“A simples tomada de consciência da própria infelicidade não é salvação: pode ser uma oportunidade de salvação, ou pode ser a porta para um buraco mais fundo no inferno, e eu tinha que descer mais fundo do que julgava. Mas agora pelo menos eu me dava conta de onde estava, e começava a tentar uma saída.
Algumas pessoas podem pensar que a Providência foi muito caprichosa e cruel comigo, permitindo que eu escolhesse os meios que escolhi para salvar minha alma. Mas a Providência, que é o amor de Deus, é muito sábia em afastar-se da vontade própria dos homens, nada tendo a ver com eles e deixando-os entregues a seus próprios desígnios, durante o tempo em que pretendem governar a si mesmos, para mostrar-lhes a profundidade da futilidade e aflição a que seu desamparo é capaz de arrastá-los.”
The Seven Storey Mountain, de Thomas Merton
(Harcourt, Brace, New York), 1948
No Brasil: A montanha dos sete patamares, (Editora Vozes, Petrópolis), 2005, p. 114
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