27 agosto 2007

O imenso alívio

[Merton começa a viver em tempo integral em seu eremitério a partir de 20 de agosto de 1965, dia da festa de São Bernardo de Claraval, o Doutor da Igreja cisterciense. No dia 12 de agosto de 1965, escreve este trecho em seu diário:]

“ Esta manhã - cinza, frescor, paz . A inquestionável constatação de como isto é certo, porque vem de Deus e é Sua obra. Tanto poderia ser dito! O que é imediatamente perceptível é o imenso alívio, o fardo da ambigüidade foi retirado e estou sem preocupação - sem a ansiedade de ser tironeado entre meu trabalho e minha vocação . Sinto-me como se todo o meu ser fosse um ato de gratidão - até minhas entranhas estão relaxadas e em paz após uma boa meditação e um longo estudo de Ireneu. Os bosques ao redor estalam com a guerra de guerrilha – os caçadores chegaram para a temporada de esquilos (como se restasse algum esquilo!). Nem esse ritual idiota me impacienta. A seu modo louco, eles também amam o bosque: mas eu gostaria que seu modo fosse menos destrutivo e menos mentiroso. ”

Dancing in the Water of Life . Diários, Volume 5, de Thomas Merton
Robert E. Daggy, editor.
(HarperSanFrancisco, São Francisco), 1997 p. 283
Reflexão da semana de 27-08-2007

Um pensamento para reflexão
: “A bênção da primavera sob os altos pinheiros, no frescor da manhãzinha, atrás do eremitério. A bênção de serrar madeira, cortar mato, limpar a casa, lavar os pratos. A bênção de uma meditação silenciosa, alerta, concentrada, plenamente ‘presente’. A bênção da presença e da condução de Deus.”
Dancing in the Water of Life, Thomas Merton

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