“ Verdadeiro tempo de primavera — estes são os dias quando tudo muda. Brotam folhas em todas as árvores e o começo de um verde frescor do novo verão permeia as colinas. Insubstituível pureza desses dias escolhidos por Deus como seu sinal!
Mistura do celestial com a angústia. Ver subitamente o celestial, por exemplo, no branco puro das flores da macieira contra um fundo de pinheiros escuros num jardim nublado. O celestial também na canção do pássaro desconhecido que lá está de passagem, talvez apenas por estes dias, profunda e simples canção de amor. Arrebata-me esta ‘celestialidade’ como eu fosse uma criança — uma mente de criança que nada fiz por merecer e que é minha própria parte na primavera celestial. Não é deste mundo, nem por mim foi criada. Nascida, em parte, de angústia física (que, entretanto, não está realmente ali. Vai-se depressa). A percepção de que o celestial é a verdadeira natureza das coisas, não sua natureza, e sim o fato de que são um dom de amor e de liberdade.”
Mistura do celestial com a angústia. Ver subitamente o celestial, por exemplo, no branco puro das flores da macieira contra um fundo de pinheiros escuros num jardim nublado. O celestial também na canção do pássaro desconhecido que lá está de passagem, talvez apenas por estes dias, profunda e simples canção de amor. Arrebata-me esta ‘celestialidade’ como eu fosse uma criança — uma mente de criança que nada fiz por merecer e que é minha própria parte na primavera celestial. Não é deste mundo, nem por mim foi criada. Nascida, em parte, de angústia física (que, entretanto, não está realmente ali. Vai-se depressa). A percepção de que o celestial é a verdadeira natureza das coisas, não sua natureza, e sim o fato de que são um dom de amor e de liberdade.”
A Year with Thomas Merton, Daily Meditations from His Journals
Selecionado e editado por Jonathan Montaldo
(HarperSanFrancisco, A Division of HarperCollinsPublishers, New York), 2004, p. 120.
Reflexões da semana de 02-05-2005
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