“A contemplação genuína não implica tensão. Não há razão alguma para que afete os nervos de quem a pratica: ao contrário, os relaxa. (…) Não há pressão na verdadeira contemplação, pois, quando o dom é verdadeiro, não dependemos dele; não somos escravizados pela ‘necessidade’ de vivenciar alguma coisa. O contemplativo não busca confirmação da confiança em si mesmo, em sua virtude, em seu estado, em sua ‘oração’. Sua confiança está em Deus, não em si mesmo. A paz e o ‘repouso’ da contemplação são frutos de uma fé viva na ação da graça divina. O contemplativo é capaz de abandonar a si mesmo e a tudo mais por saber que tudo o que realmente importa em sua vida está nas mãos de Deus; por saber que não tem de ‘pensar no amanhã’. Percebe plenamente a mensagem de salvação do Evangelho é pela graça de Deus, não depende do engenho humano.”
The Inner Experience, de Thomas Merton
Editado por William H. Shannon
(HarperSanFrancisco, San Francisco) 2003, p. 113
No Brasil: A Experiência Interior, (Martins Fontes Editora, São Paulo), 2007. p. 163.
Reflexão da semana de 27-04-2009
Um pensamento para reflexão: “A contemplação não dá as costas à realidade nem foge dela; vê através do ser superficial e vai além deste. Isto implica aceitar plenamente as coisas tais como elas são e avaliá-las de forma saudável.”
A Experiência Interior, Thomas Merton
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