“Não há, na vida
espiritual, desastre que se compare ao de se ver imerso na
irrealidade, pois a vida se mantém e é em nós nutrida por nossa
relação vital com as realidades que se encontram fora e acima de
nós. Quando nossa vida se nutre de irrealidade, morremos de fome.
Não há maior desgraça do que confundir essa morte estéril com a
verdadeira e frutuosa “morte”, pela qual entramos na vida.
A morte que nos dá
entrada à vida não é uma fuga à realidade, mas um dom total de
nós mesmos que inclui uma completa entrega à realidade. Começa
pela renúncia à ilusória realidade que as coisas criadas adquirem,
quando consideradas apenas em relação aos nossos egoístas
interesses particulares.”
Thoughts in Solitude, de Thomas Merton
(Farrar, Straus and Giroux Publishers, New York), 1958.
(Farrar, Straus and Giroux Publishers, New York), 1958.
No Brasil: Na liberdade da solidão, (Editora Vozes, Petrópolis), 2001. p. 17
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