“Na verdade, o que muitos não entendem até ser tarde demais é que quanto mais você tenta evitar o sofrimento, mais você sofre, porque coisas pequenas e insignificantes começam a torturá-lo na proporção de seu medo de ser ferido. Aquele que mais se esforça para evitar o sofrimento é, afinal, o que mais sofre, e seu sofrimento vem de coisas tão pequenas e triviais que se pode dizer que já não é de forma nenhuma objetivo. É sua própria existência, seu próprio ser o sujeito e a fonte de sua dor, e sua existência e sua consciência serão sua maior tortura.”
The Seven Storey Mountain, de Thomas Merton
(Harcourt, Brace, New York), 1948
No Brasil: A montanha dos sete patamares, (Editora Vozes, Petrópolis), 2005, p. 79
Um comentário:
Muito interessante a afinidade entre a reflexão de Merton a respeito da subjetividade do sofrimento, da recusa a ele tornando-o mais intenso, e aquilo que nos ensina Gautama Buddha a respeito da rejeição à dor como uma forma de apego, de aprisionamento aos desejos.
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