“ Eu não tive escolha em relação à época em que viveria, mas posso, contudo, escolher minha atitude, bem como a maneira e a proporção como vou participar dos acontecimentos vivos que nela se desenrolam. Escolher o mundo não é, portanto, apenas a admissão piedosa de que o mundo é aceitável porque vem das mãos de Deus. Trata-se, em primeiro lugar, da aceitação de uma tarefa e de uma vocação no mundo, na história e no tempo. No meu tempo, que é o presente. Escolher o mundo é escolher fazer o trabalho de que sou capaz, em colaboração com meu irmão e minha irmã, para tornar o mundo melhor, mais livre, mais justo, mais habitável, mais humano. E agora se tornou totalmente óbvio que a mera "rejeição automática do mundo" e "desprezo pelo mundo" não é, na verdade, uma escolha, mas uma fuga da escolha. A pessoa que pretende poder dar as costas a Auschwitz ou ao Vietnã e age como se eles não existissem, está simplesmente blefando.”
Contemplation in a World of Action, de Thomas Merton
Contemplation in a World of Action, de Thomas Merton
(Doubleday & Co., Garden City, NY), 1973. p. 164 - 165
No Brasil: Contemplação num mundo de ação, (Editora Vozes, Petrópolis), 1975. p. 149
Reflexão da semana de 28-04-2008
Um pensamento para reflexão: “O grande problema do nosso tempo não é formular respostas claras para questões teóricas bem definidas, mas enfrentar a alienação auto-destrutiva do homem em uma sociedade dedicada, em tese, a valores humanos e, na prática, à busca do poder pelo poder.”
Contemplação num mundo de ação, Thomas Merton
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