“Só sei que aqui estou, e que o vale está muito silencioso, o sol está se pondo, não há um único ser humano à vista e, à medida que o escuro toma conta, eu poderia me tornar uma pessoa completamente esquecida, como se não existisse para o mundo. (Embora haja alguém que se lembra e de quem me lembro.) Poderia muito bem chegar um dia em que eu fosse invisível como se nunca tivesse existido, embora vivesse aqui no alto deste monte... E sei que ficaria perfeitamente satisfeito assim.
Quem pode saber alguma coisa sobre solidão se não tiver amado, e amado em sua solidão? O amor e a solidão precisam testar um ao outro no homem que tem a intenção de viver só: devem tornar-se uma só coisa nele, se não ele será apenas meia pessoa. Se eu não te tiver sempre comigo, de modo muito silencioso e perfeito, nunca serei capaz de viver sozinho de modo fecundo.”
Learning to Love, Journals Volume 6, de Thomas Merton.
Editado por Christine M. Bochen
(HarperSanFrancisco, San Francisco) 1997, p. 314-315.
Reflexão da semana de 24-08-2009
Um pensamento para reflexão: “Estás vendo como te tornaste necessária para mim? Não posso nem ser eremita sem ti!”
Learning to Love, Thomas Merton
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