“ Temos de começar por admitir, francamente, que o primeiro lugar para procurar o mundo não é fora de nós, mas dentro de nós mesmos. Nós somos o mundo. No mais profundo de nosso ser, permanecemos em contato metafísico com toda a a criação da qual somos apenas pequenas partes. Por meio de nossos sentidos e de nossas mentes, de nossos amores, necessidades e desejos, estamos envolvidos, sem possibilidade de evasão, neste mundo de matéria e de homens, de coisas e pessoas, que não só nos afetam e mudam nossas vidas, mas também são afetados e transformados por nós. No momento em que nos sentamos à mesa e colocamos um pedaço de pão na boca, vemos que estamos no mundo e só podemos estar nele até o dia em que morrermos. A questão, portanto, não é especular sobre como entrar em contato com o mundo — como se estivéssemos de alguma forma no espaço sideral —, mas como validar nosso relacionamento, dar-lhe um significado plenamente justo e humano, e torná-lo realmente produtivo e de valor para o nosso mundo.”
Love and Living, de Thomas Merton
Editado por Naomi Burton Stone e Patrick Hart, OCSO
(A Harvest/HBJ Book, Harcourt Brace Jovanovich, San Diego, New York, London), 1985. p. 120
No Brasil: Amor e Vida, (Martins Fontes Editora, São Paulo), 2004. p. 127
Reflexão da semana de 13-03-2006
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