"Eu imaginava que era livre. Levou cinco ou seis anos para descobrir em que terrível cativeiro em havia entrado. Foi também neste ano que a dura crosta de minha alma ressequida espremeu para fora os últimos resquícios de religião que ainda estavam dentro de mim. Não havia espaço para nenhum Deus naquele templo vazio, cheio de poeira e entulho que eu agora fechava ciosamente contra qualquer intruso, para dedicá-lo ao culto de minha própria e estúpida vontade.
E assim me tornei um homem completo do século XX. Fazia parte agora do mundo em que vivia. Tornei-me um cidadão autêntico do meu repugnante século: o século do gás venenoso e das bombas atômicas. Um homem vivendo no limiar do apocalipse, um homem com veias repletas de veneno, vivendo na morte."
E assim me tornei um homem completo do século XX. Fazia parte agora do mundo em que vivia. Tornei-me um cidadão autêntico do meu repugnante século: o século do gás venenoso e das bombas atômicas. Um homem vivendo no limiar do apocalipse, um homem com veias repletas de veneno, vivendo na morte."
The Seven Storey Mountain, de Thomas Merton
(Harcourt, Brace, New York), 1948
No Brasil: A montanha dos sete patamares, (Editora Vozes, Petrópolis), 2005, p. 81
Um comentário:
Coninuamos a viver no limiar do apocalipse...sentimo-nos por inteiro nas mãos de forças que desconhecemos...só o abandono total nas mãos do Pai nos sossega...
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