10 setembro 2007

Minha oração é a oração da Igreja

“ A verdadeira dificuldade em definir a consciência cristã é que esta não é nem coletiva nem individual. É pessoal, e é uma comunhão de santos.

Do ponto de vista da oração, quando digo consciência estou falando da que é mais profunda do que a consciência moral. Quando rezo, não estou mais falando com Deus nem comigo amado por Deus. Quando rezo, a Igreja reza em mim. Minha oração é a oração da Igreja.

Isto não se aplica apenas à liturgia: aplica-se também à oração particular, porque sou membro de Cristo. Para rezar de forma válida e profunda, tem de ser com a consciência de mim como sendo mais do que apenas eu mesmo quando rezo. Em outras palavras, não sou só um indivíduo quando rezo, e não sou apenas um indivíduo com graça quando rezo. Quando rezo, sou, em certo sentido, todo mundo. A mente que reza em mim é mais do que minha própria mente; e os pensamentos que me vêm são mais do que os meus próprios pensamentos porque, quando rezo, esta consciência profunda é um lugar de encontro entre eu e Deus, e do amor comum de todos. É a vontade e o amor comuns da Igreja encontrando-se com a minha vontade e a vontade de Deus na minha consciência quando rezo.”

Thomas Merton in Alaska, de Thomas Merton
(New Directions Press, New York),1988, p. 134-135
Reflexão da semana de 10-09-2007

Um pensamento para reflexão: “Encontro-me com outras pessoas não só no contato externo com elas, mas também nas profundezas do meu coração. Em certo sentido, sou mais um com outras pessoas no que há de mais secreto em meu coração do que quando me relaciono externamente com elas.”
Thomas Merton in Alaska, Thomas Merton

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