“ Os que amam o ruído que fazem, são impacientes com o resto. Desafiam constantemente o silêncio das florestas, das montanhas e do mar. Passeiam com suas máquinas, através da floresta silenciosa, em todas as direções, cheios de medo de que um mundo calmo os acuse de vazios. A pressa da sua velocidade, sob pretexto de um fim, simula ignorar a tranqüilidade da natureza. O avião ruidoso, por sua trajetória, por seu estrondo, por sua força aparente, parece por um momento negar a realidade das nuvens e do céu. Vai-se o avião, e fica o silêncio do céu. Afasta-se ele, e a tranqüilidade das nuvens permanece. O silêncio do mundo é que é real. O nosso barulho, os nossos negócios, os nossos planos e todas as nossas fátuas explicações sobre o nosso barulho, negócios e planos, tudo isso é ilusão.”
No Man is an Island, de Thomas Merton
(Harcourt, Brace Jovanovich Inc., New York), 1983. p. 257No Man is an Island, de Thomas Merton
No Brasil: Homem algum é uma ilha, (Verus Editora, Campinas), 2003. p. 216
Reflexão da semana de 4-07-2005
Um comentário:
Todas as nossas angústias provém destes barulhos! Concordo com Thomas! O que está havendo com as novas formas de evangelização? Porque tbm a Igreja tem tomado o rumo do barulho? Ando confusa e angustiada com isso.
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