“ Embora tenhamos o poder de destruir o mundo inteiro, a vida é mais forte do que o instinto da morte. O amor é mais forte do que o ódio. Não há sentido lógico em entregar-se demasiadamente à esperança, mas, repito, não é isso uma questão de lógica, e não se procuram nos jornais sinais de esperança ou nos pronunciamentos dos líderes mundiais (nesses, raramente há algo que dê esperança, pois aquilo que pretende ser animador é, em geral, de tal maneira vazio de esperança que somos levados ao quase desespero). Porque existe amor no mundo e porque Cristo assumiu nossa natureza, permanece sempre a esperança de que o homem, finalmente, depois de cometer muitos erros e ocasionar muitos desastres, haverá de aprender a desarmar-se e promover a paz. Há de reconhecer que tem de viver em paz com seu irmão. Contudo, nunca estivemos menos dispostos a realizar tal coisa.
Conjectures of a Guilty Bystander, de Thomas Merton
(Image Books, uma divisão da Doubleday & Co., Garden City, NY), 1968. p. 214
No Brasil: Reflexões de um espectador culpado, (Editora Vozes, Petrópolis), 1970. p. 249
Reflexões da semana de 6-06-2005
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