“ Há em nós um impulso que nos leva à novidade, à renovação, à liberação do poder criativo. Procuramos despertar em nós mesmos uma força que realmente mude nossas vidas de dentro para fora. Contudo, o mesmo instinto diz-nos que essa mudança é a recuperação do que temos de mais profundo, mais original, mais pessoal. Nascer de novo não é tornar-se outra pessoa, e sim tornar-nos nós mesmos.”
"Christian Humanism" in Love and Living, de Thomas Merton
Editado por Naomi Burton Stone e Patrick Hart, OCSO
(A Harvest/HBJ Book, Harcourt Brace Jovanovich, San Diego, New York, London), 1979. p. 196
No Brasil: "O humanismo cristão" in Amor e Vida, (Martins Fontes Ed., São Paulo), 2004. p. 206
Reflexão da semana de 17-07-2006
Um comentário:
"Quem sou eu?
Pergunto-me inquieto:
Serei esta, serei este?
serei isto ou aquilo?
Serei?
Olho para o espelho,
como se fosse a primeira vez.
Sou eu?
Quem sou eu?
Dizem-me:
Tu és aquilo que produzes,
és o papel que desempenhas,
és o nome que trazes,
és o que tu possuis,
Tu és...
Não, eu não sou o que produzo,
nem o papel que desempenho,
não sou o que os outros pensam.
Eu sou eu,
ouço sussurrar dentro de mim.
Continuo indagando,
continuo procurando,
até que a pergunta
chegue às margens do silêncio,
e eu sinta em minha alma o toque do mistério.
Grava-se uma voz
em meu coração:
Tu és Deus.
Ouço dizer:
"Deus se tornou humano
para que o ser humano se fizesse Deus".
E lanço-me
neste vaso divino,
para o mistéio insondável
de que Deus nasce em mim.
E o Verbo se fez carne
EM MIM."
Postar um comentário