19 fevereiro 2019

A base do prisioneiro

No último dia de janeiro de 1915, sob o signo de Aquários, em tempo duma grande guerra, acolá debaixo das sombras de certa montanha francesa rente à fronteira de Espanha, foi que vim ao mundo. Conquanto livre por natureza e segundo a imagem de Deus, contudo me tornei prisioneiro da minha própria violência e do meu próprio egoísmo, segundo a imagem do mundo em que nasci. Tal mundo era bem a imagem do Inferno, cheio de homens como eu, amando Deus e no entretanto detestando-O, tendo nascido para amá-Lo, mas ao invés disso vivendo no medo e no torvelinho de anseios contraditórios.

(Petra, 2018) pág. 13

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