“ Embora haja mais de um modo de preservar a liberdade dos filhos de Deus, a maneira à qual fui chamado é a da vida monástica.
A visão de Paulo sobre os ‘elementos’ e as ‘potestades do ar’ foi formulada na linguagem da cosmologia de seu tempo. Traduzida na linguagem de nossa própria época, eu diria que essas misteriosas realidades devem ser procuradas onde menos as esperamos, não no que é distante e misterioso, e sim no que é mais familiar, no que está ao alcance da mão, no que esbarramos o dia inteiro – no que fala ou canta ao nosso ouvido e praticamente pensa por nós. As ‘potestades’ e ‘elementos’ são precisamente o que se interpõe entre o mundo e Cristo. São eles que barram o caminho da reconciliação. São eles que, influenciando todo o nosso pensamento e comportamento de tantas maneiras insuspeitadas, fazem-nos tender a decidir pelo mundo e contra Cristo, impossibilitando assim a reconciliação.
Claramente, as ‘potestades’ e os ‘elementos’, que na época de Paulo dominavam a mente dos homens por intermédio da religião pagã ou do legalismo religioso, hoje nos dominam na confusão e na ambigüidade da Babel de línguas que chamamos de sociedade de massas. É claro que não condeno tudo nos meios de comunicação de massas. Mas como parar para distinguir a verdade da meia-verdade, o acontecimento do pseudo-acontecimento, a realidade da imagem fabricada? É nesta confusão de imagens e mitos, superstições e ideologias que as ‘potestades do ar’ governam o nosso pensamento – até o nosso pensamento sobre religião! Como evitar a ilusão e a confusão se não houver perspectiva crítica, observação distanciada, tempo para fazer as perguntas pertinentes?”
Faith and Violence: Christian Teaching and Christian Practice, de Thomas Merton
(University of Notre Dame Press, Notre Dame, Indiana) 1968, p. 150.
A visão de Paulo sobre os ‘elementos’ e as ‘potestades do ar’ foi formulada na linguagem da cosmologia de seu tempo. Traduzida na linguagem de nossa própria época, eu diria que essas misteriosas realidades devem ser procuradas onde menos as esperamos, não no que é distante e misterioso, e sim no que é mais familiar, no que está ao alcance da mão, no que esbarramos o dia inteiro – no que fala ou canta ao nosso ouvido e praticamente pensa por nós. As ‘potestades’ e ‘elementos’ são precisamente o que se interpõe entre o mundo e Cristo. São eles que barram o caminho da reconciliação. São eles que, influenciando todo o nosso pensamento e comportamento de tantas maneiras insuspeitadas, fazem-nos tender a decidir pelo mundo e contra Cristo, impossibilitando assim a reconciliação.
Claramente, as ‘potestades’ e os ‘elementos’, que na época de Paulo dominavam a mente dos homens por intermédio da religião pagã ou do legalismo religioso, hoje nos dominam na confusão e na ambigüidade da Babel de línguas que chamamos de sociedade de massas. É claro que não condeno tudo nos meios de comunicação de massas. Mas como parar para distinguir a verdade da meia-verdade, o acontecimento do pseudo-acontecimento, a realidade da imagem fabricada? É nesta confusão de imagens e mitos, superstições e ideologias que as ‘potestades do ar’ governam o nosso pensamento – até o nosso pensamento sobre religião! Como evitar a ilusão e a confusão se não houver perspectiva crítica, observação distanciada, tempo para fazer as perguntas pertinentes?”
Faith and Violence: Christian Teaching and Christian Practice, de Thomas Merton
(University of Notre Dame Press, Notre Dame, Indiana) 1968, p. 150.
Reflexão da semana de 18-06-2007
Um pensamento para reflexão: “Alguém precisa tentar manter a mente livre de ruído e preservar a solidão e o silêncio interiores que são essenciais para o pensamento independente.”
Faith and Violence, Thomas Merton
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