Hoje em dia, ‘louvar’ não é coisa que custe por aí além. Tudo é louvado, desde o sabão à cerveja, da pasta de dentes às roupas, dos colutórios às estrelas de cinema e a todo tipo de aparelhagem que, assim se crê, há-de tornar-nos a vida mais cômoda. A tal ponto e com tal insistência sobem de tom os encomios, que não há quem se não sinta infartado deles. Uma vez que tudo é louvado (com tão falsos entusiasmos, como os dos locutores de rádio), forçoso é concluir que, ao fim e ao cabo, nada é louvado. O louvor converteu-se em algo vazio e desinteressante.
Sobrou algum superlativo para Deus? Não; todos foram gastos nos gêneros alimentícios, nos falsos remédios. Não ficou nenhuma palavra para exprimir a nossa adoração ao único que é Santo, ao único que é Senhor."
Rezar os Salmos
Editorial Franciscana, Portugal, pág. 13
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