“O homem maduro compreende que a vida afirma-se melhor não ao se adquirir coisas para si, mas ao doarem-se tempo, esforços, força, inteligência e amor a outros. Aqui começa a aparecer um tipo diferente de dialética entre vida e morte. Com o ‘fim’ de sua inclinação para a auto-satisfação e a sua reorientação em direção e para os outros, o impulso de vida, a satisfação vital transcende-se a si mesma. ‘Morre’ no que diz respeito ao ego, pois o eu é privado das satisfações imediatas que poderia reivindicar sem ser contestado. Agora renuncia a essas coisas a fim de dar a outros. Portanto, a vida ‘morre’ para si mesma no intuito de se dar e, assim, afirma-se com mais maturidade, mais fertilidade e mais plenitude. Vivemos para morrer para nós mesmos e dar tudo a outros... Esse ‘morrer’ para si mesmo a fim de dar a outros é nada mais nada menos do que uma afirmação superior e mais especial da vida. Esse morrer é fruto da vida, prova de um viver maduro e produtivo. É, de fato, a finalidade ou a meta da vida.”
Love and Living, de Thomas Merton
Editado por Naomi Burton Stone e Patrick Hart, OCSO
(Farrar, Straus and Giroux, New York) 1979, p. 102
No Brasil: Amor e Vida, (Martins Fontes Editora, São Paulo), 2.004. p. 109
Reflexão da semana de 13-04-2009
Um pensamento para reflexão: “A morte é, então, o ponto no qual a vida pode atingir sua realização pura. A morte leva a vida à sua meta. Mas a meta não é a morte – a meta é a vida perfeita.”
Amor e Vida, Thomas Merton
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