“ A vida contemplativa deve oferecer uma área, um espaço de liberdade, de silêncio possam vir à tona e novas escolhas – além daquelas habituais – possam se manifestar. Ela deve criar uma nova consciência de tempo, não no sentido de uma substituição da imobilidade mas como um temps vierge*. Não como um vazio a preencher ou um espaço intocado a conquistar e violar, mas um espaço onde se possa usufruir das próprias potencialidades e anseios e da presença de si mesmo. O tempo da pessoa. Não porém ocupado pelo próprio ego com suas exigências, mas aberto aos outros – um tempo compassivo, tendo ao fundo a consciência da ilusão comum e a crítica desta.”
The Asian Journal of Thomas Merton(*) “Temps vierge” – em francês no original – literalmente, “tempo virgem”, cf. em Conjecturas de um expectador culpado. Merton usou o termo para descrever “os primeiros chilreios dos pássaros despertando” na madrugada, junto ao mosteiro em Kentucky. “Começam a falar com Ele, não com um canto fluente, mas com uma pergunta que desperta e é seu estado-madrugada, seu estado no “ponto virgem”. A condição deles indaga se é tempo de “ser” para eles. E Ele responde “sim”. Então, um por um, eles despertam e tornam-se pássaros.”
(New Directions Publishing Corp. New York), 1975 p. 117, 177.
No Brasil: O Diário da Ásia de Thomas Merton, (Ed. Vega, Belo Horizonte), 1978, p.89 e 136.
Reflexão da semana de 19-06-2006
2 comentários:
Agradeço a todos os que estão empenhados em nos fornecer este oasis que é a chegada de mais um email com as Reflexões. Traz uma mensagem reconfortante durante o dia-a-dia mundano em que me encontro. Que Deus os abençoe.
Maravilhoso!
Postar um comentário