HOUVE UMA ÉPOCA, e não muito distante, na qual até mesmo as
obras dos místicos cristãos eram encaradas com certo alarme nos mosteiros
contemplativos católicos. A verdade é que os místicos não são compreendidos por
todos. Como também é verdade que a aceitação de determinadas formas do misticismo
oriental não é, necessariamente, um sinal de maior maturidade espiritual no
Ocidente. No entanto, parece certo que se alguém devia mostrar-se inclinado e
interessado pelas tradições orientais, essa atitude, devia caber aos monges
contemplativos das ordens monástica ocidentais. E apesar das muitas e
importantes divergências existentes entre as diversas tradições, todas têm
muito em comum, inclusive alguns princípios básicos que situam o monge eu o
adepto do Zen à parte daqueles que adotam modos de vida que são, cumpre-nos
afirmar, agressivamente não-contemplativos.
(...)
Thomas Merton, prefácio de Místicos e Mestres Zen
Nenhum comentário:
Postar um comentário