Essa afirmação parece muito óbvia à primeira vista. Parece dizer tudo o que é essencial sobre a morte. Todavia, declarar meramente que, quando um ser vivo cessa de viver, ele "morre", talvez seja não dizer nada de importante. Ao refletir sobre implicações de "vida" e "morte" e o "fim da vida" tornamos desagradavelmente conscientes de que fazer afirmações puramente casuais sobre essas realidades - uma afirmação que acaba não dizendo "nada de importante" - é um abuso frívolo da fala. Revela uma incapacidade de enfrentar a realidade da vida, da morte e do fim da vida. A morte é tratada com frivolidade porque a própria vida é tratada com frivolidade.
Amor e vida
(Martins Fontes, 2004) pág. 103-104
(Martins Fontes, 2004) pág. 103-104
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