19 setembro 2016

A lâmpada que deve brilhar

“Eu tinha certo receio de todas as regras religiosas como um todo, e este novo passo para o mosteiro não era algo que eu daria apressadamente. Ao contrário, minha mente estava cheia de dúvidas sobre o jejum, a clausura, as longas orações, a vida comunitária, a obediência monástica, a pobreza, etc. E havia muitos fantasmas estranhos dançando nas portas da minha imaginação, todos prontos a entrar, se eu o permitisse. Caso o permitisse, eles me mostrariam como ficaria demente no mosteiro, como minha saúde se abalaria e meu coração baquearia; eu entraria em colapso, seria reduzido a frangalhos e voltaria ao mundo qual destroço moral e físico, sem qualquer esperança. (...)
Tão logo comecei a jejuar, a recusar a mim mesmo certos prazeres e a dedicar tempo à oração, à meditação e aos outros exercícios que fazem parte da vida religiosa, descobri que superava rapidamente minha má saúde, tornava-me saudável, forte e imensamente feliz.”
A montanha dossete patamares, Thomas Merton (Ed. Vozes), 2ª Ed. 2010, pág. 237-238

Um comentário:

Anônimo disse...

Um relato que faz lembrar o Peregrino Russo!