27 fevereiro 2006

O sentido da vida revelado no amor

“ O amor é o nosso verdadeiro destino. Não encontramos o sentido da vida sozinhos, e sim com outro. Não descobrimos o segredo de nossas vidas apenas por meio de estudo e de cálculo em nossas meditações isoladas. O sentido de nossa vida é um segredo que nos tem de ser revelado no amor, por aquele que amamos. E, se esse amor for irreal, o segredo não será encontrado, o sentido jamais se revelará, a mensagem jamais será decodificada. No melhor dos casos, receberemos uma mensagem embaralhada e parcial, que nos enganará e confundirá. Só seremos plenamente reais quando nos permitir-nos amar — seja uma pessoa humana ou Deus.”

Love and Living, de Thomas Merton
Editado por Naomi Burton Stone e Patrick Hart, OCSO
(A Harvest/HBJ Book, Harcourt Brace Jovanovich, San Diego, New York, London), 1985. p. 27

No Brasil: Amor e Vida, (Martins Fontes Editora, São Paulo), 2004. p. 28
Reflexão da semana de 27-02-2006

3 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...

Anônima SF
Solicitei a retirada do meu comentário, porque falar sobre AMOR, MEDITAÇÃO E CONTEMPLAÇÃO, exige uma seriedade diante de Deus, de nós mesmos e do leitor.
Escolhi, portanto, algumas citações harmoniosas com THOMAS MERTON:
Do Cap. à Abadia de Scourmont, Bélgica - OCSO , este esclarecimento: " Há vários séculos, distinguem-se entre as diversas formas de vida religiosa, a vida ativa, a contemplativa e a mista". Cada qual com sua perspectiva, mas, na unidade do Amor com Deus!
Dom Jean Leclerc, (1) in: "Collectanea Cisterciensia.1965,pp.108-120, diz que "a vida monástica é uma vida contemplativa", e quanto à oração e o planejamento diário da vida num Mosteiro é simplesmente ter uma “CONSCIÊNCIA AMANTE DA PRESENÇA DE DEUS".(1)
Nós que estamos na rotina diária, sem os vínculos monásticos, também podemos desenvolver essa mesma atitude. É aí que entra a reflexão:“O AMOR É O NOSSO VERDADEIRO DESTINO”
Cada esfriamento no meu relacionamento com Deus, percebo a a necessidade de melhorar a qualidade de amor e a solução em “CONSERVAR UMA COMUNHÃO CONTEMPLATIVA COM DEUS DURANTE MEU TRABALHO” (2), na “ PREPARAÇÃO À ORAÇÃO” (2), na freqüencia à“ LITURGIA ” (2), e principalmente tendo uma constante “ MEMORIA DEI ” (2). Podemos levar para nossa vida comum, adaptando a virtude da vida monástica para nossos roteiros, ao ler que “ O ESSENCIAL É QUE TODA NOSSA ATIVIDADE SEJA ENRAIZADA NUMA ORAÇÃO CONTEMPLATIVA, REALIZADA NUM CLIMA E NUM ESPÍRITO DE ORAÇÃO, E NOS LEVE SEM CESSAR A ELA.” Essas palavras de Dom Armand Veilleux, OCSO (2), levam-nos a estabelecer a relação com a vida de THOMAS MERTON quando diz que “ O AMOR É O NOSSO VERDADEIRO DESTINO.”
E a contemplação nisso tudo, ajuda imensamente o AMOR!
Anônima SF

O Velho da Montanha disse...

"Minha simples condição humana já deveria ser deleite e alegria eternos" (TM em seus diarios)

Achei muito confuso o que a pessoa de cima escreveu (ou transcreveu!). Para "desconfusar", peguei um trecho de Merton na intimidade para por neste comentario. Ora, o sentido da nossa vida só é entendido quando olhamos para Aquele que primeiro nos entendeu, ou melhor, nos concebeu. Descobrir-se como uma criatura proveniente das mãos de Deus já é um grande salto. Agora, sentir-se "um" com o Uno, ah, isso ja é o céu; é o que vejo neste lampejo que fez Merton escrever o trechinho acima.
Sei não, diante disso prefiro nao falar mais nada.

Cristovao Junior
www.merton.cjb.net