“Para o ‘homem antigo’, tudo é velho: ele já viu, ou acha que viu, tudo. Perdeu a esperança em qualquer coisa nova. O que lhe agrada é o ‘velho’ ao qual se agarra, temendo perdê-lo, embora não sinta-se feliz com isso. E assim se mantém ‘antigo’ sem poder mudar, porque não está aberto a novidade alguma. Sua vida é estagnada e fútil…
Para o ‘homem novo’, tudo é novo. Mesmo o antigo se transfigura no Espírito Santo e é sempre novo. Nada há a que se agarrar, nada há que esperar, porque o que já passou não mais existe.O homem novo é aquele que pode achar realidade onde ela não pode ser vista com os olhos da carne — onde ainda não está —, realidade que é criada no momento em que ele a vê. Que não existiria (ao menos para ele) se ele não a visse.
O homem novo vive num mundo que está sempre sendo criado e renovado. Vive no reino da renovação e da criação. Vive a vida.
O homem antigo vive sem vida. Vive na Morte e agarra-se ao que morreu exatamente por ele se agarrar a isso. Sua luta é desditosa e não pode ser um substituto da vida.
Pensei sobre estas coisas hoje após a [santa] comunhão quando, de repente, me dei conta de que, por muito tempo, eu perdera profundamente a esperança em “algo novo”. Que tolice, pois, na verdade, o novo sempre está presente.” [18 de março de 1959]
Para o ‘homem novo’, tudo é novo. Mesmo o antigo se transfigura no Espírito Santo e é sempre novo. Nada há a que se agarrar, nada há que esperar, porque o que já passou não mais existe.O homem novo é aquele que pode achar realidade onde ela não pode ser vista com os olhos da carne — onde ainda não está —, realidade que é criada no momento em que ele a vê. Que não existiria (ao menos para ele) se ele não a visse.
O homem novo vive num mundo que está sempre sendo criado e renovado. Vive no reino da renovação e da criação. Vive a vida.
O homem antigo vive sem vida. Vive na Morte e agarra-se ao que morreu exatamente por ele se agarrar a isso. Sua luta é desditosa e não pode ser um substituto da vida.
Pensei sobre estas coisas hoje após a [santa] comunhão quando, de repente, me dei conta de que, por muito tempo, eu perdera profundamente a esperança em “algo novo”. Que tolice, pois, na verdade, o novo sempre está presente.” [18 de março de 1959]
A Search for Solitude — Journals, Volume 3, de Thomas Merton
Editado por Lawrence S. Cunningham
(HarperSanFrancisco, San Francisco), 1997, p. 268-269
Reflexão da semana de 08-01-2007
Um pensamento a relembrar: “O que nos resta a fazer além de manter-nos tranqüilos e em paz na encantadora maravilha da misericórdia de Deus para conosco? Ela se derrama nesta folha de papel mais silenciosa do que o sol da manhã e, então, sei que todas as coisas, sem o Seu amor, são inúteis, e que, em Seu amor, nada tendo, posso tudo possuir.”
A Search for Solitude, Thomas Merton
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