“ A tática da não-violência é tática de amor que procura a salvação e a redenção do opositor, não seu castigo, sua humilhação e derrota. Uma pretensa não-violência que procura derrotar e humilhar o adversário por uma agressão espiritual em lugar de o atacar fisicamente é pouco mais do que a confissão de fraqueza. A verdadeira não-violência difere totalmente disso e é muito difícil. Esforça-se por operar sem ódio, sem hostilidade e sem rancor. Trabalha sem agressão, utilizando o lado bom que já pode encontrar no adversário. Pode ser fácil falar sobre isso em teoria. Na prática, não é fácil, especialmente quando o adversário está alertado em defesa amarga e violenta de uma injustiça e acredita ser justa sua atitude. Devemos assim ter cuidado com o modo pelo qual falamos de nossos opositores. Devemos ser ainda mais cuidadosos quanto à maneira como regulamos nossas desavenças com nossos colaboradores. É possível surgirem as mais amargas discussões, os ódios mais virulentos entre aqueles que devem trabalhar juntos em favor das mais nobres causas.
Conjectures of a Guilty Bystander, de Thomas Merton
(Doubleday, New York), 1966. p. 73-74
No Brasil: Reflexões de um espectador culpado, (Editora Vozes, Petrópolis), 1970. p. 100
Reflexão da semana de 15-09-2008
Um pensamento para reflexão: “Nada há nada mais próprio para arruinar e desacreditar um santo ideal do que uma guerra fratricida entre ‘santos’.”
Reflexões de um espectador culpado, Thomas Merton
2 comentários:
Devemos sempre buscar a simplicidade e a graça de Deus em todas as coisas.
OLá,
Grandes verdades!!
Abraço
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