
“ No último dia de janeiro de 1915, no signo de Aquário, num ano de grande guerra, debaixo das sombras de certas montanhas francesas na fronteira com a Espanha, nasci para o mundo. Livre por natureza, à imagem de Deus, era no entanto prisioneiro da minha própria violência e do meu próprio egoísmo, à imagem do mundo em que nasci.
(…)

Meu pai pintava como Cézanne e captava a paisagem do sul da França como a captava Cézanne. (…) Meu pai era um ótimo artista.”
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Eu herdei de meu pai seu modo de ver as coisas e um pouco de sua integridade, de minha mãe herdei o descontentamento pelas enrascadas em que o mundo se meteu e um pouco de sua versatilidade. Recebi de ambos a capacidade de trabalhar, visão, prazer e expressão que poderiam ter feito de mim uma espécie de rei, se os padrões de que vivia o mundo fossem legítimos.”