na raiz. Quem está sozinho e consciente do que significa sua solidão encontra-se simplesmente no terreno de onde brota a vida.”

Love and Living, de Thomas Merton
Editado por Naomi Burton Stone e Patrick Hart, OCSO
(A Harvest/HBJ Book, Harcourt Brace Jovanovich, San Diego), 1979. p. 22
No Brasil: Amor e Vida, (Martins Fontes Editora, São Paulo), 2004. p. 23
Reflexão da semana de 31-05-2010

Um pensamento para reflexão: “Vive, então, como uma semente plantada no chão. (…) Ser como uma semente no chão de nossa própria vida é dissolvermo-nos nesse chão a fim de tornar-nos fecundos.”
Amor e Vida, Thomas Merton

24 maio 2010

O encontro com o demônio no escuro

“Na verdadeira contemplação, não existe ‘motivo pelo qual’ o vazio necessariamente nos colocaria face a face com Deus. O vazio também pode muito bem colocar-nos face a face com o demônio, o que, de fato, às vezes é o caso. Só há uma garantia contra o encontro com o demônio no escuro (se é que podemos dizer que existe alguma garantia) é simplesmente nossa esperança em Deus: nossa confiança em sua voz, nossa confiança em sua misericórdia.”

Contemplative Prayer
, de Thomas Merton
(Doubleday Image Books, New York), 1996, p. 92
Reflexão da semana de 24-05-2010

Um pensamento para reflexão
: “O ‘deserto’ da contemplação é apenas uma metáfora para explicar o estado de vazio que experi-mentamos ao abandonar todos os caminhos, esquecer-nos de nós mesmos e assumir o Cristo invisível como nosso caminho.” 

Contemplative Prayer, Thomas Merton

17 maio 2010

Tropeços e quedas

“Só a fé pode dar-nos a luz para vermos que a vontade de Deus está em nossa vida cotidiana. Sem essa luz, não enxergamos para tomar decisões certas. Sem essa certeza, não podemos ter confiança e paz sobrenaturais. Tropeçamos e caímos constantemente, mesmo quando nos sentimos muito esclarecidos. Mas quando estamos na verdadeira escuridão espiritual, nem mesmo sabemos que caímos. Para mantermo-nos espiritualmente vivos, precisamos renovar constantemente nossa fé.”

Thoughts in Solitude, de Thomas Merton
(Farrar, Straus and Giroux Publishers, New York), 1958. p. 38
No Brasil: Na liberdade da solidão, (Editora Vozes, Petrópolis), 2001. p. 39-40
Reflexão da semana de 17-05-2010

Um pensamento para reflexão: “Portanto, a vida espiritual é, em primeiro lugar, uma questão de estar desperto”.
Na liberdade da solidão, Thomas Merton

10 maio 2010

Não é difícil ser feliz

“Por que não podemos contentar-nos com uma felicidade comum, secreta, pessoal, que não precisa ser explicada nem justificada? Sentimo-nos culpados se não somos felizes de algum modo publi-camente aprovado, se imaginamos não estar conseguindo um padrão de felicidade reconhecido por todos. Deus nos concede o dom e a capacidade de construir nossa própria felicidade a partir da situação que nos é própria. E não é difícil ser feliz: basta aceitar o que está ao nosso alcance e disto fazer o possível.”

Conjectures of a Guilty Bystander, de Thomas Merton
(Doubleday, New York), 1966. p. 56
No Brasil:
Reflexões de um espectador culpado, (Editora Vozes, Petrópolis), 1970. p. 66
Reflexão da semana de 10-05-2010

Um pensamento para reflexão: “(…) Será que uma felicidade absolu-tamente gratuita, que nunca apareceu em uma publicidade, será genuína?”
Reflexões de um espectador culpado, Thomas Merton

03 maio 2010

A árvore imita a Deus

Uma árvore glorifica a Deus sendo árvore, pois, sendo aquilo que Deus tenciona que seja, Lhe obedece.

‘Aquiesce’, por assim dizer, a seu amor criador; expres- sa uma idéia que está em Deus e não é distinta da essência de Deus.


Portanto, a árvore imita Deus sendo árvore.”
New Seeds of Contemplation, de Thomas Merton
(New Directions, New York), 1961. p. 29
No Brasil: Novas Sementes de Contemplação, (Editora Fissus, Rio de Janeiro), 2001. p. 37
Reflexão da semana de 03-05-2010

Um pensamento para reflexão: “Esta árvore específica dará glória a Deus estendendo suas raízes pela terra e elevando seus galhos ao espaço e na luz de um modo que nenhuma outra árvore, antes ou depois, jamais fez nem fará.”
Novas sementes de contemplação, Thomas Merton