“ Tenho uma profunda desconfiança de todas as respostas obrigatórias. O grande problema de nosso tempo não é formular respostas claras para questões teóricas bem apresentadas (…) A maneira de encontrar o verdadeiro “mundo” não está em apenas observar e medir o que se acha fora de nós, mas sim em descobrir o íntimo de nosso ser. Pois é aí que se encontra o mundo em primeiro lugar: no meu mais profundo eu. Mas acontece que descubro ali que o mundo é bem diferente das “respostas obrigatórias”. Essas “bases”, esse “mundo” onde estou misteriosamente presente ao mesmo tempo a mim mesmo e às liberdades de todos os homens, não é um objetivo visível e uma determinada estrutura com leis fixas e exigências. É um mistério vivo e autocriador do qual sou uma parte, e para o qual sou a única porta de acesso. Quando encontro o mundo no mais profundo do meu ser, é-me impossível ser por ele ‘alienado’.”
Contemplation in a World of Action, de Thomas Merton
(Image Books, uma divisão da Doubleday & Co., Garden City, NY), 1973. p. 168 e 170
No Brasil: Contemplação num mundo de ação, (Editora Vozes, Petrópolis), 1975. p. 152 e 154
Reflexões da semana de 9-05-2005
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