[A Voz de Deus foi ouvida no Paraíso:]
“ Sempre protegi Jonas com Minha misericórdia, e não sei absolutamente o que é a crueldade. Viste-me alguma vez, Jonas, filho meu? Misericórdia dentro de misericórdia dentro de misericórdia. Perdoei o universo sem-fim, porque nunca conheci o pecado.
O que era pobre tornou-se infinito. O que é infinito nunca foi pobre. Sempre considerei a pobreza como infinita: não amo absolutamente as riquezas. Prisões dentro de prisões dentro de prisões. Não construais para vós êxtases sobre a terra, onde tempo e espaço corrompem, onde os minutos invadem e furtam. Não te prendas mais ao tempo, Jonas, filho meu, para que os rios não te carreguem.
O que era frágil tornou-se poderoso. Amei o que era mais frágil. Olhei para o que nada era. Toquei o que era sem substância e, dentro do que não era, sou.”
“ Sempre protegi Jonas com Minha misericórdia, e não sei absolutamente o que é a crueldade. Viste-me alguma vez, Jonas, filho meu? Misericórdia dentro de misericórdia dentro de misericórdia. Perdoei o universo sem-fim, porque nunca conheci o pecado.
O que era pobre tornou-se infinito. O que é infinito nunca foi pobre. Sempre considerei a pobreza como infinita: não amo absolutamente as riquezas. Prisões dentro de prisões dentro de prisões. Não construais para vós êxtases sobre a terra, onde tempo e espaço corrompem, onde os minutos invadem e furtam. Não te prendas mais ao tempo, Jonas, filho meu, para que os rios não te carreguem.
O que era frágil tornou-se poderoso. Amei o que era mais frágil. Olhei para o que nada era. Toquei o que era sem substância e, dentro do que não era, sou.”
The Sign of Jonas, de Thomas Merton
(Harcourt, Brace and Company, New York), 1953 p. 362
No Brasil: O Signo de Jonas, (Editora Mérito, São Paulo - Rio de Janeiro), 1954, p. 409-410
Reflexão da semana de 08-12-2008
Um pensamento para reflexão*: “ Senhora, quando naquela noite deixei a Ilha que outrora foi tua Inglaterra, teu amor veio comigo, embora eu não soubesse nem conseguisse me dar conta disso. E era teu amor, tua intercessão por mim, perante Deus, que estava aplacando os mares diante do navio, abrindo meu caminho para outro país.
Eu não sabia ao certo para onde ia, nem podia prever o que faria quando chegasse a Nova York. Mas vias mais longe e mais claro do que eu, e abriste os mares diante do meu navio, cujo trajeto levou-me, cortando as águas, a um lugar com o qual eu jamais sonhara e que, todavia, já estavas preparando para ser minha salvação, meu abrigo, meu lar. Enquanto eu achava que não havia Deus, nem amor, nem misericórdia, me conduzias o tempo todo para o meio do Seu amor e da sua misericórdia e, sem que eu nada soubesse, me levavas para a casa que me ocultaria no segredo da Sua Face.”
A Montanha dos Sete Patamares, Thomas Merton
*Um trecho de uma oração de Merton à Mãe de Deus na data da solenidade de sua Imaculada Conceição, rememorando sua partida da Inglaterra, pela última vez, para viver nos Estados Unidos, estudar na Universidade de Columbia, até encontrar um "lar" na Abadia de Gethsemani.
Um comentário:
É essa a travessia dos nossos "desertos interiores". Muitas vezes não conseguimos enxergar o oásis a nossa frente. Porém, devemos sempre acreditar Nele e em sua eterna compaixão.
Abraços fraternos.
Paulo
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