“ Existem crimes que ninguém consentiria em cometer como indivíduo, e que o homem comete de bom grado e com audácia quando age em nome da sociedade a que pertence, porque foi (com demasiada facilidade) convencido de que o mal é totalmente diferente quando cometido “para o bem comum”. Como exemplo, poderíamos apontar o fato de o ódio e até a perseguição racista serem admitidos por pessoas que se consideram, e talvez em certo sentido o sejam, boas, tolerantes, civilizadas e até humanas. No entanto, essas pessoas adquiriram uma peculiar deformidade de consciência como resultado de sua identificação com o grupo e sua imersão na sociedade de que fazem parte. Essa deformação é o preço que pagam para poderem esquecer-se da solidão que lhes parece um demônio e poder exorcizá-la.”
Disputed Questions, de Thomas Merton
(Harcourt Brace Jovanovich, Publishers, New York), 1960. p. 183
No Brasil: Questões abertas, (AGIR, Rio de Janeiro), 1963. p. 205
Reflexão da semana de 8-05-2006
3 comentários:
Só se lembrar do nazismo. Tudo para o bem do coletivo. Veja no que deu.
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