“ Ao ler Chuang Tzu, pergunto-me seriamente se a resposta mais sábia (no plano humano, fora a resposta de fé) não está além da ética e da política. É uma resposta oculta; desafia a análise e não pode ser incorporada a um programa. Ética e política, é claro: mas só de passagem, só como ‘pouso para uma noite’. Há um tempo para a ação, um tempo para o ‘compromisso’, mas nunca para o envolvimento total nos meandros de um movimento. Há um tempo de inocência e kairòs, quando a ação faz muitíssimo sentido. Mas quem pode reconhecer esses momentos? Não aquele que está desbordado por uma série de programas. E quando toda ação se torna absurda, será que devemos continuar a agir simplesmente porque uma vez, muito tempo atrás, fazia muitíssimo sentido? Como se estivéssemos sempre indo para algum lugar? Há um tempo para ouvir, na vida ativa como em tudo o mais, e a maior parte da ação consiste em esperar, sem saber o que vem depois e sem ter uma resposta pronta.”
Conjectures of a Guilty Bystander, de Thomas Merton
(Doubleday, New York), 1966. p. 173
No Brasil: Reflexões de um espectador culpado, (Editora Vozes, Petrópolis), 1970. p. 200
Reflexão da semana de 03-09-2007
Um pensamento para reflexão: “Um postulante que chegou ao fim da linha e quer ir embora, mas que foi dissuadido (não por mim), fica na biblioteca do noviciado folheando um livro chamado Relaxe e Viva. Mais cedo ou mais tarde acaba sendo isto.”
Reflexões de um espectador culpado, Thomas Merton
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