“ Contentemo-nos em não sermos santos, ainda que compreendamos ser a santidade a única coisa para a qual vale a pena viver. Consentiremos então que Deus nos conduza à santidade por caminhos que não podemos compreender. Viajaremos na escuridão, onde não mais nos preocuparemos conosco nem faremos comparações entre nós e os outros. Os que seguiram esse caminho acabaram por descobrir que a santidade se encontra em tudo, e que Deus os envolve de todos os lados. Tendo desistido de todo desejo de competição com os outros, de repente despertam e descobrem que a alegria de Deus se encontra em toda parte, e são capazes de exultar, alegrando-se com as virtudes e a bondade dos outros, mais do que poderiam ter feito em se tratando de si próprios. Estão a tal ponto deslumbrados pelo reflexo de Deus na alma daqueles com quem convivem, que não têm mais poder algum para condenar qualquer coisa que vêem nos outros. Mesmo nos maiores pecadores conseguem ver virtudes e bondade que ninguém consegue ver. Quanto a si próprios, se ainda pensam em si, não ousam mais comparar-se aos outros. A idéia de fazê-lo tornou-se para eles fora de propósito, mas não é mais fonte de sofrimentos e lamentações; chegaram, enfim, ao ponto onde consideram sua própria insignificância como normal. Não estão mais interessados em seu eu exterior.”
New Seeds of Contemplation, de Thomas Merton.
(New Directions, New York), 1972. p. 59-60
No Brasil: Novas sementes de contemplação, (Editora Fissus, Rio de Janeiro), 2001. p. 65-66.
New Seeds of Contemplation, de Thomas Merton.
(New Directions, New York), 1972. p. 59-60
No Brasil: Novas sementes de contemplação, (Editora Fissus, Rio de Janeiro), 2001. p. 65-66.
Reflexão da semana de 28-11-2005
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