“ O que é que torna a vida do homem ‘divina’? Com certeza, se essa qualidade especial o caracteriza, ela deve ser, em certo sentido, reconhecível. A vida ‘divina’ caracteriza-se, de fato, por uma fé que liberta o homem de todas as formas de servidão, até, e talvez especialmente, em questões religiosas (ver Gálatas passim). Essa fé o coloca sob a orientação direta do Espírito Santo de amor que vive na Igreja de Deus. O homem ‘divino’, ou ‘o filho de Deus’, é então paradoxalmente marcado por grande humildade e modéstia. Não é violento, mas clemente e bondoso (Mt 5, 43-48), livre de qualquer necessidade de auto-afirmação agressiva. Não se aflige com as próprias necessidades, mas confia plenamente em Deus para tudo (Mt 6,19-34). O homem que leva uma vida ‘divina’ é, portanto, filho perfeito de Deus à imitação de Cristo que, em todas as coisas, considerava apenas a vontade e o amor de Seu Pai. O homem divino vive em contato constante com a fonte interior da vida divina ou, como teria dito Mestre Eckhart, com ‘o nascimento divino dentro de nós’.”
Love and Living, de Thomas Merton
Editado por Naomi Burton Stone e Patrick Hart, OCSO
(Farrar, Straus and Giroux, New York) 1979, p. 108-109
No Brasil: Amor e Vida, (Martins Fontes Editora, São Paulo), 2.004. p. 115-116
Reflexão da semana de 09-02-2009
Um pensamento para reflexão: “‘Graça divina’ é, então, o dom da imagem de Deus em uma criatura que é amada por Deus como Seu filho. ”
Amor e Vida, Thomas Merton
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