O que é a “graça”? É a própria vida de Deus compartilhada por nós. A vida de Deus é amor. Deus caritas est. Pela graça somos capazes de partilhar do amor infinitamente generoso daquele que é tão pura realidade que não precisa de nada e, por isso, não pode concebivelmente explorar nada para fins egoístas. De fato, fora dele não existe nada, e tudo o que existe só existe pelo dom gratuito que Deus lhe faz da existência, de modo que um conceito absolutamente contraditório com a perfeição de Deus é o egoísmo. É metafisicamente impossível para Deus ser egoísta, porque a existência de tudo o que é depende de seu dom, de sua liberdade.
Quando um raio de luz incide sobre um cristal, ele dá nova qualidade ao cristal. E quando o amor infinitamente desinteressado de Deus atinge a alma humana, a mesma coisa acontece. E esta é a vida chamada de graça santificante.
Quando um raio de luz incide sobre um cristal, ele dá nova qualidade ao cristal. E quando o amor infinitamente desinteressado de Deus atinge a alma humana, a mesma coisa acontece. E esta é a vida chamada de graça santificante.
The Seven Storey Mountain, de Thomas Merton
(Harcourt, Brace, New York), 1948
No Brasil: A montanha dos sete patamares, (Editora Vozes, Petrópolis), 2005, p. 155 e 156
Nenhum comentário:
Postar um comentário